A vida contemporânea exige uma postura ativa. Para ser bem-sucedido academicamente ou no mercado de trabalho, é preciso ter várias habilidades. É necessário que haja estímulos a inteligências múltiplas no período escolar para que isso seja possível na fase adulta.
A visão de que a inteligência é uma capacidade quase mecânica, responsável por decodificar códigos e fazer aplicações sistemáticas e metódicas, está superada. É imprescindível que mais competências, como a habilidade para se relacionar com os outros, sejam levadas em conta.
Os segmentos da Educação Básica precisam estar preparados para esse desenvolvimento durante a infância e a adolescência. Os profissionais da escola, da equipe pedagógica aos demais funcionários e gestores, devem estar atentos para trabalhar as habilidades dos alunos.
Os responsáveis também têm papel essencial nessa tarefa. Essa perspectiva abre várias possibilidades para os alunos. Caso exista dificuldades em uma das áreas do conhecimento, o aluno será capaz de desenvolver mais aptidões. Em vez de normatizar, a educação escancara alternativas.
Conhecer as inteligências múltiplas é fundamental para a comunidade escolar colaborar para o processo de aprendizagem dos estudantes. A despeito de, à primeira vista, parecer muito técnico, esse assunto contribui para oferecer instrumentos para a formação das novas gerações.
A Essia preparou este artigo para ajudar você a entender de que forma o tema vai colaborar para o desenvolvimento das turmas do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. Então, continue a ler e aproveite!
Um indivíduo não pode ser resumido a apenas uma de suas atividades. Ninguém é somente aluno, filho ou professor: ser múltiplo é a característica mais marcante do ser humano. Tendo isso em vista, especialistas têm se empenhado para classificar todas essas inteligências a serem desenvolvidas.
Diante dessas várias competências, é difícil tipificar todas as possibilidades e, em seguida, tudo o que pode ser desenvolvido com a participação dos educadores ao longo do período de formação. Mesmo com tantos obstáculos, alguns avanços têm sido alcançados pelos pesquisadores da área.
Assim, a partir da intenção de mapear o cérebro humano em todas as suas potencialidades, foram definidas as 8 frentes dessas inteligências múltiplas. O autor que mais influenciou essa descoberta foi o cientista Howard Gardner, pesquisador da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
Conheça formas de estimular o desenvolvimento dessas capacidades, principalmente durante a Educação Básica, e de incentivar a formação mais abrangente de crianças e adolescentes na escola. Saiba mais sobre cada uma!
Também denominada físico-cinestésica, é a competência de todas as potencialidades presentes no próprio corpo. Quem domina essa habilidade está apto a encontrar soluções para os desafios cotidianos. Além disso, também é capaz de produzir a partir de sua própria corporeidade.
É a forma mais reconhecida pelo ensino tradicional. Antes, era até percebida como o sinônimo de inteligência. É vulgarmente identificada pela aptidão com números e contas. Pode também ser resumida pela habilidade de executar operações matemáticas e fazer deduções.
Muitas vezes é chamada simplesmente de espacial. É a capacidade de reconhecer situações que se manifestam na dimensão visual. A partir da facilidade de trabalhar com essas questões, é possível também manipular situações que exijam o reconhecimento do espaço.
É outro conjunto de conhecimentos que já era comumente trabalhado no século passado. É a capacidade de dominar as regras de uma ou mais línguas e de se expressar. Muitos especialistas se referem a essa habilidade simplesmente como inteligência verbal.
A aptidão para captar, reproduzir e criar por meio de sons é a inteligência musical. Pode ser identificada ainda pela competência de tocar, compor e apreciar composições. Essas habilidades têm como ponto de partida uma capacidade de escutar aprimorada.
Pode ser resumida como autoconhecimento. É a habilidade de reconhecer suas dificuldades e inclinações pessoais. A partir dessa percepção, é mais fácil encontrar alternativas e resolver os problemas que aparecem no dia a dia. Seu desenvolvimento exige bastante introspecção.
É a habilidade de estabelecer relações bem-sucedidas com outras pessoas. Para que esses vínculos sociais sejam realizados, é preciso entender as intenções, os desejos e as fragilidades de indivíduos em seu entorno. Essa sensibilidade também precisa ser desenvolvida na infância e na adolescência.
Reconhecer a natureza, em toda a sua complexidade, é uma habilidade que se insere no conjunto de capacidades da inteligência naturalista. Identificar, classificar e conhecer espécies animais e vegetais são outras competências que fazem parte desse mesmo agrupamento de competências.
Posteriormente, foi desenvolvida a ideia de Inteligência Existencial. Foi também Howard Gardner o responsável por pensar a respeito desse tópico. Todas essas habilidades não são inatas. Ou seja: nenhuma dessas capacidades nasce pronta com os indivíduos. É preciso desenvolvê-las.
Os neurocientistas indicam que o cérebro humano tem reações diferentes nas etapas da vida. Portanto, a maneira pela qual o indivíduo assimila informações na infância difere da forma como isso acontece a partir da adolescência. As mudanças são nítidas também entre jovens e idosos.
Os pesquisadores apontam ainda que crianças e adolescentes precisam ser estimulados para que, na fase adulta, possam usar todas as suas habilidades. Se os estudantes cumprirem as fases do ensino com a idade certa, os segmentos da Educação Básica terão função especial nesse processo.
A Educação Infantil é determinante para o desenvolvimento da percepção dos alunos. Nesse momento, as crianças têm os primeiros contatos sociais fora do círculo familiar. Mas esse período também é decisivo para que a cognição dos estudantes seja aprimorada.
O Ensino Fundamental continua a desenvolver essas capacidades. Somente quando essas duas etapas são bem-sucedidas é que os adolescentes chegam ao Ensino Médio preparados para se aprofundar nos conteúdos trabalhados pelos professores em sala de aula.
Os professores cumprem um papel imprescindível para que sejam desenvolvidas as inteligências múltiplas. Os educadores devem adotar uma perspectiva inovadora e se afastar da visão tradicional, mais limitada, sobre o conhecimento.
Ser inteligente não é apenas compreender e aplicar um conjunto de normas: é utilizar todo o seu potencial humano. Os professores precisam levar isso em consideração durante as interações com as turmas. Mas esse esforço não deve ficar restrito ao corpo docente.
A comunidade escolar deve estar engajada nessa empreitada. Os gestores precisam pensar a estrutura da instituição de ensino a partir dessas competências tão variadas. Em contrapartida, os responsáveis devem incentivar as habilidades das crianças e adolescentes em casa.
Educar não é fazer com que os alunos memorizem uma lista de regras — é, acima de tudo, tornar o conhecimento algo agradável e interessante, fortalecer o processo de aprendizagem e estimular as inteligências múltiplas dos alunos em sala de aula.
Essa visão mais ampla sobre o ensino também precisa levar em consideração os aspectos emocionais da turma. Todos os atores da comunidade escolar têm essa preocupação. A proposta de inteligências múltiplas destaca isso ao propor reflexões intrapessoais.
A Essia preparou um artigo para ajudar os professores a desenvolverem essas habilidades com as turmas ao longo dos anos letivos. Saiba mais aqui sobre inteligência emocional e soft skills!
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