Neuroeducação: por que sua escola deve entender e aplicar esse conceito?

março 04, 2021 | Publicado por undefined.

 

As atividades da escola envolvem muitas áreas. É preciso haver pluralidade no quadro de profissionais: entre as diferentes especialidades, é importante ter quem se dedique a áreas como pedagogia, administração e saúde. A neuroeducação dialoga com esse último campo.

Os pesquisadores têm avançado no mapeamento das potencialidades do cérebro. As chamadas neurociências, áreas de estudo que se concentram no desenvolvimento neurológico, conseguiram nas últimas décadas indicar procedimentos muito interessantes sobre a aprendizagem humana.

Os estudiosos destacam que a infância e a adolescência são períodos-chave para a cognição. Ou seja: se não houver os estímulos corretos, os indivíduos vão conviver com defasagens. Por outro lado, incentivar de maneira correta crianças e adolescentes gera bons indicativos para o futuro. 

Todo esse conhecimento deve ser aproveitado pelas atividades escolares. As práticas em sala de aula podem ser enriquecidas com as informações que os neurocientistas têm fornecido. Portanto, a comunidade escolar se beneficia se estiver aberta a essas pesquisas mais recentes.

O próprio conceito de neuroeducação ganhou mais destaque nos últimos anos. Esse termo diz respeito às confluências entres a psicologia, a educação, a neurociência e os seus respectivos saberes. É necessário, entretanto, compreender por que a sua aplicação é tão urgente.

A Essia preparou este artigo para contribuir com os usos que as escolas podem fazer a partir dos conhecimentos da neuroeducação. A proposta é apresentar o conceito e introduzir reflexões sobre o tema para a comunidade escolar. Aproveite o texto e boa leitura.

O que é Neuroeducação?

Vale destacar, logo de partida, a vocação interdisciplinar desse campo de conhecimento. Somente a partir da convergência de várias áreas de pesquisa, relativas ao ensino e à saúde, é que foi possível construir essa frente de estudos que vem contribuindo com o dia a dia em sala de aula.

A neuroeducação é a interseção entre os esforços da psicologia, da educação e das neurociências para aprimorar práticas de ensino. A proposta é identificar os processos de compreensão e estimular o conhecimento. Mas os neuroeducadores se preocupam com outros aspectos da vida dos alunos.  

A dimensão emocional dos estudantes é fundamental para quem adota essa perspectiva diante do processo de aprendizagem. A neuroeducação também tem por objetivo encontrar as lacunas na cognição e entender as causas por trás das defasagens no desenvolvimento.

Depois de mapear esses desafios, os neuroeducadores se empenham para propor ações que ajudem na superação desses obstáculos. Da teoria à prática, os profissionais que utilizam a abordagem mantêm sempre o foco nas turmas. Esse é o destino de todos os esforços da escola.

Por que a neuroeducação é importante no processo de aprendizagem?

Antes da aplicação das neurociências no campo da educação, o ensino avançava a partir de percepções práticas. Esse conhecimento continua a ser fundamental para o desenvolvimento dos alunos. Relações baseadas no diálogo dão sustentação às atividades escolares.

Com a preocupação cognitiva e a aproximação com pesquisadores do campo da saúde, o processo de aprendizagem busca agora, em elementos anatômicos e fisiológicos, as respostas para que o conhecimento avance. Até mesmo exames de imagens são utilizados em pesquisas com esse viés.

Há, contudo, desdobramentos muito evidentes da neuroeducação na rotina em sala de aula. Prestar atenção nessas implicações motiva os educadores a aplicarem os conhecimentos dessa área no dia a dia. Saiba quais são essas vantagens abaixo!

Identifica as necessidades de cada aluno

As investigações dos neurocientistas identificam, desde o seu ponto de partida, um elemento revolucionário: cada indivíduo tem particularidades cognitivas e, por isso, exige que o ensino contemple essas peculiaridades. Não é possível tratar as turmas como um todo homogêneo.

Possibilita uma maior assimilação do conteúdo

Ao detectar essas diferenças, é mais fácil direcionar as atividades escolares. As ações da equipe pedagógica devem se voltar para as lacunas apontadas pela ciência. Para isso, a identificação de tendências em faixas etárias é muito importante. Essas informações norteiam a estrutura da escola.

Torna o ensino mais estimulante

Os neuroeducadores não identificam apenas os obstáculos: a partir dos aspectos científicos fornecidos por pesquisas, é possível também sublinhar as aptidões dos estudantes. Quando o corpo docente tem essa informação, é mais fácil promover exercícios mais estimulantes e prazerosos.

Como implementar a neuroeducação na sua escola?

O primeiro passo para utilizar os conhecimentos da neurociência é reconhecer que a escola funciona como um organismo vivo. Não é mais possível agir como se as instituições de ensino fossem estruturas inertes. É necessário haver dinamismo até mesmo entre os funcionários.

Essa concepção mais pulsante faz com que seja natural a busca por outras fontes de informações. A comunidade escolar como um todo precisa se atualizar e procurar novas abordagens para lidar com os alunos. Buscar trabalhos de neurocientistas é uma consequência desse esforço.

Ao tomar conhecimento desses avanços que vêm dos meios acadêmicos, a equipe pedagógica fica mais empoderada para conviver com os desafios cotidianos. Mas existem cursos de formação para neuroeducadores. Se você se interessou pelo assunto, busque as opções oferecidas na sua cidade ou pela internet.

Qual o papel da tecnologia nessa aplicação?

Foi o desenvolvimento da tecnologia que permitiu a formação desse novo campo de conhecimento denominado neuroeducação. Com os novos exames, pesquisas e diagnósticos realizados por cientistas e profissionais da saúde, passou a ser possível aprimorar as práticas de ensino.

Muitas vezes, o dia a dia dos pesquisadores parece distante da vida nas escolas. No entanto, núcleos de estudiosos e instituições de ensino devem ter uma inclinação semelhante — o interesse pelas inovações tecnológicas que beneficiem suas práticas.

Para as escolas, por exemplo, o conteúdo didático digital favorece que o processo de aprendizagem dos alunos seja acompanhado de maneira mais individualizada. Assim, os educadores têm mais facilidade de encontrar defasagens e aprimorar as suas próprias atitudes durante as aulas.

A neuroeducação é uma proposta que pode contribuir muito com o desenvolvimento das novas gerações. As escolas precisam estar conectadas com o conhecimento produzido por especialistas para aproveitar ao máximo o potencial dessas descobertas.

Conheça outros benefícios da tecnologia como ferramenta de aprendizado

Existem muitas soluções digitais que podem contribuir com o processo de aprendizagem dos estudantes da sua escola. Clique aqui e leia no Blog da Essia um artigo sobre os benefícios que a inserção da tecnologia no ambiente de ensino pode trazer para os alunos!