Cinco conselhos do Unicef para dar apoio aos alunos em ensino remoto

A substituição de aulas presenciais pelo ensino remoto, autorizada pelo Ministério da Educação enquanto durar a pandemia do coronavírus, foi a alternativa adotada pelas instituições de ensino brasileiras para manter o processo de aprendizagem. Além das escolas, inúmeras empresas suspenderam as atividades ou permitiram que colaboradores trabalhem de casa. 

Esses profissionais terão que se adaptar ao home office e, simultaneamente, conciliá-lo com a supervisão dos filhos. É um tempo de adaptação e de aprendizagem para todos. O engajamento dos alunos com essa modalidade de educação é um dos principais desafios desse período. 

A jornada de estudo deve ser traçada em conjunto, com a participação integrada da instituição de ensino e da família. É fundamental que os pais estejam presentes, adotem uma postura proativa e contribuam para o desenvolvimento dos filhos. A educação desempenha também a função de incentivar a interação familiar. 

O envolvimento dos responsáveis na rotina de estudos têm impactos positivos no relacionamento da família e pode gerar uma rotina mais produtiva. Com o intuito de dar suporte ao momento de transição, Robert Jenkins, chefe global de educação do Unicef, listou cinco conselhos para facilitar a aprendizagem nesse contexto.

Caminhos para manter a aprendizagem das crianças durante a pandemia

Planejar em conjunto a rotina. Tente estabelecer uma rotina que permita o acompanhamento de programas pensados para a faixa etária de seus filhos no rádio, na televisão e na internet. E também permita um tempo para leitura e diversão. Use atividades rotineiras como oportunidades de aprendizagem para os seus filhos. Embora estabelecer uma rotina seja determinante para crianças e jovens, nesse período você notará que será preciso algum grau de flexibilidade. 

Estabelecer diálogos abertos. Encoraje seu filho a fazer perguntas e expressar seus sentimentos. Lembre também de que haverá reações diferentes diante do estresse, então seja paciente e compreensivo. Comece com um convite para falar dos problemas. Identifique o que ele já sabe sobre a situação e o acompanhe. Fale sobre as boas práticas de higiene. Você pode usar ações rotineiras para reforçar coisas como a necessidade de lavar a mão. Assegure-se de que está em um ambiente seguro e incentive o diálogo. Tente não evitar ou minimizar as preocupações que ouvir.

Manter o próprio ritmo. Comece com aulas curtas e aumente, progressivamente, a duração. Se o objetivo for ter aulas de até 45 minutos, inicie com dez minutos e avance a partir daí. Combine as sessões online com atividades e exercícios offline.

Proteger as crianças na internet. Plataformas digitais proporcionam a oportunidade de crianças continuarem a aprender, participarem mais e continuarem em contato com os amigos. Mas o crescente acesso à internet oferece grandes riscos para a segurança, a privacidade e a proteção das crianças. Discuta o uso da internet. Dessa forma, elas conhecerão como isso funciona, com o que precisam ficar atentas e saberão quais os melhores comportamentos para cada plataforma que usam, assim como para as chamadas de vídeos.

Descubra como ficar próximo dos professores ou da escola do seu filho, faça questionamentos e procure mais orientações. Grupos de pais ou da comunidade escolar podem ser um bom caminho para o apoio mútuo no ensino remoto.