O currículo escolar é extenso durante a Educação Básica: nessa fase da vida, os alunos precisam ser apresentados a assuntos muito diferentes. Mas essa diversidade não deve ser compartimentada em áreas de conhecimento distintas. Por isso, é tão importante a interdisciplinaridade.
A abordagem interdisciplinar é a responsável por integrar conteúdos que, à primeira vista, podem parecer isolados. Essa tentativa de aproximação é fundamental para o processo de desenvolvimento de crianças e adolescentes, da Educação Infantil ao Ensino Médio.
A necessidade de não segmentar o conhecimento tem a ver com a maneira pela qual os desafios vão surgir para os estudantes no cotidiano — a solução de problemas no dia a dia exige que cada indivíduo use todas ferramentas a que tem acesso, sem distinção de disciplinas.
Se bem utilizada pela equipe pedagógica, a tecnologia pode colaborar para a integração dos conteúdos. A Essia preparou este artigo para explicar de que forma as atividades interdisciplinares contribuem para o processo de aprendizagem. Então, continue por aqui e leia mais!
Cada disciplina é formada por um conjunto de normas. Essas diretrizes estabelecem as condições para o campo do conhecimento, mas também apresentam certos limites. Para conseguir identificar quais são os problemas por trás de cada conteúdo, é interessante conhecer regras de outras áreas.
Ou seja: a melhor forma de você construir uma crítica a determinada disciplina é colocá-la em comparação com as demais. Essa afirmação fica muito clara nas Ciências Humanas, mas é permitido adotar essa estratégia também na relação da Física com Química, por exemplo.
Por isso, é muito importante incentivar essa prática para crianças e adolescentes desde o período escolar. Ao mesmo tempo que estimula uma percepção mais crítica sobre o conhecimento, isso ainda facilita a aprendizagem, ao provocar a identificação de semelhanças e diferenças.
A interdisciplinaridade no conteúdo escolar precisa partir da reflexão de que a relação entre campos diferentes do conhecimento é determinante para o florescimento da aprendizagem. Na dinâmica de sala de aula, as consequências positivas dessa abordagem são nítidas.
É comum que estudantes desenvolvam predileções por certos conteúdos trabalhados. Ao mesmo tempo, é normal que haja resistência a outros. Se ocorre esse diálogo, é mais fácil despertar o interesse, por meio das matérias favoritas, para as disciplinas para as quais há maior resistência.
Embora os professores se esforcem para manter esse diálogo, algumas dificuldades impediram que a interdisciplinaridade fosse mais comum nas escolas. Existe uma cultura bastante segmentada nas disciplinas, o que aumenta o grau de aprofundamento nos conteúdos e trava as iniciativas desse tipo.
Isso fez com que o poder público pensasse em políticas públicas para estimular essas práticas em sala de aula. Já foram várias as ações em âmbito municipal, estadual e federal com esse objetivo. A mais recente está presente na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
O documento estabelece diretrizes de abrangência nacional para o ensino pela primeira vez no Brasil. No entanto, os estados têm autonomia para elaborar seus currículos de acordo com as características locais. Essa tendência também se reflete na interdisciplinaridade.
A BNCC reforça os objetivos que o ensino precisa ter durante cada segmento. Em vez de dividir por disciplinas essas metas, o texto destaca as habilidades que os alunos precisam desenvolver ao longo da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.
A decisão de enfatizar o aprimoramento dessas capacidades é importante porque dá espaço para iniciativas interdisciplinares que conseguem relacionar diferentes áreas do conhecimento. Em outros momentos, o texto reitera ainda a necessidade do diálogo entre disciplinas.
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Afinal, por que empenhar esforços para implementar a transdisciplinaridade na sua escola? Muitos fatores já foram mencionados, mas é preciso ainda sublinhar o que deve motivar a equipe pedagógica a apostar nessas iniciativas. Confira na lista abaixo!
O processo de aprendizagem precisa estimular efetivas reflexões sobre o que é trabalhado nas aulas. Ao perceber que é possível fazer questionamentos, os alunos se envolvem mais com as atividades. Consequentemente, têm maior familiaridade com o conteúdo.
As discussões a respeito do pensamento crítico muitas vezes não levam isso em consideração. Esse estímulo é necessário para fazer com que as turmas interajam a partir dos temas discutidos. E não há forma melhor do que as atividades interdisciplinares para alcançar esse objetivo.
A abordagem interdisciplinar não deve ser vista como algo restrito a atividades extracurriculares. As disciplinas previstas na carga horária regular também são beneficiadas quando ocorre esse diálogo. As mudanças na aprendizagem são perceptíveis para toda a comunidade escolar.
Depois de serem trabalhados pelas disciplinas, é possível repensar os conteúdos a partir dessa abordagem. Isso ajuda na fixação e incentiva que os alunos estabeleçam as conexões entre as diferentes áreas do conhecimento. As consequências práticas dessa postura são muito positivas.
O principal desdobramento dessa proposta é a percepção de que as disciplinas estão conectadas. Ao se darem conta disso, os estudantes entendem a necessidade de articular conhecimentos, mesmo que pareçam distantes entre si, para encontrar soluções.
Quando a educação se concentra na resolução de problemas, o ensino diminui a diferença entre prática e teoria. Se encontrar soluções é uma atividade decisiva para o processo de aprendizagem, a interdisciplinaridade é um aliado para mostrar a interdependência dos conteúdos.
A interdisciplinaridade foge do convencional. Romper com a rotina é um atrativo para as turmas: essa estratégia chama a atenção dos alunos porque não permite uma conduta meramente passiva. Quando algo novo acontece, é preciso mudar de atitude para acompanhar as mudanças.
É oportuno estimular essa visão mais ampla e menos segmentada do processo de aprendizagem. A abordagem, assim, desperta o engajamento dos estudantes. A partir dessa maior participação, é possível reconhecer que os índices de desempenho também melhoram.
No plano teórico, essa proposta é muito interessante. Mas para fugir das abstrações é preciso compreender de que maneira a abordagem pode ser aplicada no dia a dia da escola. A seguir, a Essia listou seis pontos que favorecem a interdisciplinaridade dentro da sala de aula.
A abordagem interdisciplinar não deve ser apresentada aos alunos de maneira abrupta. É necessário que haja prudência ao propor essa forma de trabalhar os conteúdos para evitar distorções de conceitos ou incompreensões por parte dos estudantes.
O planejamento pedagógico deve prever a interdisciplinaridade e fomentar a sua aplicação no plano de aula dos professores. Pensar previamente as estratégias e organizar o diálogo entre disciplinas são duas ações que diminuem os imprevistos e, consequentemente, as dificuldades no ano letivo.
Os alunos também devem ser preparados para lidar com essa abordagem de ensino. Se a equipe pedagógica precisa se programar para colocar em prática a interdisciplinaridade, não é possível exigir que as turmas se adaptem de uma hora para a outra a isso.
Por esse motivo, a escola precisa incentivar uma postura mais participativa nos estudantes. No momento em que os alunos desempenham o papel central na educação, há uma abertura maior para mudanças. A adoção de metodologias ativas contribui para essa alteração no comportamento.
Antes de estimular o diálogo entre as disciplinas é importante reconectar o corpo docente. Na escola, por trás dos conteúdos trabalhados em sala de aula há profissionais que convivem com dificuldades pessoais e interesses diversos. É preciso proporcionar uma comunicação clara entre os professores.
Mesmo as mais corriqueiras conversas podem facilitar a identificação de pontos de convergência entre as disciplinas. Quando a equipe pedagógica está em constante diálogo, é mais fácil também pensar em atividades que reúnam esforços em diferentes áreas do conhecimento.
No momento que a pandemia do coronavírus acabar, haverá uma grande disposição da comunidade escolar para aproveitar os espaços públicos. Depois de tanto tempo com restrições, museus, monumentos e edifícios históricos voltarão a ser locais a serem desfrutados pelos alunos.
Essas atividades fora do espaço físico da escola apontam para a interdisciplinaridade. As visitas facilitam o diálogo entre áreas do conhecimento diferentes, como História, Geografia e até Língua Portuguesa e Literatura. A equipe pedagógica deve estar preparada para aproveitar a oportunidade.
As interações com os alunos também devem ser privilegiadas para que a abordagem interdisciplinar seja efetiva. As soluções digitais para educação podem favorecer a comunicação e ajudar a identificar quais práticas têm conseguido ser bem-sucedidas ao longo do ano letivo.
A plataforma digital para conteúdo didático contribui muito para o diálogo. Além de reservar fóruns para a troca de experiências entre os alunos, também permite que os educadores enviem respostas individualizadas ou por turma.
A interdisciplinaridade já é uma realidade na educação brasileira. O desafio para as escolas agora é expandir essa abordagem e estimular que os estudantes tenham uma visão menos compartimentada e mais abrangente a respeito do conhecimento.
A busca por maneiras de despertar o interesse dos alunos e estimular o processo de aprendizagem, como no caso da proposta interdisciplinar, é comum entre educadores. Uma alternativa para alcançar esses objetivos é investir em tecnologia.
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