A vida adulta exige posturas assertivas: a cada escolha, os indivíduos precisam tomar decisões em situações em que não é possível adotar um comportamento mais passivo. Reagir de maneira ativa aos estímulos, em contextos diferentes, é um grande desafio. Por isso, a introdução das metodologias ativas é tão importante na educação de crianças e jovens.
Profissionais que assumem atitudes mais ativas, criativas e colaborativas conseguem se inserir com mais facilidade na rotina da empresa, independentemente da área de atuação. Essas são características muito reconhecidas pelo mercado de trabalho.
Pensar nesses aspectos desde a infância é muito importante. A educação se esforça, atualmente, para incentivar esse comportamento nos alunos ao longo do processo de aprendizagem. Existem métodos que estimulam o protagonismo dos estudantes.
Além dos benefícios a longo prazo, essa abordagem apresenta vantagens no dia a dia da educação. Ao priorizar a participação dos estudantes, as escolas que assumem essa conduta despertam maior engajamento das turmas e, consequentemente, o desempenho também melhora.
Leia abaixo e entenda melhor o que são as metodologias ativas e de que forma essas propostas de ensino podem beneficiar crianças e adolescentes na Educação Básica!
Metodologias ativas são propostas que pretendem deslocar a centralidade do processo de aprendizagem para a figura do estudante. Historicamente, a educação teve como foco incentivar o conhecimento das turmas a partir das exposições do professor.
Nessa nova abordagem, o aluno deve assumir o protagonismo. Simultaneamente, a comunidade escolar precisa estar preparada para estimular o desenvolvimento de crianças e adolescentes. Essa transição exige o empenho de todos os envolvidos na educação.
O avanço de tecnologias digitais, ao mesmo tempo, acelerou o cotidiano dos estudantes e permitiu que inovações didáticas fossem colocadas em prática em sala de aula. Já existem outras ferramentas capazes de potencializar o dia a dia da escola.
Embora em todas as experiências nesse sentido o enfoque se volte para os estudantes, as abordagens têm diferenças entre si. Mas antes de conhecê-las, você precisa entender as diferenças entre as metodologias ativas e o ensino tradicional.
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É necessário destacar que o desenvolvimento das metodologias ativas não descarta todas as vivências dos educadores com o ensino considerado mais tradicional. A proposta é utilizar todo esse legado ao lado de práticas inovadoras, mais sintonizadas com a atualidade.
A primeira diferença diz respeito à presença da tecnologia em sala de aula. Apesar de algumas das metodologias ativas não exigirem a presença de ferramentas digitais, o uso de dispositivos tecnológicos deve ser encarado como um grande facilitador.
A segunda se relaciona com a função do educador. O professor não deixa de ser importante, pelo contrário: fomentar o protagonismo requer ainda mais esforços do corpo docente. A tarefa passa a ser a de orientar e acompanhar o desempenho dos estudantes.
A terceira, por fim, é a postura do aluno. Em vez de apenas reagir ao conteúdo trabalhado durante as aulas, é necessário que haja um comportamento ativo. Isso tem consequências para toda a rotina da escola — e requer mudanças estruturais.
Se a sua escola se propõe a deixar o aluno no centro do processo de aprendizagem, você precisa conhecer as diferentes metodologias ativas na educação. A partir de abordagens diferentes, todas privilegiam o papel do estudante.
Com a lista abaixo, você vai conhecer as diferentes propostas que estão por trás de sete tipos de metodologias ativas, aproveite!
A discussão para decidir se as aulas presenciais trazem mais benefícios ou não na comparação com o ensino a distância ficou para trás. É possível aproveitar o melhor de cada modalidade, com a coordenação de atividades no espaço físico da escola e exercícios no ambiente digital.
O ensino híbrido é a metodologia ativa que possibilita que as ferramentas digitais sejam amplamente utilizadas sem que o contato entre o professor e o aluno seja deixado de lado. A modalidade é muito usada no período de retomada após o isolamento social imposto pela pandemia de coronavírus.
Para a implementação, a escola precisa oferecer um ambiente virtual no qual estudantes realizem atividades e interajam com professores. Plataformas digitais de ensino são capazes de proporcionar as condições necessárias para o ensino híbrido.
A rotina com as aulas presenciais e as tarefas virtuais promovem uma dinâmica mais interessante para as turmas. As plataformas reúnem funcionalidades diferentes e as escolas devem entender bem o que é oferecido por cada uma antes de decidir pela adoção.
Mesmo as memórias dos adultos sobre o período escolar ainda registram a configuração tradicional das aulas: professores em frente ao quadro para expor os conteúdos observam a turma sentada a olhar para suas explicações.
Sala de aula invertida é uma metodologia ativa que pretende romper com isso. Normalmente, é de responsabilidade do educador apresentar os conteúdos aos alunos e ser o centro das atenções. Mas a tecnologia já permite que os estudantes sejam os protagonistas na aprendizagem.
Essa proposta necessita que os alunos se esforcem para aprender o conteúdo antes das dinâmicas presenciais. O professor tem papel decisivo para orientar e indicar tarefas. Os encontros servem para tirar dúvidas e apresentar tudo o que foi aprendido.
Em uma última etapa, após a aula, os alunos devem se aprofundar nos conceitos e procurar outros temas relacionados ao assunto que sejam de seu interesse. A ideia é que a autonomia faça com que aprender seja algo mais interessante.
Se os jogos virtuais despertam tanto engajamento entre crianças e adolescentes, por que não aproveitar alguns dos seus elementos no ensino? A partir desse questionamento, surgiu a metodologia ativa da gamificação na educação.
A proposta é utilizar aspectos comuns aos jogos virtuais para motivar os alunos e promover a aprendizagem. A ideia tem como foco principal a resolução de problemas. No entanto, as atividades não ficam restritas ao ambiente digital.
Cumprir metas e realizar objetivos estão entre os pilares das atividades da gamificação. Com caráter mais lúdico, essas ações podem ser transpostas para o espaço físico do colégio. Mas com dispositivos digitais a aproximação com os games é mais clara e imediata.
Os professores, passam a desempenhar um papel parecido com o dos idealizadores dos games, além de acompanhar o empenho e o desenvolvimento acadêmico dos estudantes. Para que essa abordagem dê certo, o engajamento dos alunos é ainda mais primordial.
Uma das grandes dificuldades enfrentadas pelos professores é colocar as turmas diante de conteúdos que exigem abstrações. Propor que os estudantes trabalhem com situações hipotéticas nem sempre é uma tarefa simples.
O mesmo acontece quando é necessário explicar um conceito que se distancie um pouco das atividades rotineiras ou pedir para que os estudantes trabalhem com uma noção intangível. É comum notar a perda de interesse quando atividades assim são apresentadas.
A metodologia ativa de estudo de caso pretende driblar as dificuldades ao trazer a discussão para o contexto real. Em vez de pensar na categoria conceitual, os alunos são incentivados a aplicar o conceito em conjunturas mais palpáveis.
A inserção em uma situação real faz com que o aluno entenda as consequências da noção trabalhada sem muitos rodeios. Essa estratégia ajuda a captar a atenção das turmas e, como consequência, melhorar os resultados acadêmicos.
Também se orienta pelo contexto real a metodologia ativa de aprendizagem baseada em projetos. Dois fatores são os responsáveis por construir o sucesso dessa proposta: a capacidade de estimular os alunos a partir de desafios e a disposição dos estudantes para responder a essas provocações.
Conhecimento e prática são indissociáveis nessa abordagem. A partir de um problema, as turmas precisam se esforçar para encontrar soluções. As abstrações, novamente, são deixadas de lado para que o foco se volte para situações concretas.
A performance do professor também deve ser encarada de outra forma. Não cabe aos educadores apresentarem os conteúdos ou a tentativa de esgotar as discussões a respeito de um determinado tema. Essa mudança exige uma preparação do corpo docente.
O professor precisa desenvolver a habilidade de suscitar interesses para que haja uma conduta mais ativa por parte das turmas no processo de aprendizagem. Se a curiosidade for aguçada do jeito correto, os próprios estudantes vão buscar o conhecimento.
Essa postura dos professores também é necessária se a escola assumir que os problemas são um elemento-chave para o processo de aprendizagem na Educação Básica. Tradicionalmente, o ensino prioriza a exposição do conteúdo para depois apresentar as questões.
A metodologia ativa da aprendizagem baseada em problemas pretende mudar essa hierarquia e dar mais destaque para os desafios. Isso acontece porque é diante de situações problemáticas que o conhecimento é mais necessário, tanto no cotidiano quanto na educação.
Ao se deparar com o problema, o estudante deve se sentir instigado a reunir todas as ferramentas a que tem acesso para encontrar uma solução. Nesse momento, quando se sentem estimulados, buscam o conteúdo didático e a ajuda do professor.
As metodologias ativas, dessa forma, colocam em questão a própria relação entre os principais atores envolvidos no desenvolvimento do ensino. O propósito é estabelecer vínculos que criem um ambiente favorável ao florescimento do conhecimento.
O relacionamento dentro das turmas é fundamental para fazer com que os alunos consigam aprender. No momento em que há diálogos construtivos entre os colegas, acompanhados pelos educadores, a chance de que o objetivo da escola seja alcançado é ainda maior.
A aprendizagem entre pares é uma metodologia ativa que aposta na relação entre os alunos para o sucesso do processo de aprendizagem. O objetivo principal é criar uma atmosfera colaborativa para que todos entendam os assuntos que são trabalhados.
Os professores, que lidam durante anos com os mesmos conteúdos, muitas vezes já não conseguem identificar quais são os principais desafios para aprender aquele assunto. As aulas já entraram na rotina e mesmo os mais atentos educadores não conseguem identificar possíveis lacunas.
Os alunos, por outro lado, sabem bem quais são as dificuldades de quem tem o primeiro contato com o determinado tema. A proposta passa a ser que um ajude o outro a partir das próprias percepções. A escola tem a incumbência de oferecer as melhores condições para que essas trocas ocorram.
Agora que você conhece os diferentes tipos de metodologias ativas, com suas especificidades e aplicações, é possível entender quais são os benefícios. Embora sejam muitos, vamos destacar abaixo os cinco principais. Então, continue a ler para conhecê-los melhor!
Até a origem da palavra remete à passividade: em latim, alumnus é aquele que carece de luz. Os professores exerceriam a função de iluminar os estudantes, que teriam como tarefa apenas assimilar o que havia passado. Embora séculos tenham se passado, essa perspectiva ainda é forte no ensino.
As metodologias ativas pretendem reverter esse cenário ao colocar os estudantes no centro do processo de aprendizagem. Ao experimentar a posição de protagonista, os alunos se sentem estimulados, o que aumenta os níveis de empenho e o desempenho das turmas.
O professor também passa a desempenhar outro papel durante as aulas. A sua função é revolucionada no momento em que o protagonismo é do aluno. Com o aumento do interesse, os educadores têm que se esforçar para acompanhar as turmas, tirando dúvidas e dando orientações.
Essa experiência de autonomia aumenta a confiança de todos os atores da comunidade escolar no processo de aprendizagem. Responsáveis, gestores, professores e alunos percebem os efeitos das metodologias ativas no dia a dia.
A equipe pedagógica é tradicionalmente sobrecarregada por questões sobre o relacionamento interno das turmas e as dinâmicas em sala de aula. Em certa medida, isso acontece por conta da distribuição tradicional de responsabilidades no ambiente escolar.
No momento em que os alunos lideram o processo de aprendizagem, o corpo docente ganha um aliado para a resolução de conflitos. Além disso, a autonomia incentivada pelas metodologias ativas favorece também, como já foi dito, a solução de exercícios por parte dos estudantes.
O empenho dos estudantes é o alicerce das metodologias ativas. Esse fator é, ao mesmo tempo, o ponto de partida e a finalidade dessa abordagem. Porque, se as aulas dependem da participação dos alunos, o objetivo central é desenvolver nas turmas a percepção de que o protagonismo é essencial.
O engajamento na rotina da educação possibilita diálogos mais amigáveis na comunidade escolar. Ocorre, assim, uma aproximação entre todos os agentes envolvidos no processo de aprendizagem: gestores, responsáveis e, principalmente, alunos e professores.
O empenho dos alunos, aliado ao clima favorável de ensino que é construído, tem consequências acadêmicas determinantes. Os estudantes alcançam melhores resultados no momento em que desempenham o papel central e assumem uma postura ativa.
O desempenho gera reconhecimento até fora da comunidade escolar. Por isso, é um diferencial competitivo na comparação com outros colégios e colabora para conseguir novas matrículas. As metodologias ativas contribuem para o sucesso da instituição de ensino.
É preciso conhecer em detalhes essas novas abordagens pedagógicas para entender as suas consequências na prática. Agora que você já identificou as especificidades e benefícios das metodologias ativas, já pode escolher qual é a mais vantajosa para a sua escola.
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