Saiba como preservar a saúde mental dos alunos de Educação Básica

julho 01, 2021 | Publicado por .

Ao observar os alunos, os educadores têm um olhar mais amplo a respeito de sua formação. Cabe aos professores também identificar as dificuldades com que os estudantes se deparam em suas vidas pessoais na Educação Básica. A preocupação com a saúde mental deve ser constante.


As novas gerações assistem às intensas transformações comportamentais. A tecnologia mudou a forma pela qual ocorre o consumo, a circulação de recursos e até as relações interpessoais. Embora já tenham nascido nesse contexto, a intensidade dessas alterações afeta crianças e adolescentes.


Com a pandemia do coronavírus, houve um grande aumento na tensão: em vez de brincadeiras, relacionamento com colegas e atividades ao ar livre, a necessidade de adotar isolamento social, o temor de contágio e os necessários cuidados com a saúde. Uma mudança e tanto.


Os funcionários que trabalham com o ensino não têm a responsabilidade de tratar depressão, transtornos alimentares ou de ansiedade. No entanto, por lidarem com os estudantes, podem ajudar a detectar problemas e promover a aproximação com profissionais especializados.


A Essia propõe opções que podem ajudar as escolas a preservarem a saúde mental das crianças e adolescentes que cursam as séries do Ensino Fundamental ou do Ensino Médio. A ideia do texto é incentivar práticas pedagógicas que levem em consideração essa dimensão.


Boa leitura!


Quais são os reflexos da saúde mental dos alunos no aprendizado?


Toda a cognição dos alunos passa pela capacidade de concatenar ideias e estabelecer relações de causalidade. Em outras palavras: a facilidade de estabelecer relações de causa e efeito e articulá-las está por trás do processo de aprendizagem. Essas ações passam pelo bom funcionamento cerebral.


O sistema nervoso como um todo, cujo desenvolvimento se dá principalmente nos períodos da infância e da adolescência, é fundamental para que o conhecimento flua. É necessário manter os olhares concentrados nas questões relativas à saúde mental das crianças e dos adolescentes.


Problemas como ansiedade e déficit de atenção, por exemplo, têm impacto profundo na rotina dos estudantes. Por afetarem a vida em grupo, inibem até o ânimo para participar das atividades propostas pela equipe pedagógica da escola.


A própria rotina do Ensino Fundamental pode exercer uma pressão psicológica sobre as crianças e pré-adolescentes. No Ensino Médio, o volume de conteúdo aumenta e a tendência é que as responsabilidades também se façam sentir pelos estudantes. 


Motivos que podem desgastar os alunos emocional e mentalmente

     

Se as atividades promovidas pela instituição de ensino estimulam a aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos, medidas tomadas pela escola também podem aumentar o estresse na infância e na adolescência.


Leia a lista abaixo e entenda quais são essas causas mais frequentes de desgastes emocionais e mentais.   


Pressão escolar e dos responsáveis


A necessidade de alcançar bons desempenhos pode gerar exigências excessivas por parte dos familiares e dos profissionais envolvidos no processo de aprendizagem. A atenção com a qualidade do processo de aprendizagem é indispensável, mas é preciso coibir exageros.

Provas e vestibulares


Tradicionalmente, a semana de provas aumenta a tensão entre os estudantes. A expectativa para demonstrar conhecimento diante das questões apresentadas pelos professores é grande. Quando o assunto é o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), a ansiedade é ainda maior.

Contexto mundial 


Crianças e adolescentes estão cada vez mais conectados aos acontecimentos ao redor do mundo. A internet permite a ampla circulação de informação, mas também gera preocupações nos alunos. A comunidade escolar precisa estar atenta para trabalhar a forma como esses fatos são assimilados.

Ensino remoto e adaptações


Dentre os fatos globais recentes mais marcantes está a pandemia. O coronavírus exigiu o isolamento social e, como consequência, a implementação do ensino remoto. Foram muitas as adaptações, mas ainda é desconhecido o impacto total que tudo isso vai exercer nas turmas.

Qual é o papel da escola e dos educadores nesses contextos?


Na infância e na adolescência, é importante que os compromissos façam parte do dia a dia. É prejudicial para o período de formação não haver desafios e responsabilidades, já que existe o risco de criar indivíduos que não saibam lidar com os seus próprios deveres na vida adulta.

O principal papel de quem atua na educação é encontrar o equilíbrio entre estimular a autonomia dos estudantes e intensificar o estresse no ambiente escolar. Ninguém melhor do que profissionais, qualificados para conviver com os alunos, para alcançar esse — complexo — objetivo.


Aos professores é reservada a tarefa de identificar as reações em sala de aula. Manter um diálogo aberto e franco com os alunos facilita que sejam notados os casos de cobrança excessiva ou de estresse. A percepção dos educadores é imprescindível nesse sentido.


Já as escolas devem buscar alternativas que facilitem, estruturalmente, a organização das crianças e adolescentes nos segmentos da Educação Básica. Mudanças nas dinâmicas com o corpo docente e a adoção de soluções digitais podem oferecer alternativas para aliviar a atmosfera de ensino.

Como melhorar a saúde mental dos seus alunos?


A principal dica é buscar ajuda especializada. Com o aumento dos casos, pesquisadores têm dedicado muitos esforços e recursos para encontrar tratamentos para os problemas de saúde mental. Novas condutas médicas e psicológicas têm sido, assim, desenvolvidas.


Ainda resiste um tabu a respeito do tema. Transtornos de ansiedade e déficit de atenção são vistos como questões menores por muitas pessoas. Infelizmente, profissionais da educação muitas vezes não dão a atenção necessária a essas questões, o que dificulta todo esse processo.


Manter uma interlocução ativa com as famílias também é essencial para a saúde mental dos alunos. Ouvir relatos dos responsáveis e transmitir percepções a respeito do ambiente escolar são atitudes que criam uma rede de proteção para as fases da infância e da adolescência.

   

Com a pandemia, a preocupação com o assunto na escola aumentou. No entanto, os profissionais das instituições de ensino e os responsáveis devem estar preparados para enfrentar esses desafios, buscar ajuda médica e preservar bons ambientes de convivência.


Saúde mental e inteligência emocional têm tudo a ver!


Para manter a saúde mental na escola, a atenção com a inteligência emocional dos estudantes é crucial. A Essia preparou um artigo sobre o tema, clique aqui para ler!