Entender as dinâmicas envolvidas na elaboração e na assimilação das narrativas é uma parte importante do desenvolvimento na infância e na adolescência. Para que os estudantes tenham a dimensão dessa necessidade, o corpo docente deve conhecer o conceito de storytelling.
Em tradução livre, o termo teria o mesmo sentido que a expressão contação de histórias. Embora o ato de compartilhar narrativas seja muito relevante para a compreensão textual, esse conceito não se esgota por aqui: existem várias outras nuances que não podem ser ignoradas.
O termo em inglês é muito utilizado pela indústria audiovisual para dar conta das estratégias utilizadas nos roteiros cinematográficos para cativar os espectadores. Com isso, as atenções se voltam para o encadeamento dos acontecimentos, o ritmo e os personagens narrativos.
Recentemente, entretanto, especialistas em educação perceberam que as técnicas usadas para cativar os amantes do cinema poderiam auxiliar os educadores em sua rotina. Até porque, muitas vezes, os elementos narrativos transcendem o próprio texto.
Várias das habilidades desenvolvidas a partir do storytelling se desdobram para o relacionamento interpessoal e, no caso dos segmentos da Educação Básica, para as atividades pedagógicas em sala de aula. Quando os estudantes dominam essas práticas, quem ganha é a aprendizagem.
A intenção do Blog da Essia é, com este artigo, motivar os educadores a aprimorarem as atitudes diárias da educação por meio desse conceito. Para fugir de abstrações mais distantes, a ideia é propor algumas atitudes que podem ajudar os professores do cotidiano com as turmas.
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O storytelling deve ser visto como uma ferramenta, que pode ser usada em várias situações e áreas de atuação. Além do cinema e da educação, profissionais de outros setores também lidam com esse instrumento. Na maioria dos casos, são campos do conhecimento ligados às Ciências Humanas.
Os profissionais que trabalham com as manifestações artísticas estão mais familiarizados com as estratégias, seja nas artes plásticas, seja na literatura. O que não impede que o marketing, a política e até a religião lancem mão dessas técnicas em suas atividades diárias.
A principal lição dessa proposta para todas as áreas do conhecimento é a de que a forma pela qual é narrada pode ser tão ou mais importante do que a conclusão ou os sentidos que a própria história pode ter. Os desdobramentos disso para esses diferentes campos de atuação são grandes.
A implicação mais filosófica é que, durante o projeto, o enfoque deixa de se limitar aos objetivos finais e se estende para todo o processo. O entendimento de que o percurso tem a mesma importância do que as metas a serem alcançadas revoluciona qualquer atividade.
De maneira mais prática, as metodologias adotadas passam a ter mais relevância. Para a educação, o empenho para estabelecer formas de abordar os conteúdos é o que define se o processo de aprendizagem será ou não bem-sucedido. Os artifícios narrativos são essenciais nesse cenário.
As bases que sustentam as narrativas precisam ser observadas cuidadosamente pelos educadores que pretendem usar o storytelling em sala de aula. Se esses elementos são imprescindíveis para as histórias, também poderão ser muito aproveitados nos segmentos da Educação Básica.
Dessa forma, a maneira como os fatos estão concatenados, o ambiente em que a trama se desenvolve e as pessoas — ou figuras de características humanas — que protagonizam as narrativas devem ser explorados.
Ou seja: mantenha o foco no enredo, no cenário e nos personagens, respectivamente. Quando os professores dominam os elementos narrativos, é mais fácil aproveitar as nuances mais atrativas das histórias.
O resultado disso é o maior interesse por parte das turmas e, consequentemente, a maior chance de as disciplinas serem compreendidas. Entenda de que forma essa estratégia pode beneficiar o processo de aprendizagem!
Crianças e adolescentes estão submetidos a diversos estímulos. Conectada às redes sociais desde os primeiros anos de vida, boa parte dos estudantes foram habituados a conviver com mais opções de comunicação e entretenimento. Em meio a todos esses elementos, a educação precisa se firmar.
Os professores que utilizam o storytelling em suas práticas pedagógicas sabem como suscitar o interesse dos alunos. Com atividades mais atrativas que trabalhem o conteúdo, é mais simples contar com o engajamento dentro da sala de aula.
O maior desafio para os professores é manter uma atmosfera positiva durante as interações com os alunos. Obviamente, para estabelecer esse ambiente colaborativo, o corpo docente precisa investir no relacionamento. Nesse sentido, a escuta é primordial. Mas não é o suficiente.
O storytelling é uma forma de diminuir a inquietação dos educadores: de fato, com o bom uso dos elementos narrativos, os alunos percebem que estão em contato com conhecimento. O processo de aprendizagem se desenvolve e o clima de satisfação contribui para que a boa relação seja mantida.
Os profissionais de educação que conhecem e aproveitam os benefícios do storytelling na relação com as crianças e os adolescentes estão mais abertos a novas experiências pedagógicas. Essa predisposição colabora para que outras abordagens sejam adotadas com os alunos.
É possível aproveitar isso para incentivar a interdisciplinaridade. Conectar temas que têm pontos de contato com diferentes disciplinas faz com que os conteúdos tenham mais sentido para as turmas. Se a integração for feita de forma mais atrativa para os estudantes, melhor ainda!
Drama, aventura, suspense e jornadas heróicas não são uma exclusividade dos filmes e dos livros: as escolas podem e devem aproveitar essas atrativas maneiras de tratar os assuntos para aprimorar habilidades na infância e na adolescência. Até as Ciências Exatas podem ser trabalhadas assim.
O lado lúdico da aprendizagem é muito rico e não pode ser ignorado. Sem jogos, brincadeiras e métodos divertidos, a rotina do Ensino Fundamental e do Ensino Médio corre o risco de se tornar cansativa e desestimulante. O cotidiano desinteressante afeta o desenvolvimento dos estudantes.
Conheça 4 dicas para usar o storytelling e drible esses obstáculos!
Reconhecer os efeitos de uma história colabora para que a concentração seja mantida nos fatos narrados. As turmas precisam entender por que motivos o assunto trabalhado pelo professor é tão relevante, seus impactos sociais, culturais e históricos. Mas esse é só o primeiro passo.
O encadeamento dos acontecimentos deve ser inteligível para quem o ouve. Em outras palavras: a sequência de fatos narrados não pode fazer desvios repentinos, sob o risco de os estudantes se perderem. Seguir a cronologia tradicional, com começo, meio e fim, pode ser uma boa estratégia.
Repetições podem ser um elemento retórico decisivo para demarcar partes importantes da história. No entanto, esse recurso deve ser utilizado com moderação. O risco é a narrativa se tornar prolixa, o que provoca o desinteresse e não contribui em nada com o processo de aprendizagem.
O conteúdo didático não deve limitar a atuação dos educadores. Pelo contrário: é necessário buscar alternativas que se adaptem às propostas do corpo docente e facilitem as estratégias pedagógicas. A tecnologia oferece opções que possibilitam a customização e colaboram para esse processo.
O storytelling é uma dessas importantes técnicas para engajar os estudantes e superar a falta de interesse com o conteúdo. Ao articular conhecimentos de outras áreas do conhecimento, como as artes, os professores têm mais instrumentos para cativar as turmas ao longo do ano letivo.
As técnicas para manter as atenções das turmas voltadas para as aulas não funcionam para todos os alunos. Como indivíduos, os estudantes têm predileções próprias e dificuldades diferentes. Então, trabalhar com um conteúdo padronizado pode dificultar o processo de aprendizagem.
A inovação é um aliado das metodologias ativas e das abordagens mais criativas para trabalhar os conteúdos com as crianças e os adolescentes nos segmentos da Educação Básica. É necessário que os gestores se mantenham atentos para as alternativas oferecidas no mercado.
As plataformas de material didático digital possibilitam que adaptações sejam feitas e que o conteúdo se aproxime das turmas. Não é necessário usar uma sequência didática fixa e, ao longo de um ano, o professor pode fazer alterações para tornar os assuntos mais acessíveis.
Algumas soluções digitais permitem até que o educador insira no ambiente de aprendizagem textos, questões e outros materiais interativos de sua autoria. Assim, as apostilas avulsas ficam para trás, o que estimula a organização dos alunos e simplifica a correção das tarefas pelo corpo docente.
Depois de realizadas as tarefas, relatórios com os resultados individuais e coletivos são enviados para a equipe pedagógica. Dessa forma, é possível entender quais são os temas que requerem um trabalho de fixação e compreender se o problema é específico de um aluno ou da turma toda.
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