O período escolar define o futuro dos alunos. O potencial de crianças e adolescentes precisa ser estimulado durante essa fase para que sejam formados adultos mais capazes e competentes. A Educação Integral tem o objetivo de aproveitar ao máximo essa etapa do desenvolvimento.
Essa proposta não se satisfaz com a grade horária do ensino tradicional. É preciso mais: a partir da percepção de que esse é um período decisivo, os educadores que defendem essa perspectiva insistem em expandir o horizonte de ações que envolvem os estudantes no ambiente escolar.
Esse novo paradigma de ensino se propõe a enxergar o processo de aprendizagem de maneira mais abrangente. Para desenvolver todas essas habilidades, é preciso um olhar que privilegie uma visão mais integral a respeito da educação. A subjetividade dos estudantes, assim, ganha destaque.
Continue por aqui e leia abaixo o que é Educação Integral e de que maneira essa proposta de ensino pode colaborar para o desenvolvimento dos seus alunos!
A decisão de uma escola de adotar a educação integral no seu dia a dia tem implicações muito importantes. É preciso que toda a equipe pedagógica esteja engajada com essa mudança de paradigma. Mas os esforços não devem estar limitados ao conjunto de educadores.
A compreensão de responsáveis e demais profissionais também é necessária. Quem está sentado diante do professor é muito mais que um aluno: essa perspectiva exige que todas as dimensões das crianças e adolescentes sejam contempladas pelas atividades propostas pela instituição de ensino.
O foco não se volta somente para o desenvolvimento intelectual — a escola precisa estar atenta aos aspectos culturais e emocionais que atravessam o amadurecimento dos estudantes. O processo de aprendizagem deve se concentrar ainda em outros aspectos, como o físico.
Não é isso, contudo, que vem à mente quando o assunto é Educação Integral para a maioria das pessoas. É comum que a expressão seja entendida como apenas uma proposta para aumentar o tempo que as turmas vivenciam no ambiente escolar. Mas essa concepção está equivocada.
Por isso, é relevante sublinhar a diferença entre essa proposta e a educação em tempo integral. A preocupação aqui não se limita à carga horária do ensino, mas sustenta que é necessária essa abordagem mais abrangente ao longo do período de formação de crianças e adolescentes.
A educação em tempo integral pretende manter as turmas durante mais tempo na escola. A ideia é oferecer uma grade de disciplinas extensa, que contemple também atividades diversas. Esse é um tema recorrente de debate das autoridades e sua aplicação tem se tornado cada vez mais frequente.
A Educação Integral, por outro lado, tem o objetivo de deixar para trás os compartimentos que delimitavam as várias áreas do conhecimento com que os alunos lidavam ao longo do período de formação. É uma visão mais integrada — deriva disso esse nome.
Essas duas propostas não são excludentes. Pelo contrário: é possível defender que escolas em tempo integral, com carga horária mais extensa, apresentem uma perspectiva de aprendizagem mais integrada aos alunos. É isso que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) evidencia.
A BNCC reúne diretrizes para a educação em todo o país. Embora os estados tenham autonomia para desenvolver os seus currículos, existem parâmetros mínimos que têm a intenção de nivelar o ensino no Brasil e trazer melhorias para a aprendizagem dos alunos.
Apesar de o documento especificar as orientações para os diferentes segmentos da Educação Básica, existem dois propósitos que parecem ser transversais: aumentar a carga horária e a eficiência do ensino promovido pelos educadores brasileiros.
Em paralelo a isso, caminha o objetivo de inserir na rotina das instituições de ensino uma proposta mais integrada, para que o período escolar não se distancie tanto da vida além do portão dos colégios. A BNCC deixa essa preocupação registrada em vários de seus tópicos.
Assim, a educação em tempo integral e educação integral podem encontrar uma harmonia. Com a implementação do documento, os gestores têm a oportunidade de conduzir as equipes pedagógicas em direção a uma concepção mais moderna, alinhada com as demandas do século XXI.
Exatamente por encarar os desafios para a formação dos alunos de maneira mais integrada é que essa proposta está em sintonia com o momento atual. Para colocá-la em prática, contudo, é preciso conhecer os principais eixos que tornam essa abordagem possível.
Conheça então os princípios que norteiam a Educação Integral!
É preciso manter os alunos motivados ao longo das aulas. A melhor forma de alcançar esse objetivo é fazer com que a centralidade da aprendizagem seja deslocada para os estudantes. É a partir da curiosidade, que não deve ser tratada com ingenuidade, que o desenvolvimento se dá.
O interesse das turmas deve nortear os professores na hora de fazerem as suas opções para os planos de aula. É essencial que a equipe pedagógica esteja preparada para lidar com alunos empoderados e dispostos a assumir o protagonismo nesse processo.
Os alunos precisam reconhecer que estão inseridos em um contexto. A Educação Integral não pode ser efetiva se não houver a participação de toda a comunidade escolar no esforço de localizar o espaço que os estudantes ocupam, progressivamente, das escalas menores até as maiores.
Ou seja: para entenderem que pertencem a um país e têm determinada nacionalidade, os alunos precisam entender primeiro a realidade local a partir da rua e do bairro onde vivem. Esse procedimento incentiva a formação de cidadãos conscientes, capazes de solucionar problemas.
A concepção de ensino que previa um período de formação com começo, meio e fim, que antecedia o momento em que o conhecimento era posto em prática, está ultrapassado. É imprescindível incentivar a noção de aprendizagem permanente no ambiente escolar.
Esse estímulo deve chegar aos alunos, mas precisa, antes, alcançar os professores. Os dilemas contemporâneos exigem que os indivíduos estejam preparados para aprender. E o mais importante: isso independe da área de atuação ou da idade. Todos necessitam continuar aprendendo.
Estabelecer uma atmosfera colaborativa é determinante para que a aprendizagem floresça. O saber é um exercício coletivo: o próprio método científico precisa da cooperação entre os pesquisadores e do acúmulo de conhecimento. Essa compreensão é um alicerce para a Educação Integral.
É preciso construir a colaboração entre os atores da comunidade escolar em prol do desenvolvimento dos alunos. Essa perspectiva é mais democrática e ajuda a promover um ambiente mais positivo para a interação entre professores e estudantes.
Se o intuito é promover esse convívio democrático, é preciso fomentar um clima de combate a todos os tipos de preconceito. Na infância e na adolescência, é mais fácil estimular a integração com diversidade. Isso é positivo até para inclusão de pessoas com deficiência.
Esse princípio favorece o desenvolvimento de cidadãos com mais capacidade de lidar com as diferenças. Essa habilidade é muito favorável também para os futuros profissionais no mercado de trabalho e será usada na hora da tomada de decisões.
Todas as pessoas envolvidas no processo de aprendizagem dos alunos contribuem para que esse ambiente cooperativo prospere. Esses agentes que compõem a comunidade escolar exercem funções diferentes no contexto da Educação Integral.
Saiba quem integra a comunidade escolar e qual é o papel de cada um para o desenvolvimento de crianças e adolescentes na Educação Básica!
Educadores são os responsáveis pelo contato direto com os alunos. Por isso, é preciso que estejam alinhados com o projeto pedagógico da escola, principalmente no horizonte da Educação Integral. Se a meta é adotar um olhar mais abrangente diante do ensino, os professores têm função essencial.
Compõem esse grupo funcionários de todas as demais áreas da instituição de ensino, dos serviços gerais à gestão. É necessário que esses profissionais também assumam essa proposta mais integrada e sejam um fator a mais para facilitar o processo de aprendizagem.
Nem sempre são os pais os responsáveis por acompanhar de perto o desenvolvimento dos alunos. Podem ser até outros parentes os encarregados pela tarefa. No entanto, a essas figuras cabe identificar dificuldades dos estudantes e manter o diálogo com a escola para tirar eventuais dúvidas.
Faltaram, é claro, os alunos: as crianças e os adolescentes são o destino de todos os esforços da comunidade escolar para a promoção da Educação Integral. Essa proposta de ensino requer muita atenção dos educadores, mas apresenta muitos benefícios.
A Educação Integral exige uma perspectiva mais abrangente sobre o conhecimento e a respeito das potencialidades dos alunos. Essa proposta só é colocada em prática quando os estudantes usufruem da liderança do processo de aprendizagem, com autonomia e responsabilidade.
A tecnologia pode auxiliar no processo de adaptação das escolas até a implementação desse modelo de ensino. Leia mais sobre esse assunto clicando aqui e saiba de que forma soluções digitais colaboram para que crianças e adolescentes assumam a centralidade da dinâmica de ensino em segmentos da Educação Básica!
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