Quando os responsáveis buscam uma escola para matricular o aluno, muitos aspectos devem ser levados em consideração. A proposta pedagógica é, sem dúvida, uma delas. Geralmente, os pais partem de indicações de conhecidos para conhecer o funcionamento da instituição de ensino.
Depois, são feitas visitas e as coordenações das escolas são consultadas para que dúvidas possam ser tiradas. São várias as etapas até que alguma decisão seja tomada. Muitas características chamam atenção logo no primeiro contato.
O aspecto da escola, o histórico sobre o desempenho de antigos estudantes e das atuais turmas e a proximidade do lar são algumas das preocupações mais instantâneas. Mas a educação precisa ser o tema que mais desperta o interesse na hora da matrícula.
A prioridade deve estar sempre nas opções que as escolas fazem no cotidiano para o desenvolvimento de crianças e adolescentes. E existem muitas diferenças entre as instituições nesse sentido. Por trás desses horizontes para o ensino estão propostas pedagógicas muito distintas.
As escolas optam por perspectivas diferentes para nortear suas práticas diárias e é muito importante que a comunidade escolar tome conhecimento dessa dimensão da educação. Além disso, é necessário saber como as ferramentas tecnológicas podem auxiliar no processo de aprendizagem.
A Essia selecionou as principais tendências que orientam as propostas pedagógicas no Brasil para que você entenda melhor a importância disso para o dia a dia das escolas. Boa leitura!
Antes, contudo, é preciso compreender o que é a proposta pedagógica e qual a importância disso para o funcionamento das escolas. A linha escolhida pelos gestores e pela equipe de educadores é a responsável por orientar todo o processo de aprendizagem — até mesmo as atividades lúdicas.
A importância desse elemento para o desenvolvimento de crianças e adolescentes é tão grande que existe até um marco legal para a sua regulação: a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), publicada em 1996, que apresenta uma definição mais nítida acerca das suas funções.
De acordo com a legislação, a proposta pedagógica é o documento que deve servir de referência para as ações da escola. As dinâmicas internas para a sua elaboração seriam, dessa forma, uma oportunidades para discutir a gestão do tempo e do espaço na instituição.
Cada equipe pedagógica deve redigir seu próprio texto. O documento tem como objetivo garantir a autonomia das escolas, oferecer diretrizes para as metodologias adotadas com os alunos e apresentar indicações para todas as atividades educativas.
O que baseia essas orientações são horizontes filosóficos sobre o ensino. A partir de noções amplas acerca da missão de educadores e das posturas esperadas dos estudantes, as escolas procuram direcionar as suas práticas diárias para que a educação flua da melhor maneira possível.
Agora que já sabe o que é proposta pedagógica e qual a função do documento para o desenvolvimento dos alunos, você vai entender melhor as diferentes linhas que orientam os documentos elaborados pelas escolas. Os textos são redigidos a partir de propósitos bem definidos.
A filosofia de ensino por trás de cada abordagem deve ser levada em consideração. As ideias postas em prática são o resultado de debates internos. Assim, as principais intenções da instituição estão presentes no documento. Leia mais e conheça os horizontes de ensino para nortear a educação!
Apesar de ter sido concebida há séculos, a proposta pedagógica tradicional continua sendo muito influente. As escolas que elaboram seus documentos a partir dessa perspectiva propõem que a figura do professor seja preponderante em sala de aula.
Em contrapartida, o aluno precisa assimilar uma base de conhecimento sólida para poder fazer questionamentos. Essa perspectiva tem metas mais objetivas, como a aprovação no vestibular ao fim da Educação Básica, e ainda é muito comum nas instituições de ensino brasileiras.
Essa proposta é influenciada pelo pensamento comportamentalista, ou behaviorista, desenvolvido desde o fim do século XIX nos Estados Unidos. Essa tendência influenciou muitos pesquisadores da área de psicologia e tem importância também para o campo da educação.
A atenção dos professores se volta para o comportamento dos alunos. A observação do corpo docente é decisiva porque é a partir disso que podem ser identificados hábitos que não contribuem para o processo de aprendizagem. Costumes positivos, por outro lado, devem ser incentivados.
Já a perspectiva do construtivismo para a educação, elaborada principalmente pelo autor suíço Jean Piaget, apresenta características muito diferentes. A formação passa a ser encarada como um período composto por diversos momentos diferentes. Isso tem desdobramentos muito relevantes.
Em cada fase, a criança ou o adolescente se depara com informações novas. A partir dessas diferentes etapas, os estudantes constroem o próprio conhecimento. Dessa forma, a participação da comunidade escolar no ensino muda e a função do aluno ganha mais destaque.
Pesquisador do campo da educação mais reconhecido internacionalmente, Paulo Freire e seu pensamento também inspiram um número grande de propostas pedagógicas. Suas obras reforçam a relevância do contexto em que as turmas estão inseridas para o processo de aprendizagem.
A partir do diálogo entre os principais atores envolvidos no ensino, o propósito passa a ser trazer a realidade social com que os estudantes convivem cotidianamente para dentro de sala de aula. Isso colabora para evitar abstrações e tornar o conhecimento mais acessível.
Incentivar a autonomia dos alunos é uma atitude muito importante no ambiente de ensino. Além de estimular o desenvolvimento de crianças e adolescentes, isso também traz benefícios acadêmicos importantes, com o maior engajamento e a melhoria nos índices que avaliam o desempenho.
A proposta democrática, idealizada por Alexander Sutherland Neill, leva tudo isso em consideração. A formação de cidadãos com uma visão social mais ampla é outra consequência da adoção dessa linha pedagógica. A própria disposição da escola é revolucionada a partir desse horizonte de ação.
Médica e pedagoga, a italiana Maria Montessori apresentou uma nova maneira de enxergar a educação também na virada entre os séculos XIX e XX. E, a exemplo do que ocorre com a proposta democrática, escolas que assumem essa tendência também devem privilegiar a autonomia do aluno.
A ênfase do olhar montessoriano para o ensino se desloca para os afetos. Até essa abordagem pedagógica, pouca atenção era dedicada à dimensão afetiva da relação entre os alunos e com os professores. Desde então, os especialistas se empenham mais para compreender esses vínculos.
A última linha pedagógica a ser destacada não é menos importante. Nascido no atual território da Croácia, o pensador Rudolf Steiner propôs uma perspectiva de ensino inovadora para a época. Conhecida como pedagogia Waldorf, a abordagem reconhece diferentes fases no desenvolvimento.
A Educação Infantil é um grande foco de cuidados para as escolas que adotam a proposta pedagógica. Por isso, os sete primeiros anos devem ser acompanhados com muita atenção. Os estímulos nessa etapa da aprendizagem são decisivos para o progresso do estudante.
Embora não seja tão aparente quanto a estrutura e o material didático escolares, a filosofia por trás da proposta pedagógica é o que determina o ponto de chegada do ensino. Caso essa escolha não tenha sido bem analisada, os resultados não serão aqueles pretendidos pela equipe pedagógica.
A partir dessa tendência, os gestores devem buscar aliados para estimular o processo de aprendizagem. Se os educadores já estão alinhados a esse horizonte de ação e a escola tem objetivos claros, ferramentas tecnológicas podem auxiliar na rotina da educação.
A maioria dessas propostas foi elaborada no milênio passado e oferecia respostas a perguntas de seu tempo. Com os desafios impostos por turmas compostas por nativos digitais, em um contexto de diversos estímulos virtuais, as estratégias pedagógicas também precisam inovar.
O uso pontual de dispositivos móveis ou aplicativos interativos pode até colaborar. No entanto, é preciso pensar ações integradas, capazes de transmitir essa filosofia de educação em sintonia com o momento atual. A plataforma digital de ensino é uma alternativa muito importante nesse sentido.
Por meio dessa ferramenta, o aluno tem acesso ao material didático que inspira confiança em toda a comunidade escolar. Editoras respeitadas já estão disponíveis, mas é possível fazer adaptações, que tornam o conteúdo sob medida para o programa do professor e ainda mais atrativo para as turmas.
As propostas pedagógicas são a base para um ensino bem-sucedido. A elaboração do documento é um passo fundamental para a escola. No dia a dia, mesmo quando surgem dúvidas e desafios para o processo de aprendizagem, o texto é o responsável por nortear e atribuir coerências a cada atitude.
Ao adotar ferramentas digitais que potencializam habilidades dos alunos, os gestores conseguem fazer com que as perspectivas presentes na proposta pedagógica entrem em prática no cotidiano escolar. A tecnologia ainda permite que a capacidade dos professores seja aproveitada ao máximo.
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