Como organizar sequências didáticas na Educação Básica?

maio 28, 2021 | Publicado por undefined.

Quem está dentro de sala de aula sabe: a ordem pela qual os conteúdos são tratados define a qualidade do processo de aprendizagem. Nos segmentos da Educação Básica, organizar as sequências didáticas é fundamental para o desenvolvimento na infância e na adolescência.


Faz parte da rotina da educação planejar como será o percurso até que os estudantes conheçam, compreendam e apliquem os conhecimentos trabalhados pelos professores. Prever dificuldades, antecipar dúvidas e propor novas abordagens para facilitar o entendimento são ações importantes.


Aos coordenadores cabe acompanhar como as crianças e os adolescentes têm lidado com os assuntos que surgem durante as aulas. É importante manter uma interlocução saudável com as famílias para que eventuais questionamentos venham à tona de maneira natural.


Antes, o ano letivo era condicionado pela estrutura dos livros físicos. Atualmente, a tecnologia pode ajudar a tornar as sequências didáticas sob medida para as suas turmas. Em vez de a instituição de ensino se adaptar ao material didático, é o conteúdo que se adequa à escola.  


Neste artigo do Blog da Essia, você vai entender melhor os benefícios de trabalhar as disciplinas por meio de sequências didáticas pensadas especificamente para os seus alunos, com textos, exercícios e outras alternativas interativas para aprendizagem direcionados. Aproveite a leitura.

O que é uma sequência didática?


As sequências didáticas são uma estratégia pedagógica que aposta no processo de aprendizagem para o desenvolvimento das habilidades dos alunos. Em outras palavras, é uma abordagem que entende o conhecimento como um trajeto a ser percorrido com o auxílio dos profissionais do ensino.


Portanto, esses percursos exigem que sejam acumuladas informações a respeito de todos os temas previstos para o seu ano letivo para que, ao fim dessa etapa, todos em sala tenham desenvoltura para tratar desses conteúdos em exames, testes e provas. E, o que é mais importante, na vida.


Para apresentar às turmas os assuntos previstos pelo currículo, a criação de sequências didáticas sob medidas para as necessidades dos estudantes faz com que o corpo docente dedique muitos esforços para programar e para colocar em prática esse planejamento.


Todo o empenho é justificável quando o que está em jogo é o aprimoramento das práticas pedagógicas nos segmentos da Educação Básica e, consequentemente, a formação durante períodos tão especiais quanto a infância e a adolescência. Definitivamente, vale a pena.

Quais são os benefícios de usar sequências didáticas?


O conhecimento requer tempo. Entre o momento que cada aluno tem acesso a informações e o instante em que toda turma já está preparada para aplicar conceitos, fórmulas e reflexões no dia a dia existe um intervalo considerável. A equipe pedagógica deve compreender isso.


Cabe aos educadores também a tarefa de aproveitar esse período. Porque enquanto o conteúdo é apresentado os estudantes demonstram mais interesse e curiosidade. Obviamente, essa predisposição de crianças e adolescentes depende das interações em sala de aula.


Outro fator importante é a diferença que existe de um indivíduo para outro. A maneira pela qual crianças e adolescentes lidam com as descobertas não é igual. É preciso entender as características que aproximam e que distanciam uns dos outros ao longo do processo de aprendizagem.


A implementação de sequências didáticas é a oportunidade para levar em consideração todas essas questões. Por privilegiar as etapas do conhecimento, essa proposta permite que os educadores identifiquem os desafios e trabalhem os conteúdos na melhor ordem possível.

Como usar as sequências didáticas: 6 etapas


A criação de sequências didáticas é uma ação importante nas séries do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. As escolas devem utilizar todos os recursos disponíveis para implementar essa proposta, que prioriza a gestão do tempo e dá destaque para as particularidades das turmas.


O olhar do professor é fundamental para colocar em prática as sequências didáticas. Os profissionais da educação aperfeiçoam a capacidade de reconhecer dificuldades e habilidades dos alunos no cotidiano da instituição de ensino. Essa sensibilidade é essencial para esse processo.


Mas soluções digitais já oferecem alternativas para potencializar o processo de aprendizagem. A união entre a qualidade dos educadores e as ferramentas tecnológicas resulta no maior envolvimento das crianças e adolescentes nas atividades da Educação Básica.


Leia abaixo a lista das seis etapas para o planejamento de sequências didáticas específicas para os estudantes da sua escola!

1. Defina os objetivos e o conteúdo


A jornada só se inicia quando, além do local de partida, o ponto de chegada também é conhecido: para desenvolver um planejamento eficiente, os professores devem saber quais são as suas metas e conhecer bem o conteúdo que será trabalhado em sala de aula com os estudantes.

2. Saiba quais habilidades da BNCC serão trabalhadas


A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) propõe aos educadores uma nova lógica para o processo de aprendizagem. Em vez de uma abordagem conteudista, é necessário identificar quais são as habilidades que precisarão ser incentivadas ao longo das atividades.

3. Apresente a proposta aos estudantes


O protagonismo na escola deve ser dos estudantes. Muitas metodologias ativas já implementam essa dinâmica. É importante estar atento às reações dos alunos diante dos exercícios e manter aberto um canal de diálogo para identificar o que ainda deve ser aprimorado.

4. Escolha técnicas para facilitar a compreensão dos alunos


Os professores têm a vocação de encontrar maneiras de tratar os conteúdos para fazer com que as tarefas não fiquem muito abstratas. Essa etapa é imprescindível para a elaboração de sequências didáticas. As estratégias para tirar dúvidas e suscitar o interesse compõem esse trabalho.

5. Pense sobre o método de avaliação


Os educadores devem refletir a respeito das maneiras de avaliar se o conteúdo tem sido ou não assimilado. Tradicionalmente provas e testes cumprem essa função, mas existem formas mais criativas, inovadoras e bem-sucedidas de mensurar a qualidade do processo de aprendizagem.

6. Acompanhe as dinâmicas com as turmas


É necessário observar como a interação com os alunos se desenvolve. Registrar essas considerações é interessante para identificar quais são as lacunas que ainda permanecem na dinâmica com as turmas. Nesse sentido, a tecnologia pode ser uma importante aliada.

É possível flexibilizar uma sequência didática?


Geralmente, quando se pensa em um planejamento, vem à mente um guia rígido, como um passo a passo até que sejam cumpridos todos os objetivos almejados. Embora também exijam programação, as sequências didáticas não devem ser compreendidas como um documento inalterável.


O acompanhamento dos professores pode apontar impasses ou brechas que devem ser aproveitadas no restante do ano letivo para potencializar o ensino. Até porque as correções de rota são sempre bem-vindas. 


A estrutura dos livros físicos dificultava essas adaptações. Com ordens preestabelecidas, a apresentação do material didático era mais rígida. O conteúdo digial, em contrapartida, estimula as adequações e incentiva que os professores formem sequências didáticas sob medida.


Como a tecnologia auxilia a criação de sequências didáticas?


As ferramentas tecnológicas tornaram possível registrar nossas interações e fornecer dados para melhorar o rendimento no ensino. Além disso, permitiram ainda que as aulas ficassem mais interativas, com recursos audiovisuais impensáveis na época em que só havia o quadro de giz.


As plataformas digitais, por exemplo, são uma solução digital que reúne o conteúdo didático que, anteriormente, era restrito aos livros físicos. Com a internet, as ferramentas oferecidas possibilitam que exercícios, textos, gráficos e ilustrações sejam ainda mais interessantes.


O conteúdo se adequa a sequências didáticas e, ao mesmo tempo, os professores podem monitorar a participação e o desempenho dos estudantes por meio de relatórios mais elaborados. Em alguns casos, é permitido até acrescentar exercícios e textos na plataforma de maneira integrada.


Utilizar ferramentas digitais é uma alternativa a ser avaliada pelos gestores para incentivar os professores a prepararem sequências didáticas eficientes. Para alcançar esse objetivo, os educadores devem planejar as aulas meticulosamente e acompanhar o desenvolvimento das turmas. 

Saiba como fazer a avaliação diagnóstica de aprendizagem


Antes de preparar as aulas ou dividir o conteúdo em módulos, os professores precisam tomar conhecimento da relação que cada estudante estabelece com o conteúdo. Há diferenças até dentro da turma e é preciso trabalhar para diminuir as distâncias entre os alunos nas disciplinas.


Dedicar tempo às sequências didáticas é uma atividade que colabora para que os profissionais da educação reconheçam a importância da concatenação dos temas. Por exemplo: em História, é necessário saber o que foi o Antigo Regime para reconhecer a relevância da Revolução Francesa. 


É por esses motivos que os professores precisam entender como foram as experiências dos estudantes com as matérias até aquele momento. Conversar com os colegas, responsáveis pela disciplina em anos anteriores, é um caminho para contextualizar a situação atual das turmas.


No entanto, o diálogo não é o bastante: é imprescindível implementar a avaliação diagnóstica na sua instituição de ensino. Para conseguir isso, a escola deve avaliar bem os diferentes métodos e aplicar aquele que mais tem a ver com o perfil dos estudantes e com a própria proposta de ensino.


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