Reunião de pais: dicas para torná-la mais produtiva

março 16, 2021 | Publicado por .

A conexão entre a equipe pedagógica e os responsáveis é um fator determinante para o desenvolvimento dos alunos, para a relação que as turmas estabelecem com a instituição de ensino e com todos os atores da comunidade escolar. Tudo isso torna as reuniões de pais decisivas.

Muitas vezes, as dinâmicas parecem se desencontrar: as famílias costumam ter alguns empecilhos para se envolver na rotina da educação. Essa dificuldade não é incomum, porque os responsáveis precisam manter os seus cotidianos, sobretudo suas atividades profissionais. E isso é natural.

Afinal, para sustentar a formação de crianças e adolescentes no ensino privado, é preciso continuar a trabalhar. As reuniões com os professores, promovidas pela escola, são uma excelente oportunidade para começar a estreitar os laços com os profissionais da educação. 

Nesses encontros, pais, mães e outros parentes podem se inteirar sobre o processo de aprendizagem. Entender quais têm sido as dificuldades e como os estudantes progridem diante dos conteúdos trabalhados pelos educadores é o primeiro passo para que essa aproximação aconteça.

Para incentivar uma educação mais diversa, é preciso enfatizar o diálogo da escola com os responsáveis em geral, e não apenas os pais, já que a alienação parental é uma realidade. É comum ver outras pessoas encarregadas de participar do desenvolvimento na infância e na adolescência.

Avós, tios, outros parentes ou adultos que cuidem dos alunos também precisam ser ouvidos pelos funcionários. Da mesma forma, é imprescindível que a família, com qualquer composição, esteja inserida na realidade que crianças e adolescentes vivenciam.

A Essia preparou um artigo a respeito da importância das reuniões da escola com as famílias. Essa oportunidade pode gerar desdobramentos muito benéficos para a formação dos estudantes. Quer saber como aproveitar ao máximo esses encontros? Continue lendo! 

A importância da reunião de pais para o desenvolvimento do aluno

Não é possível generalizar: existem diferentes encontros entre a equipe pedagógica e os responsáveis. A estrutura escolar deve estar permanentemente acessível para visitas. A presença em atividades, como celebrações abertas, também constitui uma oportunidade de convívio.

Essa predisposição faz com que a confiança da comunidade escolar seja fortalecida. Nessas ocasiões, a experiência é mais lúdica. Existem, no entanto, duas formas principais de reuniões com o corpo docente para discutir as questões que dizem respeito ao processo de aprendizagem.  

A primeira é a reunião de turma. Esses encontros são agendados periodicamente pela equipe pedagógica e promovem o diálogo das famílias com os professores. Geralmente, isso acontece ao fim dos ciclos estabelecidos para o ano letivo. Ou seja, ocorrem bimestral ou trimestralmente.

A segunda é a reunião individual, que é marcada ou pelos responsáveis ou pelos funcionários da instituição de ensino. As dificuldades enfrentadas por algum aluno motivam esse agendamento. A conversa facilita a identificação de problemas e a ação conjunta para encontrar soluções.

Em ambos os casos, o corpo docente deve estar preparado para lidar com reações inesperadas ao longo desses diálogos. As crianças e os adolescentes são preciosidades na vida dos responsáveis e, por isso, é preciso estabelecer uma convivência de muito carinho no ambiente escolar.

Como se preparar: o que fazer antes da reunião?

O encontro com as famílias não é algo meramente protocolar. Esse momento de convivência é muito especial para as duas partes: para a escola, é a oportunidade singular de compreender a realidade do aluno; para os responsáveis, é a chance de saber como tem sido o processo de aprendizagem.

Todos têm as suas próprias rotinas. O deslocamento para a reunião é, portanto, fruto de um esforço compartilhado. Eventuais irritações, muitas vezes, derivam do fato de o encontro não ser um hábito. É importante que os profissionais sejam compreensíveis com essa situação.

É imprescindível levar tudo isso em consideração ao programar o que será abordado durante esse breve período de convivência. Manter o foco é uma atitude positiva para aproveitar ao máximo esse tempo. Outra ação que traz benefícios é fazer o planejamento sobre o que será conversado.

Leia as sugestões abaixo e entenda como se preparar!

Planeje uma pauta e liste os pontos que não podem ser esquecidos

É necessário ter senso de prioridade. O tempo que será compartilhado é curto e tanto a equipe pedagógica quanto os responsáveis têm os seus afazeres. Ir direto ao ponto é uma virtude dos educadores que pretendem utilizar todo o potencial dessas reuniões.

Elencar em tópicos os principais assuntos que devem ser tratados nesses encontros é uma maneira de não deixar nem um tema para trás. Organizar essa lista em ordem de prioridade constitui uma ótima forma de ser assertivo no diálogo com pais, mães, parentes e responsáveis em geral.

Escolha datas e horários em que os pais poderão participar

É preciso adaptação: o agendamento não deve levar em consideração somente a rotina do corpo docente, mas também os horários livres dos familiares. Criar um clima de cooperação é o ponto de partida para o sucesso das reuniões. E marcá-las no momento certo é fundamental.

Se houver desencontros ao agendar — por falhas de comunicação ou intransigência de alguma das partes —, é criada uma atmosfera muito negativa logo de partida. A tendência é que, com o clima de tensão, o diálogo sobre os pontos mais relevantes para o ensino dos alunos seja prejudicado.

Prepare o ambiente escolar (ou online) para recebê-los

A primeira impressão é a que fica. O clichê, tão repetido em áreas comerciais, serve também para o relacionamento com os responsáveis no setor da educação. A construção de um ambiente amigável faz com que todos os atores da comunidade escolar fiquem mais propensos a interagir.

A escola deve estar preparada para receber essas visitas tão importantes. E não se engane: mesmo em ambientes virtuais, o empenho para demonstrar essa harmonia deve existir. Com a pandemia de coronavírus reuniões por videoconferência se tornaram frequentes, o que requer atenção redobrada.

Envie um comunicado sobre a reunião    

Compartilhar com toda a comunidade escolar o que será discutido é uma atitude que ajuda a criar o clima de preparação entre os atores envolvidos na formação de crianças e adolescentes durante os segmentos da Educação Básica. Todos precisam estar a par dos últimos acontecimentos.

Compilar as principais diretrizes desse tipo de reunião, antecipando respostas e provocações dos responsáveis, aumenta a transparência da instituição de ensino. Mesmo aqueles que não puderem comparecer, por conta de alguma eventualidade, tomam conhecimento de que haverá no encontro.

Como conduzir: o que fazer durante a reunião de pais?

A comunicação é uma arte. Por envolver mais de uma pessoa, exige esforços conjuntos. O empenho para deixar nítidas as intenções nunca é excessivo: a habilidade para se expressar não é o suficiente para estabelecer um diálogo bem-sucedido. É necessária uma escuta apurada.

Todas essas nuances comunicativas aparecem na relação dos responsáveis com a equipe pedagógica. A questão é até mais sensível por ter consequências para a formação durante a infância e a adolescência — dois períodos determinantes para o desenvolvimento dos indivíduos.

Transmitir segurança e ter confiança na abordagem adotada ao longo do processo de aprendizagem é a etapa inicial para sustentar um diálogo saudável e construtivo com as famílias. É indispensável tratá-las como aliadas para o ensino. Mas isso não é o bastante.

Conheça agora outras dicas para conduzir as reuniões de pais!

Apresente a escola e as propostas que estão sendo trabalhadas com os alunos

A estrutura escolar precisa ser acolhedora para as famílias. Mas essa não é uma característica que deva se restringir ao espaço físico. Durante a condução dos bate-papos ou reuniões, é importante manter um clima amistoso e não deixar os responsáveis desconfortáveis.

Isso não quer dizer que os tópicos sensíveis não devem ser mencionados! Tudo deve ser discutido democraticamente. Os argumentos para defender as abordagens da escola vêm exatamente do dia a dia da instituição de ensino. A segurança no modo como os conteúdos são trabalhados é essencial.

Ouça os pais e deixe que eles participem da dinâmica

Os familiares não devem apenas acompanhar o processo de aprendizagem: pais, mães, parentes e os outros responsáveis precisam participar ativamente do desenvolvimento dos estudantes. É fato que quando existe esse tipo de apoio o conhecimento tende a florescer com mais naturalidade.

Algo semelhante acontece com as reuniões. É  necessário ouvi-los: cada apontamento feito pelas famílias é um indicativo da avaliação que a comunidade escolar faz a respeito do ensino na instituição. Por esse motivo, a atenção deve ser redobrada durante todos os comentários.

Anote e documente o que foi abordado na reunião

Comitês e conselhos de entidades públicas, grupos de administração de empresas particulares e até boards de multinacionais têm como protocolo organizar as atas das reuniões. Assim, ficam registrados os principais compromissos assumidos pelos participantes naquelas ocasiões.

As escolas podem adotar conduta parecida durante as reuniões de pais. Anotar e documentar os resultados das interações ali ocorridas é uma atitude proveitosa para, inclusive, a futura divulgação das decisões tomadas para o restante da comunidade escolar. Vale a pena apostar nessa medida.

O pós: o que fazer depois da reunião de pais?

O objetivo é que o relacionamento com as famílias seja duradouro. Principalmente para as escolas particulares, que tem como objetivo manter os alunos matriculados, garantir as receitas e sustentar o bom funcionamento da instituição. O diálogo não deve ser interrompido ao término das reuniões.

Quando os encontros são proveitosos, há resultados que se prolongam por todo o ano letivo. Muitas vezes, as reuniões de turma são apenas uma primeira oportunidade para que esse convívio seja mais intenso. A partir daí, o diálogo passa a fluir com mais facilidade. 

Estimular a interação com os responsáveis e fomentar as trocas de experiências entre os atores da comunidade escolar é interessante para manter o engajamento e, assim, a proposta coletiva de aprendizagem. Isso fortalece uma perspectiva mais integrada da educação.

Saiba de que forma lidar com as famílias para aproveitar os resultados das reuniões!

Avalie o nível de satisfação dos responsáveis com a reunião

Já é comprovado que o processo de aprendizagem tem mais chances de alcançar o sucesso quando há feedbacks constantes. Em outras palavras: no momento em que a comunidade escolar sabe que cada etapa é acompanhada de perto pelos professores, o ensino tende a ser mais eficiente.

É possível assumir uma proposta semelhante com relação às reuniões de pais. As avaliações dos encontros, tanto por parte dos responsáveis quanto por parte dos educadores, estabelece a confiança mútua. Além disso, permite identificar problemas, corrigir desvios e superar os desafios.

Envie um cronograma de próximos passos, ações e futuras reuniões

As medidas para incentivar o contato com os responsáveis não param por aí. Estabelecer futuros encontros, ouvir sugestões sobre novos métodos ou abordagens e avisar com antecedência de que forma será desenvolvido o cronograma para as futuras ocasiões para diálogo também é necessário.

As escolas saem na frente e propõem um calendário acadêmico, já com as reuniões de pais, ainda no começo do ano letivo. As famílias, contudo, precisam ser avisadas caso haja alguma alteração nessa previsão inicial. Isso permite que todos se programem para estabelecer essa relação positiva.

As reuniões com os pais são um instante decisivo para o desenvolvimento na infância e na adolescência. Além disso, são uma chance única para estreitar os laços que conectam a comunidade escolar e estimular uma convivência saudável com a instituição de ensino.

Saiba mais sobre o papel do gestor escolar na educação

Cabe aos gestores acompanhar também essa interação com os responsáveis. Embora o foco das suas ações esteja voltado para a administração escolar, com seus balanços, quadros de funcionários e listas de fornecedores, esse setor também é encarregado de observar o desenrolar dessa relação.

Preservar a sintonia com todos os atores engajados no ensino de crianças e adolescentes contribui para transmitir segurança. Essa atitude tem impactos positivos para o desenvolvimento dos estudantes.

A Essia preparou um artigo sobre a função dos gestores no funcionamento das instituições de ensino. Clique aqui e leia mais a respeito da importância da administração escolar!