O período de desenvolvimento dos alunos é longo. Para sistematizar o processo de aprendizagem, houve, por parte das autoridades em ensino no Brasil, a segmentação da Educação Básica em três diferentes etapas. É o Ensino Médio que encerra esse primeiro ciclo da formação dos estudantes.
Esse segmento se diferencia dos demais porque lida com turmas mais maduras, com interesses próprios mais definidos. No entanto, o nível de amadurecimento dos estudantes não é a única particularidade do Ensino Médio: existem muitas outras, que precisam ser conhecidas.
A comunidade escolar reúne atores muito diferentes, desde os responsáveis até os funcionários da instituição de ensino que não necessariamente dominam o cotidiano em sala de aula. Obviamente, os professores e os alunos também compõem esse importante conjunto.
É preciso compreender as necessidades desse ciclo, Trata-se de um entendimento que vai incentivar crianças que ainda estão no Ensino Fundamental e, ao mesmo tempo, colaborar para a consciência dos alunos que já vivenciam o Ensino Médio sobre a importância das atividades ali propostas.
Fomentar o protagonismo estudantil é também estimular que os alunos enxerguem o período escolar de maneira mais abrangente e compreendam a relevância de cada momento da aprendizagem para o desenvolvimento das suas próprias habilidades. Esse é um processo gradual.
Este artigo foi preparado para ajudar a comunidade escolar a entender as dinâmicas que ocorrem durante o Ensino Médio. Ao longo do texto, você poderá tirar dúvidas a respeito desse segmento, que finaliza a Educação Básica. Aproveite a leitura!
O Ensino Médio é a última fase da Educação Básica. Antes de iniciar esse ciclo de aprendizagem, o aluno deve passar pela Educação Infantil e pelo Ensino Fundamental. Por esse motivo, é esperado que os alunos que cursam as suas séries já dominem um certo número de habilidades.
No passado, o Ensino Médio foi chamado de Científico, ao passo que o Ensino Fundamental era denominado Ginásio. Essas nomenclaturas caíram em desuso, No entanto, o Ministério da Educação estabeleceu outras padronizações.
O objetivo de estabelecer esses parâmetros é nivelar as turmas ao longo do processo de aprendizagem. Apesar de o segmento fazer parte da rotina das instituições de ensino, ainda há muitas perguntas dos atores da comunidade escolar a respeito do que é, de fato, o Ensino Médio.
O Ensino Médio é pensado para estudantes na fase da adolescência. O volume de conteúdo e a profundidade das aulas exigem uma maior maturidade das turmas, mas o Brasil convive com problemas como a evasão escolar, o que faz com que alunos não cursem as séries nas idades certas.
Para lidar com esse desafio, foi criada a Educação de Jovens e Adultos (EJA). A proposta é que os maiores de idade que não terminaram a Educação Básica consigam concluir os estudos e se formar. Existe também o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja).
Esse ciclo é composto por primeiro, segundo e terceiro anos. É menor do que o Ensino Fundamental e compreende um período mais curto até quando comparado com a maioria dos cursos de Ensino Superior. Isso não o torna menos necessário ou mais simples do que as outras etapas.
Os alunos convivem, durante o Ensino Médio, com atividades que estimulam as capacidades e exigem mais responsabilidade e comprometimento. É uma fase que incentiva a aproximação com o mercado de trabalho e com os cursos universitários. Portanto, é muito decisivo.
Somente quem possui o certificado de conclusão do Ensino Fundamental, ou documento equivalente, tem direito a ingressar no Ensino Médio. Isso não é mera formalidade, uma vez que os conhecimentos adquiridos na etapa anterior são imprescindíveis nessa nova fase.
Da mesma forma, apenas aqueles alunos que concluíram a Educação Básica — e, consequentemente, terminou o Ensino Médio — podem entrar na faculdade. A criação desses requisitos tem o objetivo de estabelecer parâmetros para o processo de aprendizagem.
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é a principal forma de avaliação das habilidades estimuladas nas três séries desse segmento. Por meio de uma prova anual, o Ministério da Educação examina o nível dos estudantes que concluíram ou estão concluindo essa etapa.
O exame tem abrangência nacional e é reconhecido pelas principais instituições de ensino. O Enem é também a principal maneira de iniciar a formação em nível superior. Tanto universidades públicas quanto faculdades particulares utilizam a nota da prova para o acesso aos cursos.
A avaliação é dividida em quatro cadernos: Ciências Humanas e suas Tecnologias; Ciências da Natureza e suas Tecnologias; Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Redação; e Matemática e suas Tecnologias. A produção textual tem um peso importante para o resultado final.
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Para atualizar as abordagens e manter o ensino conectado à realidade com que os estudantes se deparam no dia a dia, várias medidas em âmbito federal foram adotadas na última década. As mudanças, indicadas pelas autoridades em educação, estão em fase de implementação.
As alterações que mais têm impacto sobre a rotina do último segmento da Educação Básica são o Novo Ensino Médio e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Houve adaptações na carga horária, na divisão entre as disciplinas e na forma de trabalhar os conteúdos com as turmas.
As transformações foram sancionadas sob o argumento de diminuir a distância entre as atividades em sala de aula e o mercado de trabalho e a vida adulta dos estudantes. Itinerários formativos, que podem ser escolhidos pelos alunos, foram criados com esse mesmo objetivo.
As autoridades alegaram que a possibilidade de optar por atividades mais relacionadas às aptidões e aos interesses de cada aluno fomenta a autonomia e a independência ainda na adolescência. As escolas particulares e as instituições de ensino da rede pública vêm se adaptando às mudanças.
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Diante de tamanha complexidade, professores, estudantes, responsáveis e profissionais que compõem o quadro de funcionários das instituições da educação têm dúvidas sobre as dinâmicas do Ensino Médio. Esses questionamentos podem dificultar o dia a dia da comunidade escolar.
São perguntas que se referem à qualificação dos educadores, aos diferentes modelos de ensino, à preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio e à importância do Ensino Médio para o futuro da vida acadêmica. Leia as respostas na lista a seguir!
Para dar aulas no Ensino Médio, os professores precisam ter concluído a licenciatura na sua área de atuação. Diferentemente do que acontece nas universidades, não é necessário ter título de mestre ou o diploma de cursos de pós-graduação strictu sensu ou latu sensu.
As alterações do Novo Ensino Médio têm o objetivo de diminuir a distância entre profissionalização dos alunos e o último segmento da Educação Básica. Metodologias novas, como o STEAM, inserem conhecimentos técnicos no cotidiano dos adolescentes e facilitam o acesso ao mercado de trabalho.
O corpo docente se depara constantemente com esse dilema. É de responsabilidade dos professores conciliar as cobranças por um bom desempenho nas avaliações com a preocupação com o desenvolvimento emocional e pessoal mais amplo das turmas.
O Encceja permite que alunos que não concluíram o Ensino Médio regular tenham a possibilidade de adquirir seu diploma e entrar em cursos superiores. Outra alternativa é o EJA. Todavia, sem que sejam cumpridas essas exigências não é permitido ingressar na vida universitária.
A sociedade exige que o Ensino Médio acompanhe as inovações tecnológicas mais recentes. Os gestores devem fazer todos os esforços para oferecer aos professores e aos estudantes as melhores ferramentas disponíveis. Para isso, é importante conhecer as alternativas que já existem no Brasil.
Soluções digitais têm facilitado a vida da comunidade escolar. Como o Novo Ensino Médio permite que o currículo seja mais flexível e adaptado às necessidades dos alunos, plataformas para conteúdo interativo podem facilitar essa transição e estimular educadores e estudantes.
Desde as abordagens mais disruptivas, com as metodologias ativas, até o Ensino Médio de viés mais tradicional, todos precisarão demonstrar resiliência nos próximos anos para inserir a tecnologia no dia a dia das turmas. É uma tarefa complexa, mas que pode ser auxiliada por soluções digitais.
O Brasil ainda convive com muitas dificuldades no combate ao analfabetismo funcional. Os obstáculos para ler, escrever e interpretar se tornam ainda maiores com a relevância que as novas mídias têm alcançado — especialmente entre as crianças, os adolescentes e os jovens.
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