A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento aprovado pelas autoridades nacionais de educação e que promete mudar o ensino no Brasil. As alterações e, principalmente, as competências gerais do texto devem despertar a atenção da comunidade escolar.
A BNCC reúne, pela primeira vez na história, diretrizes para a Educação Básica de todo o país. É um fato inédito para o Brasil. Com isso, os segmentos da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e do Ensino Médio das instituições de ensino devem se adequar às novas orientações.
É preciso compreender o propósito por trás da promulgação do documento. Os especialistas, responsáveis pela elaboração da base, afirmam que o objetivo não é impor regras, mas de certa forma unificar a qualidade do processo de aprendizagem que é promovido em território nacional.
A novidade desencadeou uma série de transformações. As mudanças foram graduais e os segmentos foram afetados em momentos diferentes. Houve mudanças também na formação dos professores. Cada estado tem autonomia para implementar essas alterações nos seus currículos.
Para entender esses intuitos, é necessário conhecer os destaques da BNCC. Embora haja um grande número de tópicos, observações e subdivisões no texto que foi aprovado pelo Ministério da Educação, as 10 competências gerais devem ser muito enfatizadas pelas autoridades.
A intenção passa a ser a formação das novas gerações de maneira mais ampla. O desenvolvimento pessoal deve contemplar os aspectos intelectuais, comportamentais e emocionais. Para ajudar você a compreender as competências, a Essia preparou este artigo. Continue por aqui e aproveite!
Vale reforçar: o documento não tem caráter normativo. Em outras palavras, suas definições não são determinações legais ou ordens que devem ser cumpridas. Interpretar as intenções por trás de cada indicação é o primeiro passo para fazer aplicações de acordo com a realidade local da sua escola.
É importante que todos os atores da comunidade escolar conheçam essas mudanças. Responsáveis, os educadores e os funcionários de instituições de ensino precisam entender a proposta da BNCC e, portanto, as competências gerais do documento.
Entenda um pouco mais sobre cada uma delas abaixo!
É necessário entender como os conhecimentos foram historicamente constituídos para, a partir disso, aplicá-los em prol de uma sociedade mais justa. Essa proposta vale para as ciências que investigam os fenômenos físicos, sociais, culturais e digitais.
Curiosidade intelectual, esse é o eixo em torno do qual esta competência geral da BNCC gira. Para fomentar uma visão crítica, criativa e de viés cientificista a partir dos problemas da vida cotidiana, o ensino precisa instigar os interesses dos estudantes. Assim, as investigações se tornam prazerosas.
O processo de aprendizagem precisa levar em consideração a vida cultural das turmas. Os alunos precisam ter as capacidades necessárias para conhecer, valorizar e aproveitar as diversas manifestações artísticas. Sejam obras feitas no país ou no exterior.
É preciso promover a habilidade de comunicação por meio das diferentes linguagens: verbal, oral ou visual-motora (como libras), escrita, corporal, visual, sonora e digital. A capacidade de se expressar é imprescindível para que seja alcançado o entendimento mútuo.
O domínio das tecnologias é fundamental para a inserção de crianças e adolescentes na sociedade. Trata-se de um primeiro passo para que as novas gerações alcancem o protagonismo nos setores mais influentes. Conhecer o mundo virtual é uma habilidade que as escolas precisam incentivar.
Exercitar a competência de projetar os próximos desafios, inclusive com relação ao mercado de trabalho em que os próprios alunos estão inseridos no futuro, é tarefa para as escolas. Os adultos precisam se apropriar de experiências e conhecimentos para a construção de suas trajetórias.
A capacidade de defender posições, contra-argumentar diante de perspectivas diferentes e estabelecer diálogos em ambientes plurais e democráticos precisa ser desenvolvida pela comunidade escolar. A argumentação deve se basear no conhecimento e em fontes confiáveis.
Somente no momento em que o indivíduo conhecer as suas vulnerabilidades e habilidades é que está apto a se lançar na direção de objetivos maiores. As instituições de ensino precisam estimular as reflexões e incentivar a prática da autocrítica entre as turmas da Educação Básica.
O ambiente escolar precisa construir uma atmosfera de respeito. A partir do instante em que os alunos conseguem compreender as dificuldades dos colegas, é criada uma harmonia que servirá de exemplo para toda a vida daquele indivíduo. Isso facilita também uma visão social mais coletiva.
Os cidadãos devem compreender que suas ações têm consequências. Por isso, é preciso ter responsabilidade diante do conjunto social. A autonomia pressupõe escolhas éticas. Quando a escola incentiva essa postura, as instituições democráticas ficam mais fortalecidas.
A Educação Básica é organizada em três diferentes níveis. Essas etapas levam em consideração a idade dos alunos. Essa divisão acompanha uma estrutura já tradicional do ensino do Brasil e segue as orientações de especialistas na infância e na adolescência, inclusive dos neurocientistas.
A BNCC tem enfoques diferentes para a Educação Infantil, para o Ensino Fundamental e para o Ensino Médio. Cada fase precisa desenvolver habilidades específicas dos estudantes. Como consequência disso, os desafios das etapas também diferem entre si.
As competências gerais presentes no documento são transversais. Ou seja: atravessam todos os segmentos. Mas existem fatores diferentes que precisam ser observados. Conheça agora como se estruturam as etapas da Educação Básica!
A primeira infância é decisiva para que as metas estabelecidas pelas autoridades brasileiras de educação sejam alcançadas. Nessa fase, o ensino deve ser estruturado a partir dos direitos de aprendizagem e desenvolvimento e dos campos de experiência.
A etapa é subdividida em três fases: até um ano e seis meses; de um ano e seis meses a três anos e 11 meses; e de quatro anos a cinco anos e onze meses. No horizonte, devem estar sempre os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento.
No Ensino Fundamental, os estudantes já estão preparados para conteúdos mais densos. A escola precisa estar preparada para estimular esses estudantes, por isso, as competências gerais devem ser desenvolvidas a partir de áreas específicas de conhecimento.
Para orientar a estruturação da sua escola, é imprescindível observar as competências específicas, os componentes curriculares, as unidades temáticas, as habilidades e os objetivos de conhecimento que a BNCC aponta para esse momento do ensino.
Há semelhanças entre as estruturas do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. Ambas são norteadas pelas áreas de conhecimento, que se desdobram em competências específicas e em habilidades. Tudo isso, é claro, precisa ser atravessado pelas competências gerais da BNCC.
No caso do Brasil, pesquisadores indicam que a ênfase deve se voltar para a aprendizagem de dois campos muito importantes: linguagens e suas tecnologias e matemática e suas tecnologias. Esse esforço tem como intuito superar as defasagens que as pesquisas apontam para essas duas áreas.
Especialistas ainda debatem a pertinência da Base Nacional Comum Curricular. O principal argumento contra o documento é que houve pouco diálogo com professores e associações docentes na elaboração do texto. A homologação da base, contudo, torna outras questões mais urgentes.
O seu caráter nacional estabelece diretrizes gerais para o ensino no país. Isso permite uma avaliação sobre avanços e entraves no processo de aprendizagem em diferentes estados, mas exige que particularidades regionais sejam respeitadas e que a cultura local alcance mais valorização.
O que motivou as novas orientações das autoridades em educação foi a necessidade de acompanhar as transformações da sociedade. É preciso apresentar aulas conectadas com a vida real, que facilitem a futura inserção no mercado de trabalho e uma visão crítica de mundo.
As escolas precisam aproveitar esse potencial do documento para atualizar as suas abordagens. Entender a BNCC como uma oportunidade para aprimorar o processo de aprendizagem dos estudantes é essencial para que o grau de desenvolvimento na educação do país avance.
As competências gerais servem para nortear as ações na escola. É necessário, entretanto, ficar atento e conhecer os currículos de cada estado. Ali estarão as peculiaridades regionais que fortalecem a diversidade cultural do Brasil e as diretrizes que devem ser seguidas pelas escolas.
A necessidade de encontrar a sintonia entre o que acontece no cotidiano dos estudantes e as práticas de aprendizagem exige o empenho de toda a comunidade escolar. Desde os responsáveis até as turmas, é preciso que todos se esforcem para alcançar esse objetivo.
As mudanças no ensino precisam ser planejadas. Apenas uma programação muito bem realizada é capaz de, simultaneamente, implementar a BNCC e modernizar as atividades conduzidas junto aos alunos. Gestores e coordenadores pedagógicos têm que adequar as orientações à rotina escolar.
A Essia preparou um artigo com sugestões para formular um cronograma que antecipe os desafios e as oportunidades do próximo ano letivo. Clique aqui e leia mais!
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