Como montar um plano de estudos com os seus alunos?

fevereiro 09, 2021 | Publicado por undefined.

Toda atividade requer planejamento. É verdade que, em muitos casos, acontecem fatos inesperados. Mesmo assim, aqueles que se programam têm maior capacidade de lidar com os imprevistos. É assim também com o processo de aprendizagem. Por isso é importante fazer planos de estudos.

Os alunos precisam ser os protagonistas na educação. Sendo assim, o planejamento deve ser realizado pelos estudantes. No entanto, os professores têm a tarefa de mostrar a necessidade dessa programação e de ajudar na elaboração desses planos, uma vez que dominam o conteúdo.

A formação de crianças e adolescentes precisa desenvolver diversas habilidades. São muitas as disciplinas e, dentro de cada uma, há outras subdivisões. Apenas ao se planejarem os alunos estarão aptos a compreenderem todos os temas previstos no currículos para a Educação Básica.

Com o passar dos anos, isso se intensifica. Portanto, quem não for capaz de dar conta dos assuntos trabalhados no Ensino Fundamental terá mais dificuldade para acompanhar as aulas no Ensino Médio. Posteriormente, a capacidade de se planejar também será imprescindível para a vida adulta.

Muitas vezes, a dificuldade para compreender determinada matéria é somente a manifestação mais evidente da falta de planejamento do aluno. A equipe pedagógica precisa estar atenta para não fazer essa confusão e auxiliar os estudantes a identificarem os obstáculos que precisam ser superados.

Mas, afinal, de que forma deve ser realizado o plano de estudos? Para entender qual o papel de responsáveis, professores e, é claro, de alunos nessa programação, a Essia preparou um artigo com tudo sobre o assunto. Aproveite a leitura!

O que é um plano de estudos e como ele ajuda na aprendizagem?

Planejar é estabelecer metas e estipular prazos. Portanto, dois fatores são essenciais para que a programação seja bem feita. O primeiro diz respeito ao senso de prioridade: é preciso eleger os objetivos principais, fazer escolhas e hierarquizar as atividades a serem realizadas.

O segundo está relacionado ao calendário. A gestão do tempo é importante para executar todas as ações. Cumprir as datas preestabelecidas pelo cronograma é determinante para o sucesso do planejamento. Essa noção mais geral tem aplicações também no campo da educação.

O plano de estudos é a organização das atividades feitas pelos próprios alunos. Os estudantes precisam compreender as subdivisões do ano letivo, antecipar possíveis dificuldades e pensar um cronograma para que, ao fim de cada série, todas as metas tenham sido alcançadas.

Planejar auxilia no processo de aprendizagem. Destinar um período para se dedicar ao planejamento das atividades é uma medida inicial para a formação de pessoas mais organizadas, precavidas e capazes de encontrar soluções para os desafios cotidianos.

O plano de aulas dos professores é mais conhecido. Os educadores se preparam para trabalhar os conteúdos de forma que os alunos consigam acompanhar o ritmo do ensino. Os estudantes aprendem muito pelo exemplo e esse empenho do corpo docente será reconhecido.

Quais pontos levar em consideração na hora de montar o plano de estudos?

Todos reconhecem as vantagens de planejar a rotina de estudos. No entanto, muitas dúvidas surgem quando chega a hora de, efetivamente, traçar esse plano. Essas incertezas podem bloquear o desenvolvimento das habilidades dos estudantes voltadas para a organização.

Por isso, é verdadeiramente importante se ater aos tópicos básicos que norteiam essa programação. Existem atitudes mais simples que podem incentivar o planejamento e, ao mesmo tempo, favorecer que esse plano seja bem-sucedido ao final do período preestabelecido.

A Essia preparou uma lista com sugestões que podem orientar os planos de estudos. Com essas dicas, os professores irão estimular esse hábito nas turmas com mais facilidade. Cada caso exige adaptações e os estudantes precisam se organizar a partir de suas realidades. Leia agora a relação!

Ter um objetivo claro

O que define o percurso é saber o ponto de chegada: o planejamento precisa levar em conta as metas que devem ser alcançadas. Notas em testes ou aprovações são bons exemplos. É preferível que os objetivos sejam mais claros, porque isso facilita a avaliação sobre o sucesso ou não do plano. 

Entender a rotina de aluno

A vida de crianças e adolescentes não se resume ao estudo. Há outras atividades que desempenham funções também relevantes para a rotina, como exercícios físicos e momentos de convivência com os colegas. Tudo isso precisa ser enxergado na hora de fazer o plano de estudos.

Inclua atividades de leitura e atualidades

O período de formação não pode concentrar esforços apenas no domínio de conteúdos específicos. Na vida adulta, será exigido muito mais das novas gerações. A programação precisa prever espaços para a leitura de livros, para que os alunos acompanhem o noticiário e se mantenham informados.

Não esqueça das pausas e descansos

O momento de descanso é indispensável para o sucesso dos estudos. O plano dos alunos precisa levar em consideração que, muitas vezes, a carga horária escolar já é pesada. Por isso, conciliar as atividades com períodos para distração ou com mais tranquilidade é essencial.

5 passos para montar o plano de estudos

A partir dessas quatro ações, já é possível pensar como colocar em prática esse planejamento do estudo. No entanto, resta uma questão: se o plano precisa ser elaborado pelos estudantes, qual é a função da equipe pedagógica em todo esse processo? E a resposta é muito simples.

Os educadores precisam empoderar as turmas para que todos se sintam capazes de se organizar. É preciso oferecer instrumentos para que a programação seja realizada pelo estudante. Nesse sentido, o diálogo é decisivo. Só a escuta ativa conseguirá identificar dificuldades de crianças e adolescentes.

A comunidade escolar também deve redobrar a atenção para encontrar os obstáculos com que os alunos se deparam durante a elaboração do plano de estudos. Por exemplo, os pais precisam observar se seus filhos têm se dedicado à tarefa de repensar a sua programação.

Ao se sentirem apoiados por todos em seu entorno, crianças e adolescentes são mais capazes de dar conta do desafio e de se programar até para os problemas que encontrarão no ano letivo. Confira agora cinco passos para que sejam montados planos de estudos bem-sucedidos! 

1. Definir o tamanho do ciclo

É preciso estipular quando começa e termina o período de estudos. A partir disso, é possível identificar em que momentos é preciso intensificar os esforços. Por outro lado, ao assumir essas referências de tempo, também passa a ser viável inserir momentos para descanso.

2. Analisar as disciplinas e os conteúdos que precisam ser estudados

Não será possível identificar, logo no primeiro momento, todos os desafios do ano letivo. Mas cada aluno é capaz de, pelo menos, reconhecer o volume de conteúdos que serão trabalhados. Isso ajuda os estudantes a pelo menos terem a dimensão das dificuldades que encontrarão pela frente.

3. Dividir o ciclo em blocos de matérias

Embora os assuntos possam ser muito variados, é possível reuni-los em blocos temáticos por meio de aproximações. Existem conhecimentos basilares, sem os quais não dá para avançar em determinada disciplina. Essa divisão, realizada pelos estudantes, precisa levar isso em consideração.

4. Não juntar dois blocos de matérias que usem o mesmo lado do seu cérebro

A maior preocupação deve ser não tornar o cotidiano da educação enfadonho. É imprescindível despertar o prazer do aluno. Para isso, é necessário combinar no cronograma de estudos disciplinas diferentes, que estimulem as crianças e os adolescentes de formas múltiplas. 

5. Validar, testar e ouvir o feedback do estudante

O cronograma de estudos é individual, mas a participação do corpo docente é a condição sem a qual esse processo não irá acontecer de maneira satisfatória. É de extrema importância ouvir dos estudantes os obstáculos que têm sido enfrentados e reconhecer seus méritos com a programação.


O plano de estudos na infância e na adolescência é o primeiro passo para a formação de adultos organizados e com uma visão mais ampla a respeito do mundo em que estão inseridos. Todas as escolas precisam acompanhar o desenvolvimento dessa habilidade com muita atenção.

7 dicas para motivar o aluno a estudar em casa

O primeiro passo para o sucesso do cronograma é a capacidade de organização. Existem, no entanto, atitudes que são determinantes para que todo o esforço para programar o ciclo de estudos, antever obstáculos e definir metas não seja perdido. O mais essencial é manter o empenho do aluno.

Se for encarado como simples obrigação, o plano de estudos até pode ser executado, mas não instigará os estudantes ou chamará a atenção para importância daquele período para a formação. Sem esse horizonte mais amplo, a rotina tende a se tornar mais mecânica e desinteressante.

O processo de aprendizagem está muito relacionado à motivação das turmas. Isso acontece porque para estudarem fora do ambiente escolar, os estudantes necessitam de um ímpeto próprio: não haverá nenhum profissional da escola para motivá-lo nesses momentos. 

É papel da comunidade escolar impulsionar esse hábito e, ao mesmo tempo, destacar como isso é importante. A consciência do estudante sobre o processo é essencial. Clique aqui e veja sugestões para manter o empenho dos alunos durante os exercícios de reforço e as leituras depois das aulas!