O que são itinerários formativos? Entenda como isso muda a vida dos alunos!

agosto 11, 2021 | Publicado por undefined.

 

O objetivo central das escolas é o desenvolvimento dos alunos. Aprimorar as habilidades em disciplinas específicas deve ser a meta que acompanha a preocupação com a questão socioemocional. Por isso, os itinerários formativos se tornaram fundamentais para o ensino.


A partir da adolescência, é um dever dos educadores estimular o protagonismo nas turmas. Uma reclamação constante da comunidade escolar é a falta de autonomia dos estudantes diante das dinâmicas de sala de aula. A estrutura institucional não pode ser sufocante.


Assim como acontece no Ensino Superior, os alunos poderão optar por formar a sua grade horária. Além do núcleo comum de conteúdo, que concentra as disciplinas básicas para cada série, haverá a oferta dos itinerários alternativos mais flexíveis e voltados para os interesses dos alunos.


Essa é uma das mudanças que a reforma no Ensino Médio traz para as escolas. Os adolescentes já identificaram as suas aptidões e dominam um conjunto de habilidades, que os credenciam a escolher com que conteúdos querem ter contato nos últimos anos da Educação Básica.


Isso diminui o abismo entre as realidades universitária e escolar, mas exige que os profissionais da educação estejam adaptados a todas essas novidades. Simultaneamente, o mercado de trabalho também se torna menos distante com aulas menos conteudistas e mais atentas à vida dos alunos.


Leia este artigo do Blog da Essia e entenda de que forma os itinerários formativos podem ajudar na formação dos adolescentes. Saiba também como os professores, coordenadores e gestores podem se preparar para as mudanças com o Novo Ensino Médio no texto.   


O que são itinerários formativos?


Itinerários formativos são cursos, projetos, oficinas, núcleos de estudo, laboratórios de aprendizagem ou grupos de pesquisa a que os estudantes terão acesso com as mudanças no Ensino Médio. A diferença é que o ingresso ou não nessas atividades é facultativo para os alunos.


As novas gerações estão conectadas às mudanças sociais e comunicacionais de maneira muito forte. A circulação de informação e a maneira como os conteúdos são consumidos com o avanço da internet banda larga, por exemplo, tornaram necessárias alterações nas instituições de ensino. 


Com o objetivo de atender a essas necessidades, foi criada essa nova modalidade de cursos. O caráter mais flexível dos itinerários formativos está em sintonia com a realidade dos estudantes. Os professores precisam redobrar a atenção para conseguir acompanhar essas transformações.


Base Nacional Comum Curricular (BNCC): quais são as principais alterações?


As mudanças no Ensino Médio se inserem em um conjunto mais abrangente de transformações nos segmentos da Educação Básica. O principal marco dessas alterações é a implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que abrange todo esse ciclo da aprendizagem.


A BNCC é o documento que, pela primeira vez, estabelece parâmetros mínimos para o ensino no país inteiro. Perante a desigualdade regional e as particularidades de cada estado, o texto se apresenta como uma mudança e tanto para as instituições de ensino públicas e privadas.


A base propõe ainda que as séries passem a se direcionar por meio de habilidades e competências, em vez de por conteúdos das disciplinas. O desafio de implementá-la atravessa a Educação Infantil e o Ensino Fundamental. No Ensino Médio, os obstáculos são ainda maiores.     


Novo Ensino Médio: o que muda em sala de aula?


Os alunos que estão no Ensino Médio foram educados a partir de outros parâmetros e apenas agora começam a conhecer as propostas da BNCC. A mudança de paradigma não pode ser traumática e, por isso, as escolas precisam trabalhar bem esse processo de transição.


Até porque há também mudanças específicas para esse segmento: quase simultaneamente à discussão da BNCC, o Ministério da Educação criou o Novo Ensino Médio. Dentro desse conjunto de transformações está a oferta de itinerários informativos para os estudantes.


Também estão previstas mudanças de abordagem para as disciplinas básicas, a expansão da carga horária e a maior proximidade com a vida profissional — e, portanto, uma aproximação com o ensino técnico e profissionalizante. As redes pública e privada vão colocar em prática tudo isso. 


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Projeto de vida


Tamanhas modificações só podem ser assimiladas com muitas reflexões. Por esse motivo, a implementação da BNCC e do Novo Ensino Médio deve levar em consideração as atividades sobre o projeto de vida dos alunos. É uma forma muito eficiente de incentivar o planejamento das turmas.


É possível articular esses debates com áreas do conhecimento que os alunos têm mais familiaridade. A literatura brasileira, por exemplo, é rica em personagens que podem colaborar com as aulas a respeito do tema. Outras disciplinas, como História, ajudam também nessa aproximação.


As atividades de projeto de vida estimulam ainda o planejamento acerca das expectativas pessoais e profissionais dos estudantes. Esse exercício evita surpresas e aumenta a autoconfiança dos adolescentes em um período de grandes transformações. 


Áreas do conhecimento


Mesmo com a inserção dos itinerários formativos, o Ensino Médio mantém um currículo mínimo para que os alunos compartilhem conhecimentos básicos sobre as disciplinas. Essa grade elementar é a parte que mais se assemelha à rotina anterior desse segmento.


Esses parâmetros servem para nivelar os estudantes e garantir que todos dominem o conjunto de habilidades e competências necessário para a etapa da formação. Por isso, a comunidade escolar precisa saber quais são essas quatro grandes áreas do conhecimento. Leia abaixo a lista e fique por dentro! 


Matemáticas e suas Tecnologias


Historicamente, o Brasil tem dificuldades em aprimorar os conhecimentos matemáticos dos alunos. Fazer cálculos, ler e interpretar gráficos ou diagramas e desenvolver o pensamento lógico são algumas das competências que pertencem a esse campo do saber.   


Linguagens e suas Tecnologias


Trata-se, a grosso modo, do campo do conhecimento a respeito dos códigos e textos. A leitura e a interpretação são os seus dois pontos centrais. As línguas estrangeiras também integram essa área do saber. Tradicionalmente, os estudantes brasileiros também não têm facilidade com esses temas.


Ciências da Natureza e suas Tecnologias 


Reúne disciplinas como Biologia, Física e Química. É normalmente articulada a outros campos do conhecimento, como a Matemática. Exige a percepção sobre o mundo ao redor dos estudantes de maneira mais pragmática, sistemática e cientificista. 


Ciências Humanas e Sociais Aplicadas


Sob o campo das Humanidades está uma diversidade maior de disciplinas: História, Geografia, Filosofia e Sociologia, por exemplo, pertencem a essa área do conhecimento. O ser humano e a sociedade de maneira mais ampla são os seus principais focos de interesse.


Quais são os Eixos Estruturantes?


As quatro grandes áreas do saber concentram conteúdos básicos com os quais todos os alunos precisam se deparar ao longo do Ensino Médio. Como já foi visto, as alterações nos últimos anos da Educação Básica não ignoram a necessidade de haver um currículo mínimo nesse segmento.


No entanto, há um esforço para expandir os conhecimentos dos estudantes e conferir mais flexibilidade às aulas. Os itinerários formativos, que estão organizados em Eixos Estruturantes no Novo Ensino Médio, são a principal ferramenta para alcançar esses dois objetivos.


Também são quatro as linhas gerais, que oferecem diretrizes para que as instituições de ensino proponham os seus próprios itinerários formativos e os alunos montem sua grade horária. Confira abaixo quais são os Eixos Estruturantes!


Investigação Científica


Tem como objetivo ampliar a capacidade dos estudantes de investigar a realidade. A intenção é incentivar a compreensão, a valorização e a aplicação do conhecimento sistematizado. Aqui a realização de práticas e produções científicas é fundamental.


Processos Criativos


Em uma sociedade cada vez mais pautada pela criatividade e inovação, a educação precisa acompanhar essas dinâmicas e oferecer aos estudantes atividades que estimulem a inventividade. Este eixo, portanto, pretende expandir a capacidade de projetar e executar projetos criativos.


Mediação e Intervenção Sociocultural


Reúne atividades para capacitar os alunos a intervir de maneira benéfica na sociedade e no meio ambiente. O objetivo é fazê-los atuar como agentes de mudanças e de construção de uma sociedade mais ética, justa, democrática, inclusiva, solidária e sustentável.   


Empreendedorismo

Este eixo tem como ênfase expandir a capacidade dos estudantes de mobilizar conhecimentos de diferentes áreas para empreender projetos pessoais ou produtivos articulados sempre aos seus próprios projetos de vida. O intuito é fazer com que os alunos sejam capazes de criar oportunidades para si e para os seus pares.


Flexibilização do conteúdo didático


As escolas têm se empenhado para apresentar às turmas no Ensino Médio itinerários formativos que se adequem aos quatro Eixos Estruturantes. É uma mudança de hábito, que exige a proatividade dos alunos na hora de projetar como será o seu próprio ano letivo, especificamente.


A comunidade escolar precisa demonstrar flexibilidade para conseguir fazer a implementação do  Novo Ensino Médio. As famílias devem acompanhar as decisões tomadas pelos estudantes. Para os gestores, é necessário oferecer alternativas para que a rotina sofra menos com a adaptação.


Os professores, por outro lado, precisam compreender que as interações com os alunos mudam com os itinerários formativos. As turmas, por fim, devem estar preparadas para assumir o protagonismo no processo de aprendizagem e demonstrar interesse durante as novas aulas.


Também é importante que o conteúdo didático esteja em sintonia com as alterações. Nesse sentido, tecnologias digitais podem contribuir para o período de adaptação: a maleabilidade de módulos em livros físicos é reduzida, enquanto que nas versões digitais as possibilidades são bem maiores.  


Quando se fala sobre livros digitais, logo vem à mente os arquivos em PDF. Já existem, entretanto, alternativas que permitem maior interatividade, com vídeos, imagens e outros objetos de aprendizagem mais dinâmicos e atrativos. 


Procure conhecer essas soluções digitais para adotar aquela que melhor se adapta às suas necessidades. Com mais recursos, é possível explorar o potencial dos itinerários formativos com os estudantes e implementar todas as mudanças para melhorar o processo de aprendizagem. 


Entenda como as plataformas digitais de ensino podem ajudar os seus alunos!


Na pandemia, houve a necessidade de adotar as modalidades híbrida e remota na Educação Básica. Com essas adaptações, as turmas passaram a conviver com um grande volume de conteúdo digital. Diante de tudo isso, é difícil se organizar. O mesmo acontece com o corpo docente.


As plataformas digitais auxiliam na gestão das informações, com a análise de desempenhos e do engajamento dos alunos com as atividades. Clique aqui para entender melhor como essas ferramentas podem colaborar com o dia a dia em sala de aula.