A educação exige um olhar muito cuidadoso para a maneira como os estudantes interagem a partir do conteúdo trabalhado. Ter dificuldades é natural, mas é preciso reconhecer quando os obstáculos exigem que outros profissionais entrem em ação. É o caso dos distúrbios de aprendizagem.
Os educadores precisam redobrar a atenção para que não seja cobrado um nível de rendimento que, naquele momento, o aluno não será capaz de apresentar. As exigências podem aumentar a pressão sobre as crianças e os adolescentes e prejudicar ainda mais um quadro que já é complicado.
A estrutura escolar precisa estar preparada para lidar com esses desafios. A formação do quadro de profissionais precisa ser multidisciplinar, até para que haja essa perspectiva mais ampla. Por isso, compõem o conjunto de funcionários com formação em Pedagogia, em Psicologia e até em Nutrição.
Estabelecer canais abertos para o diálogo é uma alternativa para controlar as dificuldades de aprendizagem. Com o surgimento de novas tecnologias, a comunicação pode ser favorecida pelo uso de soluções digitais por parte da escola. Continue a ler e entenda como lidar com esse desafio!
Antes de pensar nas estratégias para prestar assistência aos alunos da melhor forma possível, é necessário entender que existem níveis de dificuldade de aprender. Há, inclusive, problemas diferentes que envolvem essa resistência involuntária aos conteúdos trabalhados em sala.
As dificuldades de aprendizagem, em geral, exigem mais esforços da equipe pedagógica. Muitas vezes, com mudanças de abordagem é possível fazer com que os assuntos se tornem mais acessíveis para os alunos. Manter uma relação de confiança com a turma é fundamental.
Os distúrbios de aprendizagem, por outro lado, são tipificados clinicamente. Ou seja: pesquisadores da área de saúde se dedicaram a descrever esses problemas, suas causas e suas consequências. Embora costumem ser mais graves, a participação desses profissionais ajuda a controlá-los.
Portanto, é preciso reconhecer essas questões com rapidez, comunicar a coordenação e informar os responsáveis. Quando essa comunicação é clara, é mais fácil conseguir a compreensão de todos e buscar ajuda especializada. Assim, o aluno tem mais condições de tratar o distúrbio.
A cognição é a chave para a aprendizagem. A educação é um campo que reúne conhecimentos de áreas diferentes, como filosofia e psicologia, por causa disso. A atenção com a maneira pela qual crianças e adolescentes percebem o mundo ao redor é fundamental entre os professores.
Como o Blog da Essia não é um espaço voltado especificamente para questões de saúde, você pode ler abaixo os mais recorrentes distúrbios de aprendizagem encontrados em alunos. A ideia é facilitar o trabalho de educadores e gestores na identificação desses problemas.
Confira, abaixo, uma breve descrição dos principais problemas:
É um transtorno hereditário e genético, que tem como principal característica a dificuldade de decodificar os símbolos escritos. Isso compromete a leitura e a escrita. Há diferentes graus, mas em geral os portadores não são capazes de associar os fonemas às letras.
Representa o distúrbio específico para a dificuldade com números e operações matemáticas. Ocorre dessa maneira o comprometimento de atividades básicas: a familiaridade com a tabuada e o entendimento a respeito dos cálculos não se dá com a devida fluência.
Corresponde à incapacidade de redigir textos com letras legíveis. Não se trata de ortografia “feia”: muitas vezes há dificuldade para copiar os deveres e isso faz com que o aluno esteja sempre atrasado com relação ao conteúdo. O apoio de fonoaudiólogos é indicado também para o caso.
É outra limitação que diz respeito à redação. À primeira vista, pode ser notada pela equipe pedagógica por meio da troca de letras (P por B, F por V ou S por Z, por exemplo). Mas também se manifesta pela dificuldade de expressar ideias coesas e de articular concordâncias nos textos.
Clinicamente, é o distúrbio que se manifesta pela omissão, substituição ou deformação dos fonemas durante a fala. É recorrente a troca de palavras por outras que tenham características semelhantes. A pronúncia errada das letras é outro indicativo que também pode ser percebido pelos educadores.
Com causas genéticas, o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) surge ainda durante a infância. Pode acompanhar o paciente até a fase adulta e tem como sintomas desatenção, inquietude e impulsividade. Em certos casos, é chamado de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção).
Apesar das tipificações, os portadores podem apresentar reações que confundem os educadores. Muitos desses distúrbios são parecidos e apenas a análise clínica estará habilitada a fazer as distinções. Por isso é importante reforçar a necessidade de consultar especialistas.
Professores e demais profissionais da escola não são os responsáveis por fazer o diagnóstico desses transtornos. A tentativa de classificar os distúrbios pode causar consequências ainda mais negativas ao fortalecer preconceitos e visões distorcidas sobre os problemas.
Somente profissionais qualificados devem diagnosticá-los. É importante não relutar para entrar em contato na busca de um olhar especializado. Isso não faz com que o corpo docente não deva estar preocupado com a manifestação dessas dificuldades. É preciso, pelo contrário, redobrar a atenção.
No convívio diário, esses indícios podem passar despercebidos. Os funcionários devem manter uma escuta ativa para receber os relatos dos estudantes, tanto daqueles que convivem com esses problemas quanto dos que acompanham as dificuldades diárias dos colegas.
A articulação entre os diferentes setores da instituição de ensino também é um fator positivo. Caso um episódio seja notado em sala de aula, é imprescindível reportar para a coordenação pedagógica. A partir disso, os pais ou responsáveis podem ser contatados.
Embora já tenha sido mencionada a preocupação que o quadro de profissionais precisa ter diante do assunto, ainda não foi esclarecido de que forma a estrutura escolar pode colaborar para criar um ambiente propício para a aprendizagem apesar de tantos desafios.
É preciso criar uma atmosfera de tolerância que parta dos gestores, atravesse a equipe pedagógica e alcance as turmas. Toda a comunidade escolar precisa estar engajada numa proposta educativa mais inclusiva e aberta à diversidade. É necessário aprender a se relacionar com a diferença.
Quando esse clima é estabelecido, outras dificuldades do dia a dia da educação também são evitadas: todas as expressões de preconceito se baseiam na intolerância. Desde a descriminação por raça ou gênero até a resistência à inclusão de pessoas com deficiência.
O espaço físico da escola também precisa representar essa receptividade. As instalações devem ser acessíveis a todos, com rampas nas entradas e corrimãos, por exemplo. Os estudantes se sentem mais à vontade para relatar seus problemas quando percebem a preocupação com esses fatores.
Os alunos que convivem com esses transtornos são mais acolhidos no momento em que a instituição de ensino está preparada para recebê-los. Relações pautadas pelo diálogo inspiram a confiança inclusive das famílias, o que aumenta a motivação e faz o conhecimento florescer.
Apenas é possível construir essa relação com os alunos a partir de uma comunicação clara. A equipe pedagógica precisa usar de todos os artifícios possíveis para identificar portadores de distúrbios mais sérios e integrar os alunos com dificuldade de aprendizagem.
Uma alternativa é apostar em inovações. Desde o surgimento das redes sociais, a forma como todos se relacionam foi revolucionada. Soluções digitais aproveitam o potencial dessas ferramentas tecnológicas para incentivar que os alunos aprendam com mais facilidade.
A plataforma digital para conteúdo didático é um exemplo disso. Essa inovação tecnológica apresenta uma proposta mais dinâmica e interessante aos alunos, enquanto proporciona aos professores sequências sob medida para cada plano de aula. O acesso é por dispositivos móveis.
Para o desafio de lidar com a dificuldade de aprendizagem, essa ferramenta possibilita novas formas de interação por meio do ambiente virtual. É uma maneira de estabelecer outros canais para o diálogo e fortalecer a confiança entre todos os atores da comunidade escolar.
As escolas precisam preparar os alunos para conviver com pessoas diferentes. Por esse motivo, os profissionais devem dar atenção especial para os estudantes que apresentam dificuldades de aprendizagem. É por meio do exemplo que a escola fomenta esse clima de tolerância.
A troca de experiências é uma opção para que a equipe pedagógica saiba de que maneira lidar com os alunos com transtornos específicos ou dificuldades para aprender. Essa colaboração pode acontecer no espaço físico da escola, em lugares como a sala dos professores.
É possível também compartilhar boas práticas pela internet. Esse é o objetivo do Blog da Essia: a intenção é divulgar ações bem-sucedidas de educadores, que unam os melhores princípios para o ensino e inovações tecnológicas. Clique aqui, conheça essa iniciativa e leia outros textos!
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