Como desenvolver a inteligência emocional na escola

dezembro 17, 2020 | Publicado por .

A tomada de decisões exige habilidades que, tradicionalmente, não são trabalhadas nas disciplinas. Como não é comum que haja uma atenção diretamente voltada para isso, é preciso que sejam pensadas estratégias para desenvolver a inteligência emocional dentro da escola.

A capacidade de reagir bem aos diversos estímulos no cotidiano é necessária em todas as dimensões da vida social. Saber lidar com momentos decisivos nas relações interpessoais é fundamental para que sejam estabelecidos vínculos de amizade e confiança.

No mercado de trabalho, isso é ainda mais importante. Se a escola é reconhecidamente um espaço para que crianças e adolescentes alcancem o progresso individual, é necessário que a Educação Básica seja compreendida como o momento ideal para desenvolver as habilidades socioemocionais.

Quer entender de que forma é possível estimular essas características nos alunos desde cedo? Então, aproveite, leia abaixo e saiba mais sobre inteligência emocional no ambiente escolar!

O que é inteligência emocional?

Todas as atitudes que tomamos são atravessadas por sentimentos. Mesmo os comportamentos mais estudados ou analisados previamente estão suscetíveis às sensações momentâneas. Saber lidar com essas emoções é um desafio constante que requer muita preparação.

Inteligência emocional é exatamente a capacidade de lidar com esses impulsos. Nem sempre as emoções atrapalham as decisões: em muitos casos, as reações humanas podem contribuir para a solução de problemas e para a mediação de conflitos.

Por isso, a inteligência emocional faz com que seja necessária também a compreensão acerca dos sentimentos das outras pessoas. Ter essas percepções sobre o mundo ao redor permite que sejam estabelecidas relações pessoais sólidas, além de contribuir para o bem-estar.

Para que, na vida adulta, o indivíduo seja capaz de administrar esses sentimentos, é preciso que haja um olhar atento de responsáveis e educadores para as habilidades socioemocionais a partir da infância. É por esse motivo que a escola é um lugar central para esses estímulos.

Quais os pilares da inteligência emocional?

Para investir nesse tipo específico — e tão importante — de inteligência, precisa existir a preocupação com o crescimento pessoal, de maneira mais ampla, no período escolar. É importante, portanto, o trabalho de profissionais em várias áreas.

Para organizar todas as atividades necessárias com o intuito de desenvolver habilidades socioemocionais, a Essia listou quatro pilares que devem nortear essas ações. Saiba mais agora:

Autoconhecimento                             

Antes de pensar na melhor forma para interagir com o mundo ao redor, é imprescindível reconhecer seus méritos e suas fragilidades. Saber de antemão de que maneira você reage diante de determinados estímulos é essencial para reavaliar as próprias atitudes.

O autoconhecimento deve partir de um exame de consciência, com a intenção de entender como é a sua reação em determinadas situações. Para isso, é essencial também repensar a impressão que cada indivíduo tem de si mesmo.

A formação da autoimagem está por trás de muitos erros na administração das emoções. Em vários momentos, é criada uma visão distorcida, na qual algumas virtudes são depreciadas enquanto caraterísticas negativas são entendidas como positivas.

Autogestão

Sistemas hierarquizados podem gerar duas consequências muito negativas. A primeira, muito frequente, é o sentimento de inferioridade entre aqueles que recebem os comandos. A segunda é a conduta passiva que isso desperta nos subordinados na hora de fazer suas próprias escolhas.

A inteligência emocional representa a capacidade de autogestão. Ou seja: a habilidade de administrar todos os sentimentos envolvidos em cada decisão exige uma postura ativa, que requer bastante reflexão. Estimular predisposições positivas é um exercício interessante nesse sentido.

Por outro lado, controlar características nocivas da personalidade também é uma prática que faz parte da autogestão. A partir dessa visão mais íntima, é possível desenvolver indivíduos mais seguros e livres, capazes de conviver com a hierarquia.

Empatia

Muitas vezes a rotina faz com que os problemas pessoais pareçam os únicos que existem. Diante de tantas dificuldades, é complicado sobretudo pensar nos desafios enfrentados pelos outros, principalmente se forem pessoas em realidades mais distantes. 

Desenvolver empatia é compreender os sentimentos das outras pessoas e ter a capacidade de, em certos aspectos, vivenciar aquelas experiências. Essa disposição é um elemento importante para a formação de cidadãos conscientes e preparados para a convivência social.

No dia a dia, a empatia é a característica que possibilita o entendimento mais abrangente a respeito do contexto. A partir do momento em que é possível enxergar os dilemas enfrentados por aqueles que convivem com você, é mais fácil encontrar soluções coletivas.

Gestão de relacionamentos

É preciso compreender que a coletividade é composta por interesses diferentes, em alguns casos até opostos. Quando é possível entender essas decisões, reações e os sentimentos pelos quais os outros passam, fica mais fácil se relacionar em comunidade. 

Gerir relacionamentos é investir no diálogo para estabelecer vínculos baseados no respeito. Quem tem inteligência emocional consegue calcular o quão valioso é manter relações de confiança e se esforça para criar ambientes de cooperação amigáveis por onde passar.

No mercado de trabalho, isso é revertido para a produtividade da empresa. No convívio pessoal, essa disposição ajuda a gerar relações duradouras. Nas escolas, por fim, essa atitude incentiva a criação de uma atmosfera mais propícia para o processo de aprendizagem.

Qual a importância de se trabalhar a inteligência emocional na escola?

Especialistas em educação chamam essas habilidades socioemocionais também de soft skills. Investir no seu desenvolvimento desde os primeiros momentos da infância é uma decisão que traz diversos benefícios para escola.

Essa proposta ajuda a combater a insegurança no processo de aprendizagem. O autoconhecimento, aliado a rotinas bem definidas de estudo e lazer, empodera os estudantes na tarefa de gerir o tempo. Além disso, confere confiança aos alunos no período de formação da personalidade.

Por se tornarem mais confiantes, crianças e adolescentes se mostram mais capazes para lidar com os grandes desafios da convivência na escola, como o bullying. Assim, conscientes de suas virtudes, ficam menos vulneráveis a essas provocações que mexem até com a autoestima.

Uma opção interessante para os professores é propor atividades de acordo com cada etapa do desenvolvimento. Enquanto para os primeiros segmentos da Educação Básica as atividades lúdicas podem ser mais proveitosas, debates e reflexões devem ser incentivados entre os adolescentes. 

Como desenvolver a inteligência emocional nos seus alunos

Para priorizar o desenvolvimento de soft skills, os educadores precisam reavaliar o modo como se dão as interações no ambiente escolar. Não é mais possível entender as crianças e os adolescentes simplesmente como estudantes.

É preciso enxergar nos alunos todo o potencial para o seu desenvolvimento: hoje estão sentados nas cadeiras das salas de aula os cidadãos de amanhã. Futuros profissionais, responsáveis por famílias e eleitores que decidirão o destino da sociedade vivem atualmente seu período de formação.

Por isso, é necessário enxergar os desafios do cotidiano da educação como uma forma de aprimorar essas habilidades. Cada esforço da equipe pedagógica será recompensado por consequências muito positivas no futuro. Mas é preciso ter professores preparados.

Professores emocionalmente inteligentes ajudam nesse processo?

A abertura dos professores para o diálogo é o ponto de partida para estabelecer esse relacionamento proveitoso com as turmas. Ao dar menos atenção à hierarquia na sala de aula e enfatizar a disposição para ouvir nas atividades diárias, a educação consegue melhores resultados.

A inteligência emocional para professores é essencial nesse sentido. Para conseguir fomentar essas habilidades nos alunos, a equipe docente precisa se preparar emocionalmente, já que o convívio dentro das instituições de ensino não costuma ser nada fácil.

A comunidade escolar agrega diferentes interesses no processo de aprendizagem. É importante que os gestores pensem em estratégias para desenvolver habilidades socioemocionais também entre os profissionais. Somente assim a equipe pedagógica estará mais preparada para trabalhar soft skills.

Como a tecnologia pode ajudar no trabalho com habilidades socioemocionais?

Uma alternativa para estimular o desenvolvimento da inteligência emocional nos alunos é investir em tecnologia. Soluções digitais podem incentivar uma comunicação mais harmoniosa entre responsáveis, alunos e educadores e estimular a organização dos estudantes.

É o caso da plataforma digital para conteúdo didático. Essa inovação tecnológica possibilita que alunos interajam em fóruns, reconheçam dúvidas comuns e criem um clima de colaboração. Os professores também podem responder perguntas da turma ou enviar mensagens individualizadas.

O ambiente virtual da plataforma digital permite também que os estudantes visualizem todas as atividades que precisam ser feitas. Isso estimula a gestão do tempo e a autonomia em crianças e adolescentes, enquanto torna possível que a escola acompanhe os seus desempenhos.


Inteligência emocional é uma virtude imprescindível na vida adulta. Durante a infância e a adolescência, essa característica também é muito importante e precisa ser desenvolvida desde cedo na escola. O auxílio dos responsáveis é fundamental para alcançar esse objetivo.

Como incluir a inteligência emocional no planejamento escolar?

 

 

O planejamento escolar é uma ação bastante relevante para o funcionamento das instituições de ensino. Se os gestores reconhecem que a inteligência emocional precisa ser desenvolvida durante o ano letivo, é necessário inserir atividades com esse objetivo na programação. Clique aqui e leia mais sobre planejamento escolar no Blog da Essia!