Importância da tarefa de casa para o desenvolvimento do estudante

fevereiro 23, 2021 | Publicado por undefined.

A educação é um processo que precisa levar em consideração a rotina do aluno de maneira muito ampla. O tempo vivido dentro da escola deve ser aproveitado ao máximo, mas as horas livres, longe da convivência dos colegas, também. Assim, tarefas de casa cumprem um papel importantíssimo.

Tradicionalmente, é com os exercícios de fixação que o conteúdo é assimilado durante a infância e a adolescência. É com essas atividades que os estudantes conseguem se desenvolver. O ambiente domiciliar também deve ser reconhecido como um espaço para que o conhecimento floresça.

As tarefas de casa exigem, por isso, muita atenção de toda a comunidade escolar. Se cada ator envolvido nos esforços para a formação de crianças e adolescentes fizer a sua parte para que esses exercícios sejam priorizados, o processo de aprendizagem tende a ser bem-sucedido.

Metodologias ativas destacam as atividades a serem realizadas longe da estrutura física da escola. Essas propostas rompem com os antigos paradigmas e apresentam novas perspectivas para o ensino. Até abordagens mais convencionais devem reconhecer a importância dos deveres de casa.

Antes de tudo, é necessário entender conceitualmente o que são essas tarefas e como isso pode ajudar a desenvolver as novas gerações que, hoje, estão sentadas nas salas de aula. Somente assim será possível conhecer as melhores experiências nessa área para colocá-las em prática.

A Essia selecionou algumas das dicas mais úteis para que a sua instituição de ensino consiga desenvolver essas boas práticas. Então, aproveite a leitura e não deixe de contar como é a realidade da sua escola e de que forma sua equipe pedagógica propõe exercícios de fixação nos comentários.

Qual é a importância da tarefa de casa na rotina do aluno?

O corpo docente já se desdobra para conseguir manter a atenção dos alunos durante as aulas. Sob aquela atmosfera, os professores mantêm o controle e prendem a concentração das turmas. Um desafio maior é captar o interesse para os conteúdos trabalhados quando os alunos estão fora da escola.

Esse empenho depende de muita dedicação dos profissionais envolvidos no processo de aprendizagem. Em contrapartida, são muitas as vantagens que os esforços para incentivar a rotina de estudar em casa provocam. As tarefas de casa exercem função determinante para isso.

A educação não deve se limitar aos muros do colégio. Entenda quais são os principais benefícios de passar exercícios para serem realizados fora do ambiente escolar, acompanhar a realização das tarefas e apresentar devolutivas aos estudantes sobre o desempenho nesses trabalhos!

Fixa o conhecimento das disciplinas e matérias

O período de convivência com os colegas de turma e com os professores é muito rico. Na infância, o relacionamento na escola é o primeiro com pessoas fora do círculo familiar. O convívio é a etapa inicial para a formação e deve ser aproveitado nos segmentos da Educação Básica.

Esse tempo, entretanto, é limitado. É preciso repensar as estratégias para fazer com que os conteúdos trabalhados pelos professores sejam assimilados pelos alunos. Com esse intuito, é imprescindível fazer uma programação para explorar as horas passadas pelos alunos em casa.

Nesse planejamento, as tarefas que devem ser realizadas fora do horário de aula ajudarão na fixação dos assuntos mencionados pelos educadores. Os estudantes necessitam de proatividade para conseguir desenvolver, sozinhos, essas habilidades que haviam sido suscitadas.

Estimula a autonomia e a independência do aluno

Na vida adulta, o mercado de trabalho cobra dos profissionais o discernimento para tomar as decisões nos momentos certos. A assertividade é uma virtude muito valorizada pelas empresas, e pode ser considerada até critério de seleção para postos que oferecem melhores condições.

Ainda na infância, a independência precisa ser estimulada pela escola. Na adolescência, os estudantes precisam estar preparados para conseguir administrar um volume maior de conteúdos. Com esse propósito, os educadores precisam privilegiar o desenvolvimento da autonomia.

As tarefas de casa podem ajudar a aprimorar o senso de responsabilidade entre os alunos. É preciso acompanhar não só o desempenho, a partir da correção dos exercícios, mas também o engajamento das turmas com esses deveres. É necessário que todos entendam a importância dos trabalhos.

Prepara o estudante para as avaliações e simulados

Os resultados também são afetados pelos deveres de casa. Com mais responsabilidade e o hábito de fazer em casa exercícios de fixação, a tendência é que crianças e adolescentes tenham maior capacidade de superar os desafios que encontrarem ao longo da Educação Básica.

Isso tem desdobramentos para as habilidades socioemocionais dos alunos: é evidente que o costume de levar a sério as tarefas de casa contribui para a autoconfiança. Mesmo nas questões mais técnicas, os estudantes passam a se mostrar mais habilitados para encontrar soluções.

Os índices de desempenho dos alunos apresentam melhora quando os trabalhos, planejados para serem realizados depois das aulas, são feitos com cuidado. No entanto, a educação precisa ter como objetivo algo mais amplo, que é colaborar para a formação dos indivíduos.

Melhora a organização, o foco e a concentração

Se a vocação da educação é contribuir para o amadurecimento das novas gerações e para o futuro da sociedade como um todo, os deveres de casa não podem ter finalidades tão pragmáticas. Desenvolver competências, que serão úteis na vida pessoal, é uma das responsabilidades da escola.   

As tarefas de casa facilitam o aprimoramento de condutas que são imprescindíveis em qualquer idade. A facilidade para se concentrar é a primeira delas. Manter o foco é uma dificuldade recorrente entre estudantes, que convivem com vários estímulos na web. O problema persiste na fase adulta.

Ser organizado é outra virtude que esses trabalhos podem fomentar. O desenvolvimento dessas capacidades pode ajudar, inclusive, a combater problemas de saúde. Hábitos planejados facilitam até no controle da ansiedade. Por isso, é importante ficar atento com o comportamento dos estudantes.

Existe um volume ideal de tarefas de casa?

A vida do aluno não é limitada ao espaço físico da escola. A convivência com a família e com os amigos, as atividades lúdicas e até o período de descanso integram a rotina dos estudantes ao longo  do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. O mesmo acontece na Educação Infantil.

A equipe pedagógica não pode ignorar esse fato. Embora os conteúdos sejam priorizados pelos professores, nunca deve ser abandonada a visão humana da educação. A missão dos educadores é dar apoio ao desenvolvimento de crianças e adolescentes. Não se trata de uma corrida.

A visão mais abrangente a respeito da formação da infância e na adolescência favorece a avaliação da quantidade de trabalho que deve ser passada para as turmas. Para mensurar isso, o corpo docente precisa desenvolver um olhar atento, inclusive diante das reações dos estudantes.

O que levar em conta para não sobrecarregar o aluno?

Uma das principais características dos educadores é a sensibilidade. Quem assume a missão de trabalhar com crianças e adolescentes na Educação Básica tem que cultivar um bom relacionamento com as turmas, conhecer seus desejos e suas inquietações e manter canais para diálogo abertos.

Essa virtude é benéfica em vários sentidos. Na rotina em sala de aula, preservar uma escuta ativa é imprescindível. Ser sensível é um trunfo para lidar com os responsáveis. Até no trato com outros integrantes da equipe pedagógica essa é qualidade significativa para haver bons relacionamentos.

No momento de mensurar o volume de tarefas a serem feitas fora do horário de aula, esse olhar atento é muito importante. É necessário notar a reação em sala de aula para além das reclamações mais superficiais, geralmente em tom de brincadeira. Ouvir os alunos é sempre a solução.

Quando o fluxo de exercícios é pequeno, a tendência é que os conteúdos não sejam priorizados pelos estudantes. No entanto, se o volume for exagerado, além de gerar estresse e ansiedade, pode causar também resistências com o assunto. É comum também esse erro provocar o desinteresse.

Tudo passa, portanto, pelo comportamento do corpo docente. O que vai evitar a sobrecarga de trabalhos é a sensibilidade da equipe pedagógica. Essa abordagem mais amigável dos professores é o que vai determinar se o processo de aprendizagem será bem-sucedido ou não.

O olhar dos educadores é aprimorado a partir das vivências em sala de aula. A experiência contribui muito para que as reações sejam devidamente compreendidas e as decisões tomadas consigam os resultados desejados. Tudo isso colabora para aguçar essa sensibilidade diante das tarefas de casa.

O objetivo tem que ser encontrar a harmonia entre os temas discutidos durante a interação com as turmas e as atividades que serão realizadas em casa. Essa sintonia evita a sobrecarga, permite que as dúvidas sejam tiradas em sala de aula e promove uma dinâmica mais interessante.

4 dicas para melhorar o rendimento na lição de casa

À primeira vista, a avaliação acerca da sobrecarga de deveres passados para casa pode parecer subjetiva porque exige a sensibilidade dos professores e o olhar treinado de toda a estrutura escolar para evitar problemas e estimular o processo de aprendizagem. São, aparentemente, detalhes sutis.

Existem, contudo, procedimentos práticos que podem contribuir para orientar as escolas na hora de passar as tarefas de casa. Perante esse grande desafio, os educadores podem adotar uma série de medidas para melhorar o engajamento e os resultados das turmas com essas atividades. 

O importante é não perder de vista os estudantes, que são o destino de todos os esforços da comunidade escolar. Confira agora 4 dicas para fazer com que os alunos se envolvam com os exercícios, consigam desempenhos melhores e tornem as tarefas de casa uma rotina bem-sucedida! 

1. Oriente os seus alunos a tomarem nota das explicações

Os cuidados com as tarefas de casa devem ser iniciados ainda em aula — tomar nota sobre as explicações ajuda a orientar os alunos. No momento em que o assunto for retomado, essas instruções vão fazer com que os estudos não partam do zero. Assim, nada estará perdido.

2. Faça perguntas para que as dúvidas não fiquem para depois

Instigar as turmas é uma das atitudes mais complexas para os professores. É preciso também estimular que os estudantes expressem os seus questionamentos com relação ao conteúdo trabalhado. Dessa forma, quando o tema tiver que ser revisitado, não haverá mais dúvidas.

3. Ajude a determinar o horário dos estudos e das pausas

A despeito de cada aluno dever fazer seu próprio planejamento, a escola pode auxiliar na programação dos deveres de casa. Até em bate-papos informais, os educadores podem aconselhar os estudantes a se preocuparem com a divisão do tempo durante os dias e privilegiar os exercícios.

4. Converse com os responsáveis e busque o apoio deles também

Somente a família pode acompanhar o empenho de crianças e adolescentes com as tarefas de casa: trata-se de um momento em que os profissionais da instituição de ensino estão distantes. É por essa razão que a participação dos responsáveis é essencial durante todo o processo de aprendizagem. 


As tarefas de casa são elementos decisivos para o desenvolvimento nos segmentos do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. A aptidão para se organizar e se programar será muito útil durante a vida adulta. Todos os atores da comunidade escolar precisam priorizar esses trabalhos. 

Como montar um plano de estudos com os seus alunos?

As tarefas de casa são o primeiro passo para estimular a organização das turmas. Mas cada indivíduo precisa ser capaz de fazer a sua própria programação de acordo com as condições com que convive. É um hábito que precisa ser cultivado, mas que é iniciado nos primeiros anos de vida.

As atividades que devem ser feitas fora do horário escolar precisam estar presentes no cronograma. As escolas podem incentivar os estudantes, acompanhar as suas dificuldades e ajudar na superação dos obstáculos com o planejamento. Nesse caso, o diálogo é o caminho para encontrar uma solução.

A Essia preparou um artigo para ajudar a sua instituição de ensino a aprimorar o senso de organização dos alunos. Clique aqui e saiba tudo a respeito desse assunto no Blog da Essia, o seu espaço para compartilhar boas práticas em educação! São dicas rápidas e simples, não perca.