Minimizar impressões, sentimentos e gestos dos alunos é uma atitude muito nociva para a educação. A equipe pedagógica precisa prestar atenção nas habilidades socioemocionais e ter o compromisso de exercitar a empatia com as turmas e no interior do quadro de funcionários da instituição.
Há consequências positivas desse processo para diversos campos da vida social durante a infância e adolescência. A título de exemplo, é possível mencionar os desdobramentos da empatia para a convivência em sociedade, para o desempenho escolar e para a futura vida profissional.
A capacidade de se colocar no lugar do outro é uma condição para um bom relacionamento social. Compreender limitações e entender o que motiva cada pessoa em seus atos permite diálogos mais sinceros e produtivos: fica mais fácil solucionar problemas e superar obstáculos.
A empatia confere à atmosfera escolar uma proposta mais colaborativa. Em outras palavras: para a vivência dos estudantes, as salas de aula se tornam mais amigáveis e o conhecimento floresce com mais naturalidade. A partir daí, até os desafios também podem ser compartilhados.
Uma grande preocupação dos responsáveis é o destino das crianças e adolescentes no mercado de trabalho. O desenvolvimento da empatia é crucial para que, no futuro, sejam estabelecidos vínculos de confiança nas empresas e para que relações interpessoais sólidas sejam mantidas.
Para alcançar todos esses objetivos, a escola precisa se empenhar para aprimorar essa habilidade dos alunos ainda nos segmentos da Educação Básica. Por isso, este artigo apresenta algumas alternativas e mostra de que formas os educadores podem se dedicar para chegar a essa meta.
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Se é necessário que todos os alunos conheçam o conceito de empatia e as suas implicações na vida social, é imprescindível que a comunidade escolar domine essa ideia. Embora isso pareça ser uma afirmação do senso comum, é preciso se aprofundar nessa proposta que, de fato, é revolucionária.
Essa palavra dá conta da capacidade de compreender emocionalmente outras situações, enxergar sob prismas diferentes. Na teoria, isso pode se desdobrar para objetos ou acontecimentos. O mais importante, no entanto, é exercitar esse sentimento com relação a outras pessoas.
As pessoas empáticas são transformadoras para diferentes círculos de convivência, da infância à idade mais avançada. O ambiente escolar passa a ter interações mais ricas dentro de sala de aula, entre as crianças, os adolescentes e os professores. Mas essa não é uma experiência restrita.
A empatia dos adultos é definitiva para o processo de aprendizagem, porque o relacionamento dos responsáveis com o corpo docente é fundamental para o desenvolvimento dos alunos. Os diálogos dos professores e suas respectivas trocas de vivências também são de muita importância.
Muitos especialistas têm se esforçado para elaborar de maneira mais ampla a empatia. Os estudos no campo da pedagogia também apresentam avanços significativos. Essas pesquisas colaboram para o dia a dia do ensino e, por isso, é importante que os profissionais do setor as conheçam.
Reconhecido por seu trabalho sobre a inteligência emocional, o autor Daniel Goleman, por exemplo, explora o tema de uma maneira diferente. E, com o intuito de estimular essa competência, classifica as suas três formas: as empatias cognitiva, emocional e a preocupação empática.
A primeira é a chance de entender outra perspectiva ou ponto de vista. A segunda representa a possibilidade de sentir as emoções de uma pessoa diferente. A terceira é a percepção de que o outro necessita de suas ações. A partir dessas três frentes, é possível exercitar essa habilidade.
A despeito de ser um sentimento e se manifestar, portanto, de modo subjetivo, a empatia não é algo que nasce puramente com os indivíduos. Todos têm as suas inclinações pessoais, mas é preciso desenvolver as habilidades para que, com o tempo, a relação em sociedade seja aprimorada.
O período da infância é significativo. Nos primeiros contatos com o mundo, o bebê já pode ser incentivado a perceber a dor e o bem-estar de quem o cerca. Desde o berço, o círculo familiar deve fazer com que a criança tenha uma visão mais abrangente acerca da sua realidade.
Durante a adolescência, a autonomia em relação aos responsáveis aumenta. A sociedade começa a se mostrar de forma menos ingênua, mas é nessa hora que os adolescentes precisam ser mais empáticos. Afinal, esse é um elemento que faz parte do processo de amadurecimento.
Devido ao fato de acompanhar esses dois momentos da formação, a Educação Básica tem o dever de oferecer estímulos para as habilidades socioemocionais. Os profissionais envolvidos nas dinâmicas escolares não podem perder isso de vista em momento algum das atividades cotidianas.
Os professores, principalmente a partir do Ensino Fundamental, mantêm o foco voltado para as disciplinas. Isso é justificável: a grade curricular no Brasil é extensa e, para dar conta de todas as suas dimensões, o corpo docente precisa sempre estar atento aos prazos. Faz parte!
Em meio à atribulada rotina do ensino, a empatia não pode ser menosprezada. Os funcionários da instituição de ensino devem levar em conta que a preocupação da escola é com a formação dos estudantes, e não somente com a transmissão de conteúdos de forma mais pragmática.
No caso da empatia, a atenção deve ser redobrada. Atitudes de caráter prático são muito proveitosas por poderem incentivar as turmas nesse sentido. Então, confira abaixo uma lista com 5 ações que podem ser tomadas para tornar os alunos mais empáticos.
Rodas para diálogos são importantes porque exercitam as habilidades de ouvir e se expressar dos alunos. Escutar é o primeiro passo para identificar os sentimentos dos interlocutores, enquanto a experiência de falar precisa levar em consideração todas as nuances para não ferir suscetibilidades.
Não é somente nas discussões que crianças e adolescentes podem aperfeiçoar a capacidade de ouvir. Até os bate-papos informais incentivam essa prática. Quando os educadores redobram a atenção diante das dinâmicas dentro de sala de aula, é mais fácil estimular a escuta ativa.
Conhecer diferentes narrativas torna crianças e adolescentes mais aptos a entender os sentimentos do outro. Se a literatura contribui para isso, rodas de contação de histórias apresentam uma alternativa mais coletiva para que essas trocas aconteçam no interior das turmas.
As avaliações não precisam ter enfoque individual: trabalhos em dupla fazem com que a colaboração faça parte da rotina do processo de aprendizagem. Mesmo em atividades que não conferem nota, é interessante promover diálogos entre grupos com dois ou mais participantes.
Nada estimula mais a interação no ambiente de sala de aula do que propostas lúdicas. Os professores podem incentivar brincadeiras para romper obstáculos no relacionamento dos alunos e promover a integração. A partir do contato mais próximo, exercitar a empatia vira algo mais simples.
A infância e a adolescência são decisivas para que os indivíduos aprimorem a capacidade de se colocar no lugar do outro. A escola precisa aproveitar todo o potencial de crianças e adolescentes e fomentar essa habilidade para que, em última análise, a sociedade tenha um futuro melhor.
A preocupação com a inteligência emocional tem mobilizado muitos pesquisadores a se empenhar para identificar novas maneiras de estimular competências entre os alunos que transcendam o domínio do conteúdo estipulado pela grade curricular. Esse é um desafio e tanto.
Essas habilidades, chamadas também de soft skills, colaboram para a formação de indivíduos mais preparados para lidar com sucessos e frustrações, o que também tem desdobramentos para o desempenho escolar e pode representar uma melhora efetiva nas notas.
Como já foi visto, a empatia é uma capacidade que pode ser estimulada e traz excelentes consequências para a infância e para a adolescência. É por esse motivo que todos os atores da comunidade escolar precisam estar dispostos para desenvolvê-la.
Os esforços são ainda mais significativos nos segmentos da Educação Básica. O desenvolvimento do cérebro e da percepção do mundo nessa fase faz com que a formação pessoal e o conhecimento a respeito dos temas abordados pelas disciplinas sejam indissociáveis.
Ainda restam, entretanto, muitas dúvidas sobre o assunto. As exigências com relação aos programas de cada ano letivo e a responsabilidade de preparar os estudantes para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) continuam a ser as prioridades da rotina de quem dedica a vida à educação.
A Essia preparou um artigo acerca das soft skills com o propósito de ajudar professores, coordenadores e gestores na missão de desenvolver a inteligência emocional no Ensino Fundamental e no Ensino Médio. Clique aqui para ler mais um texto do nosso blog!
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