A tomada de decisões exige habilidades que, tradicionalmente, não são trabalhadas nas disciplinas. Como não é comum que haja uma atenção diretamente voltada para isso, é preciso que sejam pensadas estratégias para desenvolver a inteligência emocional dentro da escola.
A capacidade de reagir bem aos diversos estímulos no cotidiano é necessária em todas as dimensões da vida social. Saber lidar com momentos decisivos nas relações interpessoais é fundamental para que sejam estabelecidos vínculos de amizade e confiança.
No mercado de trabalho, isso é ainda mais importante. Se a escola é reconhecidamente um espaço para que crianças e adolescentes alcancem o progresso individual, é necessário que a Educação Básica seja compreendida como o momento ideal para desenvolver as habilidades socioemocionais.
Quer entender de que forma é possível estimular essas características nos alunos desde cedo? Então, aproveite, leia abaixo e saiba mais sobre inteligência emocional no ambiente escolar!
Todas as atitudes que tomamos são atravessadas por sentimentos. Mesmo os comportamentos mais estudados ou analisados previamente estão suscetíveis às sensações momentâneas. Saber lidar com essas emoções é um desafio constante que requer muita preparação.
Inteligência emocional é exatamente a capacidade de lidar com esses impulsos. Nem sempre as emoções atrapalham as decisões: em muitos casos, as reações humanas podem contribuir para a solução de problemas e para a mediação de conflitos.
Por isso, a inteligência emocional faz com que seja necessária também a compreensão acerca dos sentimentos das outras pessoas. Ter essas percepções sobre o mundo ao redor permite que sejam estabelecidas relações pessoais sólidas, além de contribuir para o bem-estar.
Para que, na vida adulta, o indivíduo seja capaz de administrar esses sentimentos, é preciso que haja um olhar atento de responsáveis e educadores para as habilidades socioemocionais a partir da infância. É por esse motivo que a escola é um lugar central para esses estímulos.
Para investir nesse tipo específico — e tão importante — de inteligência, precisa existir a preocupação com o crescimento pessoal, de maneira mais ampla, no período escolar. É importante, portanto, o trabalho de profissionais em várias áreas.
Para organizar todas as atividades necessárias com o intuito de desenvolver habilidades socioemocionais, a Essia listou quatro pilares que devem nortear essas ações. Saiba mais agora:
Antes de pensar na melhor forma para interagir com o mundo ao redor, é imprescindível reconhecer seus méritos e suas fragilidades. Saber de antemão de que maneira você reage diante de determinados estímulos é essencial para reavaliar as próprias atitudes.
O autoconhecimento deve partir de um exame de consciência, com a intenção de entender como é a sua reação em determinadas situações. Para isso, é essencial também repensar a impressão que cada indivíduo tem de si mesmo.
A formação da autoimagem está por trás de muitos erros na administração das emoções. Em vários momentos, é criada uma visão distorcida, na qual algumas virtudes são depreciadas enquanto caraterísticas negativas são entendidas como positivas.
Sistemas hierarquizados podem gerar duas consequências muito negativas. A primeira, muito frequente, é o sentimento de inferioridade entre aqueles que recebem os comandos. A segunda é a conduta passiva que isso desperta nos subordinados na hora de fazer suas próprias escolhas.
A inteligência emocional representa a capacidade de autogestão. Ou seja: a habilidade de administrar todos os sentimentos envolvidos em cada decisão exige uma postura ativa, que requer bastante reflexão. Estimular predisposições positivas é um exercício interessante nesse sentido.
Por outro lado, controlar características nocivas da personalidade também é uma prática que faz parte da autogestão. A partir dessa visão mais íntima, é possível desenvolver indivíduos mais seguros e livres, capazes de conviver com a hierarquia.
Muitas vezes a rotina faz com que os problemas pessoais pareçam os únicos que existem. Diante de tantas dificuldades, é complicado sobretudo pensar nos desafios enfrentados pelos outros, principalmente se forem pessoas em realidades mais distantes.
Desenvolver empatia é compreender os sentimentos das outras pessoas e ter a capacidade de, em certos aspectos, vivenciar aquelas experiências. Essa disposição é um elemento importante para a formação de cidadãos conscientes e preparados para a convivência social.
No dia a dia, a empatia é a característica que possibilita o entendimento mais abrangente a respeito do contexto. A partir do momento em que é possível enxergar os dilemas enfrentados por aqueles que convivem com você, é mais fácil encontrar soluções coletivas.
É preciso compreender que a coletividade é composta por interesses diferentes, em alguns casos até opostos. Quando é possível entender essas decisões, reações e os sentimentos pelos quais os outros passam, fica mais fácil se relacionar em comunidade.
Gerir relacionamentos é investir no diálogo para estabelecer vínculos baseados no respeito. Quem tem inteligência emocional consegue calcular o quão valioso é manter relações de confiança e se esforça para criar ambientes de cooperação amigáveis por onde passar.
No mercado de trabalho, isso é revertido para a produtividade da empresa. No convívio pessoal, essa disposição ajuda a gerar relações duradouras. Nas escolas, por fim, essa atitude incentiva a criação de uma atmosfera mais propícia para o processo de aprendizagem.
Especialistas em educação chamam essas habilidades socioemocionais também de soft skills. Investir no seu desenvolvimento desde os primeiros momentos da infância é uma decisão que traz diversos benefícios para escola.
Essa proposta ajuda a combater a insegurança no processo de aprendizagem. O autoconhecimento, aliado a rotinas bem definidas de estudo e lazer, empodera os estudantes na tarefa de gerir o tempo. Além disso, confere confiança aos alunos no período de formação da personalidade.
Por se tornarem mais confiantes, crianças e adolescentes se mostram mais capazes para lidar com os grandes desafios da convivência na escola, como o bullying. Assim, conscientes de suas virtudes, ficam menos vulneráveis a essas provocações que mexem até com a autoestima.
Uma opção interessante para os professores é propor atividades de acordo com cada etapa do desenvolvimento. Enquanto para os primeiros segmentos da Educação Básica as atividades lúdicas podem ser mais proveitosas, debates e reflexões devem ser incentivados entre os adolescentes.
Para priorizar o desenvolvimento de soft skills, os educadores precisam reavaliar o modo como se dão as interações no ambiente escolar. Não é mais possível entender as crianças e os adolescentes simplesmente como estudantes.
É preciso enxergar nos alunos todo o potencial para o seu desenvolvimento: hoje estão sentados nas cadeiras das salas de aula os cidadãos de amanhã. Futuros profissionais, responsáveis por famílias e eleitores que decidirão o destino da sociedade vivem atualmente seu período de formação.
Por isso, é necessário enxergar os desafios do cotidiano da educação como uma forma de aprimorar essas habilidades. Cada esforço da equipe pedagógica será recompensado por consequências muito positivas no futuro. Mas é preciso ter professores preparados.
A abertura dos professores para o diálogo é o ponto de partida para estabelecer esse relacionamento proveitoso com as turmas. Ao dar menos atenção à hierarquia na sala de aula e enfatizar a disposição para ouvir nas atividades diárias, a educação consegue melhores resultados.
A inteligência emocional para professores é essencial nesse sentido. Para conseguir fomentar essas habilidades nos alunos, a equipe docente precisa se preparar emocionalmente, já que o convívio dentro das instituições de ensino não costuma ser nada fácil.
A comunidade escolar agrega diferentes interesses no processo de aprendizagem. É importante que os gestores pensem em estratégias para desenvolver habilidades socioemocionais também entre os profissionais. Somente assim a equipe pedagógica estará mais preparada para trabalhar soft skills.
Uma alternativa para estimular o desenvolvimento da inteligência emocional nos alunos é investir em tecnologia. Soluções digitais podem incentivar uma comunicação mais harmoniosa entre responsáveis, alunos e educadores e estimular a organização dos estudantes.
É o caso da plataforma digital para conteúdo didático. Essa inovação tecnológica possibilita que alunos interajam em fóruns, reconheçam dúvidas comuns e criem um clima de colaboração. Os professores também podem responder perguntas da turma ou enviar mensagens individualizadas.
O ambiente virtual da plataforma digital permite também que os estudantes visualizem todas as atividades que precisam ser feitas. Isso estimula a gestão do tempo e a autonomia em crianças e adolescentes, enquanto torna possível que a escola acompanhe os seus desempenhos.
Inteligência emocional é uma virtude imprescindível na vida adulta. Durante a infância e a adolescência, essa característica também é muito importante e precisa ser desenvolvida desde cedo na escola. O auxílio dos responsáveis é fundamental para alcançar esse objetivo.
O planejamento escolar é uma ação bastante relevante para o funcionamento das instituições de ensino. Se os gestores reconhecem que a inteligência emocional precisa ser desenvolvida durante o ano letivo, é necessário inserir atividades com esse objetivo na programação. Clique aqui e leia mais sobre planejamento escolar no Blog da Essia!
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