A interlocução entre os atores que participam do processo de aprendizagem é determinante para o seu sucesso. Há encontros que promovem essa possibilidade de dialogar e encontrar soluções conjuntas. O conselho de classe é exemplar nesse sentido.
Com o passar dos anos, os alunos começam a conviver com mais de um professor. Se isso já é realidade no Ensino Fundamental, no Ensino Médio essa tendência atinge o ápice: por conta do grau de especialidade dos assuntos trabalhados nas aulas, o número de educadores é multiplicado.
Essa mudança exige diálogos constantes e produtivos entre os coordenadores e o corpo docente. No entanto, a maioria dos professores trabalha em mais de uma escola, o que dificulta que haja tempo disponível para identificar obstáculos comuns. Costuma ser mais difícil conciliar.
Mas a rotina não pode ser um empecilho intransponível. Por isso, as instituições de ensino traçam estratégias para estimular esse contato entre os profissionais. As possibilidades são diversas e vão dos eventos para a comunidade escolar à instalação de um clima positivo na sala dos professores.
As reuniões também são muito proveitosas. Desde aquelas que acontecem com os responsáveis até as voltadas especificamente para o corpo docente. Dentre todos os encontros, o mais estratégico é o conselho de classe, que reúne todos os professores que trabalham com uma turma ou uma série.
Mas os conselhos de classe têm especificidades que precisam ser conhecidas por todos. Para que o período em que os participantes estão reunidos seja ainda mais produtivo, é preciso adotar um conjunto de ações. E as transformações apresentam impacto real na rotina da instituição de ensino.
Leia abaixo algumas sugestões para aproveitar ao máximo o potencial desses encontros!
Na classificação tradicional, o conselho de classe é o colegiado que debate e toma atitudes pedagógicas e didáticas. Todas as ações devem ser fundamentadas no Projeto Político-Pedagógico (PPP) da instituição. Por isso, esse documento precisa ser conhecido por todos os integrantes.
As reuniões promovem o diálogo de coordenadores e diretores com professores. As discussões precisam ser construtivas e baseadas nos indicativos reais do desempenho dos alunos. Em outras palavras, os educadores devem sustentar as suas observações nos resultados das avaliações.
Embora cada escola tenha autonomia para definir as suas formas de condução das aulas, os encontros seguem, em linhas gerais, essas definições. Nesses momentos, é possível corrigir rotas e propor alternativas para que os obstáculos diários da educação sejam encarados.
Mesmo quando há a opção por metodologias ativas ou por modos diferentes de avaliar o engajamento e a qualidade do processo de aprendizagem, os conselhos de classe são imprescindíveis, já que essas reuniões conferem coesão às ações tomadas naquele ambiente.
A missão de quem dedica a vida à educação é monumental: colaborar para a formação dos futuros adultos e, assim, contribuir para o desenvolvimento dos profissionais no mercado de trabalho e, principalmente, para a consciência crítica dos cidadãos das novas gerações.
Devido à amplitude dessa tarefa, as escolas possuem diversas áreas. Dispostos em diferentes áreas — da secretaria à sala de aula —, funcionários com diferentes trajetórias trabalham para que crianças e adolescentes aprimorem suas capacidades ao longo dos segmentos da Educação Básica.
Um dos principais desafios para o funcionamento das instituições de ensino é articular todas as atividades que as compõem. É com esse objetivo que são realizados os conselhos de classe. Entenda abaixo de que forma essa coordenação traz benefícios diretos para o dia a dia das turmas!
A escola precisa ser um espaço acessível. Deve ser um local amigável para os alunos tirarem dúvidas, para que os responsáveis acompanhem o processo de aprendizagem, para que famílias que ainda não têm seus filhos matriculados possam conhecer a proposta pedagógica ali adotada.
Para que todos os atores da comunidade escolar se sintam confortáveis para se relacionar no espaço da instituição de ensino, o quadro de funcionários precisa dar exemplo. Até os profissionais que não trabalham diretamente com o ensino devem assumir uma postura mais aberta ao diálogo.
É, acima de tudo, importante que a comunicação na equipe pedagógica seja constante e construtiva. É comum e saudável haver divergências: a diversidade contribui para que os estudantes tenham uma formação mais ampla. Mas as diferenças não devem ser obstáculos para a rotina de ensino.
Diferentemente de outras instituições, que exigem estabilidade e hierarquia, a escola precisa ser permeável. As relações precisam ser pautadas pelo respeito e pelo senso de necessidade, principalmente aquelas que ocorrem entre os profissionais de diferentes setores.
A autonomia dos professores é acompanhada de uma imensa responsabilidade: participar do desenvolvimento não apenas intelectual ou acadêmico, mas também pessoal de crianças e adolescentes durante o Ensino Fundamental e o Ensino Médio. A atenção deve ser redobrada.
O corpo docente precisa conhecer o PPP da escola. Deve entender ainda como agem os coordenadores diante dos problemas mais recorrentes e de que forma se comportam os administradores perante os dilemas da gestão. Isso só reforça a necessidade de dialogar.
A educação é um exercício. A visão que tomava o sucesso do processo de aprendizagem como resultado direto do cumprimento de uma lista de regras está superada. O multiconectado mundo contemporâneo impõe constantemente novos desafios e requer das escolas muito mais resiliência.
Essa conjuntura torna as instituições de ensino um organismo vivo, que reage a estímulos até então inéditos e se adapta às novas condições. Quando a equipe docente absorve essa outra perspectiva de ensino, a tendência é que o desempenho individual e das turmas melhore consideravelmente.
A conduta mais atenta da escola permite a melhoria contínua do processo de aprendizagem. Questões estruturais passam a ser notadas com mais facilidade, ao passo que as relações pessoais se tornam mais próximas. A confiança mútua cresce e os resultados são perceptíveis para todos.
A comunicação por áudio e vídeo em tempo real transformou a maneira como as pessoas se relacionam: de serviços de saúde a atendimentos personalizados, os ambientes virtuais têm revolucionado o dia a dia na atualidade. Distâncias antes intransponíveis hoje são superadas.
A tecnologia oferece algumas alternativas para as escolas e as instituições de ensino devem estar conectadas com essas inovações. Novas abordagens pedagógicas vêm à tona com o surgimento das soluções tecnológicas. E foi tudo isso que propiciou a continuidade da educação na pandemia.
Com o aumento do número de contaminações pelo coronavírus, o isolamento social foi necessário. Isso afastou crianças e adolescentes do ambiente escolar, do convívio direto com os colegas e do processo de aprendizagem mais próximo com os educadores. Mas não interrompeu o ensino.
As escolas implementaram o ensino remoto e conseguiram criar redes de sociabilidade e conhecimento. O corpo docente teve que se adaptar a outras práticas, conhecer novos sistemas e mostrar proatividade. O desafio foi grande, mas o tempo não foi perdido.
Nesse cenário, conselhos de classe também aconteceram de maneira remota. Com plataformas de videoconferência, os educadores expuseram suas considerações e conseguiram interagir com os colegas de trabalho. No futuro, essa pode ser uma alternativa para manter o diálogo entre docentes.
Existem alguns marcos no calendário das escolas. A semana de provas, por vezes tão temida pelos estudantes, é um desses casos. Outro é o período de recepção das turmas, que traz as novidades das férias e a felicidade de reencontrar os colegas. São muitos os exemplos nesse sentido.
Os conselhos de classe estabelecem uma referência para o quadro de funcionários. Quando bem aproveitados, os encontros criam uma sintonia fina no corpo docente, corrigem rotas e redefinem condutas. No entanto, programar-se é fundamental.
Conheça 4 dicas para tornar o seu conselho de classe ainda mais produtivo na lista a seguir!
São muitas as questões que atravessam o cotidiano da educação. Por conta dessa preocupação mais abrangente com o desenvolvimento na infância e na adolescência, os profissionais que trabalham nas escolas convivem com desafios de diferentes naturezas no dia a dia.
Quando os professores se dedicam a ouvir os alunos, é comum se depararem com problemas de ordem emocional e afetiva. No convívio com as turmas, isso se soma às dificuldades com os conteúdos trabalhados em sala de aula e às defasagens para compreensão de maneira mais geral.
Diante de tantos dilemas, é preciso fazer opções. Para se programar para o conselho de classe, é necessário predefinir a pauta com os assuntos que serão debatidos. Esse exercício facilita a concentração nos principais tópicos para o funcionamento da instituição de ensino na reunião.
São muitas as soluções digitais idealizadas para diminuir as dificuldades na rotina escolar. Há uma variedade grande, por isso é importante conhecê-las para compreender de que forma cada uma pode ajudar no desenvolvimento de crianças e adolescentes ao longo da Educação Básica.
Existem alternativas que registram as interações dos alunos na plataforma e produzem relatórios sobre o desempenho nas mais diferentes disciplinas. Assim, é possível identificar lacunas no processo de aprendizagem e direcionar os esforços para conteúdos específicos.
A tecnologia é uma aliada na tarefa de levantar dados que sirvam como base para as discussões travadas durante o conselho de classe. Quanto mais embasadas forem as considerações, maior a solidez dos argumentos. Consequentemente, existem mais chances de superar os desafios.
O fator mais transformador dos conselhos de classe é o seu caráter coletivo. A possibilidade de discutir com profissionais que convivem com a mesma realidade e possuem formação voltada para a superação dos desafios do ensino é enriquecedora e deve ser aproveitada em todo o seu potencial.
Todos já conviveram com aquele desconfortável silêncio do princípio das reuniões. Somente no momento em que os participantes se sentem seguros para tomar a palavra e fazer considerações é que a conversa, de fato, flui. Estimular a confiança no colegiado é uma atitude imprescindível.
Quando todos os presentes percebem que as suas falas são levadas em consideração, percebem também que são uma das engrenagens do organismo vivo que é a instituição de ensino. Esse diálogo colabora para que os problemas sejam sanados e o conhecimento floresça na escola.
Tradicionalmente, esses encontros ocorrem ao fim de um dos ciclos do ano letivo, o que permite que os problemas daquele momento sejam debatidos de forma mais organizada. A depender das opções adotadas pela escola, portanto, os conselhos de classe podem ser bimestrais ou trimestrais.
Mas os desafios não terminam quando acaba o trimestre ou o bimestre. Muitas das atitudes que são levadas a cabo em um período servem de experiência para que os futuros desafios sejam também superados. Não seria nada vantajoso perder todas as considerações dos participantes no conselho.
Os resultados do conselho de classe não podem ficar restritos ao espaço da reunião. É preciso que as resoluções sejam registradas e aproveitadas para o restante do ano letivo. A elaboração de atas tem esse intuito. Com isso, mesmo os que não participaram tomam conhecimento das decisões.
A vida dos profissionais da educação é muito movimentada: envolve várias escolas, muitos alunos e conteúdos profundos. Por isso, promover encontros é importante para que vivências, angústias e soluções sejam compartilhadas. Os conselhos de classe cumprem essa fundação.
A escola é um espaço de encontros. Se os conselhos de classe formam o colegiado de profissionais que avaliam e definem os rumos do processo de aprendizagem, as reuniões com os pais estreitam os laços entre os responsáveis e o quadro de funcionários. Isso também é essencial.
As reuniões com os responsáveis podem ser coletivas ou individuais. Para compreender melhor de que maneira conduzir esses diálogos, clique aqui e conheça o artigo que a Essia preparou sobre esse tema. Boa leitura!Copyright © 2020 Essia CNPJ: 34.133.259/0001-22