Unicef indica tendências no ensino remoto da rede privada do Brasil

Pesquisa sobre a pandemia mostra que 63% dos alunos recebiam tarefas escolares diárias

Os alunos de escolas particulares do Brasil intensificaram o uso de plataformas digitais online durante a pandemia de coronavírus. Na rede particular, 97% dos estudantes passaram a realizar atividades na internet. Esse é diagnóstico da pesquisa Impactos primários e secundários da COVID-19 em Crianças e Adolescentes, realizado pelo Unicef em parceria com o Ibope.

O estudo identificou que a comunicação entre famílias e escolas se manteve, apesar da restrição à circulação imposta pelo isolamento social. Nos colégios privados, 71% dos entrevistados indicaram que recebiam informações do corpo docente a respeito dos progressos dos alunos. Para saber como estava a situação dos estudantes, 44% das escolas particulares fizeram contato com as famílias.

O levantamento foi feito a partir de 1.516 entrevistas e também reuniu dados sobre a educação pública no país: 81% dos estudantes passaram a fazer atividades pela internet no período. No total, 9% das crianças e adolescentes que estavam na escola antes da pandemia e não conseguiram continuar as atividades em casa. A pesquisa recolheu ainda informações sobre renda e segurança alimentar.

Frequência de atividades dos alunos em isolamento social

A pesquisa do Unicef fornece um panorama sobre a frequência com que os estudantes vêm realizando as atividades escolares durante a pandemia. No total, 63% dos alunos haviam feito tarefas propostas pela escola nos cinco dias da semana anterior à entrevista. Precisaram da ajuda de alguém de casa para terminar os exercícios 73% dos estudantes. Entre os entrevistados, 12% não receberam nenhuma tarefa na semana anterior.

Dos que receberam e concluíram os exercícios, 38% consomem entre duas e quatro horas diárias com a rotina de aprendizagem. O percentual que dedica entre uma hora e duas às tarefas é de 35%, enquanto 12% consomem mais de cinco horas e 8% menos de uma hora. Não sabem ou não responderam a esse questionamento do estudo 8%.

O que fazer para aumentar o engajamento dos estudantes

As informações da pesquisa apontam para os diferentes cenários de engajamento na educação com o ensino remoto. Além de cumprirem a função de fixar o conteúdo, os exercícios ajudam a estabelecer uma rotina. Por isso, a Essia reuniu quatro dicas para aumentar o interesse das turmas e, consequentemente, o tempo aplicado na aprendizagem.

1 - Gestão do tempo: Oferecer relações de tarefas para que os estudantes consigam acompanhar o conteúdo contribui para a aprendizagem. Isso desenvolve a noção de organização dos alunos e pode auxiliar no cotidiano tanto de colégios que mantêm o ensino remoto quanto daqueles que apostam numa modalidade híbrida para a retomada das atividades no espaço físico escolar.

2 - Feedback para os alunos: É preciso que os alunos tenham a certeza de que os exercícios serão observados, assim como acontecia antes da pandemia. A falta de retorno por parte dos professores pode desestimular os estudantes. Manter o diálogo é um indicativo de que as melhores condições para a aprendizagem são oferecidas, a despeito de todos os desafios.

3 - Prontidão nas interações: Quanto mais rápida for a resposta aos estudantes, maior será o incentivo para que novas atividades sejam realizadas. Isso é um fator de motivação para as turmas. Plataformas digitais são uma alternativa para lidar com as dificuldades impostas pelas condições atuais. Apesar do regime de isolamento social, é possível manter a conexão com a escola.

4 - Atenção com as atividades assíncronas: Embora as atividades síncronas, ou em tempo real, cumpram uma função primordial, é necessário manter uma comunicação durante toda a semana. Para isso, é importante que haja mecanismos que facilitem a interação entre professores e alunos. Caso percebam que tarefas assíncronas propostas pela escola não têm sido acompanhadas pelos alunos, as famílias podem conversar com os educadores.

De que forma a sua escola tem lidado com o desafio para manter o nível de engajamento dos estudantes? Comente quais têm sido as estratégias mais eficientes de professores e gestores para aumentar o tempo dedicado à aprendizagem com o ensino remoto. Esse espaço também é seu: curta e compartilhe dicas e boas práticas para a educação!

Os alunos de escolas particulares do Brasil intensificaram o uso de plataformas digitais online durante a pandemia de coronavírus. Na rede particular, 97% dos estudantes passaram a realizar atividades na internet. Esse é diagnóstico da pesquisa Impactos primários e secundários da COVID-19 em Crianças e Adolescentes, realizado pelo Unicef em parceria com o Ibope.

O estudo identificou que a comunicação entre famílias e escolas se manteve, apesar da restrição à circulação imposta pelo isolamento social. Nos colégios privados, 71% dos entrevistados indicaram que recebiam informações do corpo docente a respeito dos progressos dos alunos. Para saber como estava a situação dos estudantes, 44% das escolas particulares fizeram contato com as famílias.

O levantamento foi feito a partir de 1.516 entrevistas e também reuniu dados sobre a educação pública no país: 81% dos estudantes passaram a fazer atividades pela internet no período. No total, 9% das crianças e adolescentes que estavam na escola antes da pandemia e não conseguiram continuar as atividades em casa. A pesquisa recolheu ainda informações sobre renda e segurança alimentar.

Frequência de atividades dos alunos em isolamento social

A pesquisa do Unicef fornece um panorama sobre a frequência com que os estudantes vêm realizando as atividades escolares durante a pandemia. No total, 63% dos alunos haviam feito tarefas propostas pela escola nos cinco dias da semana anterior à entrevista. Precisaram da ajuda de alguém de casa para terminar os exercícios 73% dos estudantes. Entre os entrevistados, 12% não receberam nenhuma tarefa na semana anterior.

Dos que receberam e concluíram os exercícios, 38% consomem entre duas e quatro horas diárias com a rotina de aprendizagem. O percentual que dedica entre uma hora e duas às tarefas é de 35%, enquanto 12% consomem mais de cinco horas e 8% menos de uma hora. Não sabem ou não responderam a esse questionamento do estudo 8%.

O que fazer para aumentar o engajamento dos estudantes

As informações da pesquisa apontam para os diferentes cenários de engajamento na educação com o ensino remoto. Além de cumprirem a função de fixar o conteúdo, os exercícios ajudam a estabelecer uma rotina. Por isso, a Essia reuniu quatro dicas para aumentar o interesse das turmas e, consequentemente, o tempo aplicado na aprendizagem.

1 - Gestão do tempo: Oferecer relações de tarefas para que os estudantes consigam acompanhar o conteúdo contribui para a aprendizagem. Isso desenvolve a noção de organização dos alunos e pode auxiliar no cotidiano tanto de colégios que mantêm o ensino remoto quanto daqueles que apostam numa modalidade híbrida para a retomada das atividades no espaço físico escolar.

2 - Feedback para os alunos: É preciso que os alunos tenham a certeza de que os exercícios serão observados, assim como acontecia antes da pandemia. A falta de retorno por parte dos professores pode desestimular os estudantes. Manter o diálogo é um indicativo de que as melhores condições para a aprendizagem são oferecidas, a despeito de todos os desafios.

3 - Prontidão nas interações: Quanto mais rápida for a resposta aos estudantes, maior será o incentivo para que novas atividades sejam realizadas. Isso é um fator de motivação para as turmas. Plataformas digitais são uma alternativa para lidar com as dificuldades impostas pelas condições atuais. Apesar do regime de isolamento social, é possível manter a conexão com a escola.

4 - Atenção com as atividades assíncronas: Embora as atividades síncronas, ou em tempo real, cumpram uma função primordial, é necessário manter uma comunicação durante toda a semana. Para isso, é importante que haja mecanismos que facilitem a interação entre professores e alunos. Caso percebam que tarefas assíncronas propostas pela escola não têm sido acompanhadas pelos alunos, as famílias podem conversar com os educadores.

De que forma a sua escola tem lidado com o desafio para manter o nível de engajamento dos estudantes? Comente quais têm sido as estratégias mais eficientes de professores e gestores para aumentar o tempo dedicado à aprendizagem com o ensino remoto. Esse espaço também é seu: curta e compartilhe dicas e boas práticas para a educação!