A necessidade de saber gerir os desafios se impõe em várias dimensões do cotidiano. Nos negócios, é uma habilidade fundamental, reconhecida como uma das mais importantes para o mercado de trabalho. Na educação, a gestão escolar é uma questão ainda mais central.
Isso acontece porque, em última análise, o que está em jogo no ensino é o conhecimento. A atuação dos gestores tem desdobramentos decisivos para o desenvolvimento dos alunos e, consequentemente, na própria formação de crianças e adolescentes como cidadãos.
A gestão escolar é, por isso, muito importante para a rotina dos estudantes e dos educadores. A capacidade de acompanhar, organizar e estimular as atividades no ambiente do colégio é o que confere uma identidade para a instituição.
Como a escola é formada por profissionais e alunos e perfis distintos em vários segmentos e com propósitos também diferentes, os gestores têm a responsabilidade de coordenar as ações para potencializar o processo de aprendizagem.
Neste artigo, você vai entender melhor o que é gestão escolar e qual o impacto disso para o ensino. Boa leitura!
Gestão escolar é uma prática essencial para o dia a dia de alunos e professores porque torna possível administrar todos os setores envolvidos no processo de aprendizagem. Isso é necessário porque o ambiente da escola reúne um conjunto heterogêneo de indivíduos.
Na comunidade escolar, convivem estudantes, responsáveis, professores e demais profissionais envolvidos na promoção do conhecimento. Embora o objetivo geral seja potencializar o ensino, é preciso que haja uma articulação bem definida dos interesses desses agentes.
Os gestores devem ter como intenção administrar os recursos da escola, sejam materiais, financeiros, humanos e até simbólicos. Não se trata apenas de preservar o patrimônio: é necessário coordenar as ações para dar coerência a todos os usos dos atributos da instituição.
Precisam ser, por esses motivos, profissionais com uma perspectiva mais ampla a respeito do cotidiano escolar. A visão de educador é imprescindível, mas é importante observar também os aspectos econômicos e estruturais que permitem o funcionamento de cada unidade de ensino.
A responsabilidade institucional pela gestão escolar é dos diretores. Organizar todas as atividades envolvidas no processo de aprendizagem, em última análise, norteia o andamento de cada etapa, atribuindo um sentido a tudo o que é feito pelos educadores.
No entanto, a tarefa de gerir a escola não deve ser solitária. Para levar em consideração todas essas nuances, é preciso que seja uma construção coletiva, compartilhada por profissionais competentes de diferentes setores do colégio. A ação conjunta fortalece a instituição.
A direção precisa se articular com outras áreas, como a coordenação e a equipe pedagógica, para conseguir realizar uma administração competente. Além de encontrar soluções mais adequadas para a realidade local, essa proposta coletiva incentiva uma gestão democrática.
Gerir de maneira participativa tem efeitos muito positivos para o engajamento no ambiente escolar. Quando participa de decisões, o corpo docente se sente mais reconhecido e incentivado em suas atitudes diárias. E essa motivação chega até os alunos nas aulas.
A experiência de gerir uma instituição de ensino não deve ser interpretada como algo uniforme: são vários os aspectos que atravessam a gestão. Assim, também se tornam necessárias habilidades diferentes. Os profissionais que se lançarem nessa tarefa precisam estar atentos a isso.
Para ajudar nessa visão diversificada, a Essia reuniu cinco pilares para a gestão escolar. São tópicos que fortalecem uma perspectiva mais ampla para a administração do processo de ensino.
A área pedagógica é a mais perceptível no dia a dia da escola. O planejamento para o ano letivo e a didática apresentada ao trabalhar os conteúdos são dois dos principais atrativos buscados pelas famílias na hora de matricular a criança ou o adolescente.
Apesar de os educadores desfrutarem de autonomia para propor as aulas, a responsabilidade de articular os planos para a série recai sobre os gestores. Com um olhar mais amplo a respeito dos segmentos, é mais fácil compreender os desafios da educação como um todo.
Por exemplo: há assuntos que devem ser tratados em uma ordem específica para que sejam entendidos. Assim, os gestores precisam observar se os temas foram bem trabalhados nos anos anteriores para enxergar melhor os desafios do processo de aprendizagem.
Acompanhar os métodos de avaliação e o engajamento das turmas é outra função que cabe à gestão escolar. Por isso, uma interlocução direta com o corpo docente é uma parte muito relevante para a tarefa de gerir a escola.
O ambiente da escola requer muitos cuidados. Para que o conhecimento flua, é preciso criar uma atmosfera amigável para toda a comunidade escolar. Isso exige atenção para nuances por vezes imperceptíveis, desde o espaço físico até os utensílios à disposição.
A gestão administrativa se volta para esses aspectos. Os serviços de zeladoria, por exemplo, ficam sob sua incumbência. A manutenção de aparelhos que compõem o cotidiano de alunos e professores e os reparos em aparelhos que são utilizados também.
Geralmente, os gestores têm formação relacionada à pedagogia na sala de aulas. Os afazeres administrativos podem parecer um pouco distantes e até menos importantes. Eis um grande erro: deixar de lado essas questões pode gerar desdobramentos muito negativos.
Quem pretende se lançar na gestão escolar necessita, assim, estar disposto a aprender. A demanda por conhecimentos de áreas aparentemente distintas faz com que essa disposição seja o ponto de partida para a atividade dos gestores.
Outra área que pode despertar algum tipo de dificuldade para educadores é a financeira. Existe uma distância considerável entre a convivência com os alunos e os cálculos de gastos e arrecadação. Contudo, somente um olhar minucioso nesse sentido permite uma gestão eficiente.
Conhecer a capacidade de investir da escola é primordial para que os gestores consigam identificar soluções que melhorem o processo de aprendizagem. Por outra lado, saber quais são as fragilidades da empresa situa os gestores para que os próximos passos da administração sejam dados.
O principal aspecto é saber se planejar. Se gerir é, em grande medida, conseguir se preparar para futuros desafios e lidar com as necessidades cotidianas, quando o assunto são os recursos financeiros se programar é ainda mais importante.
Até porque a gestão financeira tem como pilares três ações: analisar, controlar e, é claro, planejar. Deixar de lado uma dessas atividades seria uma inconsequência com desdobramentos muito problemáticos para o desenvolvimento da escola.
A missão das escolas é voltada diretamente para o desenvolvimento humano. Quem acredita na educação como potência transformadora incentiva, consequentemente, o aprimoramento de habilidades e crescimento pessoal de todos os envolvidos no processo de aprendizagem.
A gestão de recursos humanos das escolas é a articulação de todas as capacidades dos profissionais que se engajaram na tarefa de educar. O fato de o interesse com o desenvolvimento pessoal ser uma prioridade para o ensino torna essa área ainda mais importante.
Uma instituição é composta, antes de tudo, por pessoas. Ao RH (abreviatura comum para se referir à área) é reservado um trabalho que vai além da contratação ou da demissão: tem a responsabilidade de promover o aperfeiçoamento dos envolvidos na educação e, por conseguinte, da instituição.
Contudo, no dia a dia a gestão de pessoas exige cuidados. Mesmo com uma proposta inspiradora, a área lida com indivíduos e suas vontades, resistências e temores, por exemplo. Gerir essas demandas faz com que seja necessário muito diálogo.
As ferramentas para a comunicação se aprimoraram muito nas últimas décadas. Comunicados, que antes precisavam de grandes esforços para atravessar distâncias e chegar aos destinatários, hoje estão na palma da sua mão — literalmente.
Mas os avanços tecnológicos não são capazes de construir sozinhos o diálogo dentro de uma empresa. Para estabelecer a escuta ativa e a clareza nas mensagens, é preciso constituir uma equipe de profissionais competentes, que consigam usar essas ferramentas de forma eficiente.
Gestão escolar de comunicação é saber usar todos os mecanismos à disposição para manter diálogo não apenas com o corpo de funcionários, mas com a comunidade escolar como um todo. Com esse intuito, é preciso estar atento às particularidades.
Muitos problemas acontecem porque a forma para se comunicar escolhida não foi a melhor possível e, por isso, a mensagem não chegou aos interlocutores com nitidez. Estudar as características do público com quem a mensagem deve circular é uma ação muito relevante.
Compartimentar a gestão em departamentos isolados pode provocar desafios muito grandes. Gerir é, primordialmente, administrar, articular e coordenar o potencial da empresa. Sendo assim, é necessário enxergar essas atividades como algo integrado e mais coeso.
Todas as demais áreas da gestão escolar são atravessadas por dois elementos: a organização do tempo e a prioridade na qualidade de ensino. Observar essas duas dimensões da rotina ajuda a compreender de que forma se deve administrar cada instituição.
A gestão de tempo é constituída principalmente por uma ação, que é estipular prioridades. O cotidiano de uma escola apresenta dificuldades diárias e, a cada instante, é preciso identificar qual atitude é mais necessária para manter o bom funcionamento.
A gestão de qualidade de ensino é voltada para o aprimoramento do processo de aprendizagem. Como a finalidade de uma escola é estimular que os alunos aprendam bem os conteúdos e se desenvolvam como indivíduos, as ações nesse sentido são prioritárias.
A gestão escolar engloba atividades diversificadas e exige profissionais multifacetados. O processo de aprendizagem é complexo e composto por várias engrenagens. Mas, após conhecer as principais habilidades necessárias, você está preparado para entender como implementar isso na sua escola. Confira!
A gestão deve ser compartilhada e uma perspectiva democrática a respeito da administração colabora para estabelecer um ambiente de reconhecimento profissional e de bons resultados acadêmicos. É importante, porém, ter referências na rotina escolar.
A liderança dá coesão às atitudes tomadas pelos funcionários e indica o sentido que as atividades têm para o desenvolvimento das turmas. Ser uma referência na sua área independe do nível hierárquico ocupado ou de formação acadêmica.
O líder deve apresentar, através do exemplo, os caminhos que devem ser seguidos pela equipe. É necessário que haja coerência entre o que é dito e o que é feito pela liderança. Uma postura ativa e responsável é inspiradora, tanto para as turmas quanto para o corpo docente.
O tempo na educação é condicionado pelos anos letivos. As séries devem ser encaradas como etapas para o ensino, mas também como marcadores temporais que facilitam a programação em todas as atividades envolvidas no processo de aprendizagem.
Isso facilita o planejamento financeiro, com os planos de renovação de matrícula para os anos seguintes. Esse comportamento perante o calendário permite também o projeto pedagógico das escolas, com transições com o material didático ou mudanças de professores, por exemplo.
Coordenar ações pedagógicas e administrativas é mais fácil quando o gestor se dá conta da peculiaridade do cronograma da educação. Mesmo reformas de zeladoria ou reparos técnicos precisam levar em consideração essa particularidade.
A noção de comunidade escolar inclui mais do que estudantes e professores: nesse conjunto de agentes que integram o processo de aprendizagem estão inseridos famílias e demais profissionais que trabalham na educação, inclusive os gestores.
No entanto, por lidarem com crianças e adolescentes, até funcionários de outros setores — como serviços gerais e secretaria — precisam estar preparados para oferecer aos alunos as melhores condições para aprender. Por isso é necessário investir na capacitação.
Para o corpo docente, a necessidade de estimular a qualificação é ainda mais visível. Os educadores precisam estar aptos a potencializar suas estratégias para trabalhar os conteúdos durante as aulas com inovações tecnológicas, por exemplo.
Se o surgimento de novas soluções digitais voltadas para a educação faz com que os professores se preparem para tirar proveito da tecnologia, outra mudanças também exigem atenção: de orientações de autoridades governamentais a características das turmas, que mudam todos os anos.
Tanto o governo federal quanto os estados têm regras que precisam ser seguidas pelos gestores. O funcionamento depende do cumprimento das normas. A título de exemplo, é possível citar a Base Nacional Comum Curricular, que indicou novas orientações para os segmentos da Educação Básica.
Já os educadores sentem que, no início de cada ano letivo, novos desafios se apresentam com a formação das turmas. As necessidades são alteradas e os gestores precisam prestar atenção para as demandas que surgem com essas novas configurações.
Com uma eficiente gestão escolar, a chance de sua escola ser bem-sucedida é muito maior. Os cuidados redobrados com as mais diversas áreas, da atenção ao trabalhar os conteúdos durante as aulas ao planejamento administrativo, surtem efeito.
É preciso empoderar todos os agentes envolvidos no processo de aprendizagem. Agora que você já conhece as atribuições do gestor escolar, pode também entender melhor a função de coordenador pedagógico. Clique aqui e leia mais!
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