O período escolar não é o suficiente para que todas as atividades que estimulam o desenvolvimento de crianças e adolescentes sejam realizadas. Esse momento da vida deve ser aproveitado ao máximo e a proposta de contraturno escolar incentiva essa visão mais ampla do processo de aprendizagem.
Encarar a grade horária da escola como uma limitação para o ensino é um grande erro. Embora até essa denominação usada pelos educadores faça referência a certa contenção, é necessário libertar a formação dos alunos de paradigmas fixos durante todos os segmentos da Educação Básica.
Sempre é hora de aprender. A máxima vale também para os adultos, mas na infância e na adolescência é fundamental para que toda a comunidade escolar esteja atenta para a rotina dos estudantes. O trabalho na estrutura escolar deve levar em conta a importância de gerir o tempo.
Expandir o período dedicado a aprender não representa, automaticamente, mais tempo em sala de aula com abordagens tradicionais. Nem o aumento do conteúdo trabalhado. É preciso fomentar os momentos lúdicos e interativos que também colaboram para desenvolver os estudantes.
Para alcançar esse objetivo, a comunidade escolar como um todo precisa conhecer o que é o contraturno. Responsáveis, educadores e os demais funcionários da instituição de ensino devem estar engajados nessa proposta. O ponto de partida, no entanto, é compreender esse conceito.
Quer saber tudo sobre esse tema? A Essia preparou este artigo com o intuito de ajudar a implementação na sua escola. Boa leitura!
No Brasil, o período que os estudantes passam no ambiente escolar ainda é menor do que o de outros países que alcançaram o sucesso na educação. Essa defasagem chamou atenção de autoridades de Estado, pesquisadores sobre o tema e educadores das redes pública e privada.
Experiências têm sido tomadas tendo em vista essa questão. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), por exemplo, prevê a expansão da carga horária dos segmentos da Educação Básica. O aumento da rede de ensino em tempo integral também é uma alternativa nesse sentido.
Nas instituições particulares, uma experiência positiva é traçar estratégias para aproveitar todo o potencial do contraturno escolar. A ideia é utilizar recursos que já são empregados no processo de aprendizagem para estender o período que os estudantes dedicam a atividades pedagógicas.
Se a preocupação durante o turno está voltada para os conteúdos das diferentes disciplinas, no contraturno o objetivo deve ser diversificar as atividades. É preciso manter a integração entre esses dois momentos sem desconfigurar as propostas de ensino das escolas.
Muitas vezes, esse empenho se soma à necessidade dos responsáveis: ao trabalharem o dia inteiro, a permanência do estudante nas dependências da escola se torna uma solução. A parceria entre os parentes e a equipe pedagógica é sempre positiva para o desenvolvimento dos alunos.
Os educadores quebram a cabeça para tornar mais eficiente o contraturno escolar. São múltiplas as alternativas para aproveitar esse tempo adicional. Em contrapartida, são variadas também as preocupações dos profissionais que precisam acompanhar a formação de crianças e adolescentes.
A primeira medida é tornar a estrutura escolar mais aconchegante. Em outras palavras: para que as turmas permaneçam por um período maior naquele espaço, é preciso repensar as estratégias pedagógicas. O convívio precisa ser cultivado por todos os atores da comunidade escolar.
Investir em exercícios lúdicos, instigantes e criativos é a melhor maneira de diversificar as atividades da instituição de ensino. É importante ter a mente aberta para essas opções. Leia abaixo seis sugestões para que a sua escola se prepare para receber os alunos durante o contraturno.
Se a escola precisa estar sempre em movimento, com a busca de novas oportunidades para potencializar o processo de aprendizagem, por que não estimular que as crianças e adolescentes também se movimentem com práticas esportivas no contraturno escolar?
Incentivar a utilização de quadras poliesportivas, piscinas ou outras áreas internas é uma atitude interessante dos gestores. Ainda mais em um cenário em que o período de permanência na escola será ampliado. Essas atividades, contudo, precisam ser observadas por profissionais especializados.
As manifestações artísticas são muito variadas. Vão desde a música até as artes plásticas. Conhecer, apreciar e desenvolver as aptidões diante das mais diferentes inspirações é também um interesse da BNCC. Tendo tudo isso em vista, é possível redesenhar o contraturno.
Em vez de trabalhar exclusivamente com os conteúdos previstos no currículo, esse momento pode ser aproveitado para desenvolver a aproximação de crianças e adolescentes com as artes. Os segmentos da Educação Básica são essenciais para que essa proximidade seja estabelecida.
A gastronomia de um povo guarda uma infinidade de elementos culturais. É possível identificar nuances políticas, sociais e econômicas a partir dos ingredientes, do modo de preparo até os utensílios usados em alguns pratos. Ficam evidentes as diferenças regionais na culinária.
Em um país de dimensões continentais como o Brasil, conhecer essas particularidades pode contribuir para que conhecimentos sobre história e geografia floresçam. E, de quebra, a culinária oferece momentos lúdicos durante a preparação dos pratos. Isso é excelente para o contraturno.
Em um mundo globalizado, os saberes não podem ter fronteiras. Por isso, as escolas devem preparar alunos capazes de superar as barreiras impostas pelas línguas. Ser fluente em outros idiomas é o primeiro passo para ter acesso também a culturas diferentes.
Depois da carga horária prevista pela escola, a equipe pedagógica pode promover esse conhecimento. As aulas de inglês e espanhol são mais frequentes, mas a aposta em mandarim, em francês e em alemão também pode trazer benefícios para o desenvolvimento dos estudantes.
A matemática é a origem de muitas dificuldades no Ensino Fundamental e no Ensino Médio. A resistência aos conteúdos da disciplina ainda na infância explica as futuras lacunas em outras matérias, como física e química. Outra abordagem do tema pode facilitar a compreensão.
Os conhecimentos matemáticos podem ser estimulados pela robótica. A partir de vivências com professores e monitores, as discussões ficam menos abstratas. Em vez de conhecer e decorar fórmulas, o desafio passa a ser entender os processos em torno das inovações tecnológicas.
Não é de hoje que as famílias buscam explicadoras. Quando alguma defasagem é detectada, é comum que os responsáveis procurem outros profissionais que possam tornar os conteúdos mais claros. Com a tecnologia, muitas dessas sessões ocorrem por videoconferência.
A escola pode acrescentar a rotina com explicadores ao contraturno. Com outras abordagens, as dificuldades que os alunos apresentam em determinadas matérias podem ser superadas. Ao mesmo tempo, a instituição de ensino deve promover explicações integradas com a conduta em sala de aula.
As escolas precisam ser reconhecidas como o espaço privilegiado para o desenvolvimento na infância e na adolescência. Essa visão positiva deve vir de toda a comunidade, dos responsáveis aos vizinhos da instituição de ensino: a percepção geral precisa ser essa.
Ao concentrar as atividades pedagógicas em um só lugar, os gestores fortalecem a perspectiva. Essa é a principal vantagem de reunir tantas propostas diferentes no contraturno escolar. Existem, no entanto, outros benefícios trazidos pela iniciativa de implementar o contraturno escolar.
Conheça os ganhos que o planejamento de atividades em período expandido pode trazer para a sua instituição de ensino!
É importante não confundir educação em tempo integral com educação integral. A última tem o objetivo de formar estudantes a partir de uma perspectiva plena e humana. E é exatamente com isso que o contraturno colabora, ao desenvolver diferentes competências de crianças e adolescentes.
Além de auxiliar nos aspectos intelectuais dos alunos, a escola ajuda no desenvolvimento de outras habilidades. O convívio com os colegas aperfeiçoa a capacidade de interagir e se relacionar em comunidade. As práticas esportivas aprimoram o preparo físico e mantêm uma rotina saudável.
Com o cotidiano atribulado da vida adulta, os responsáveis precisam confiar no quadro de funcionários da instituição de ensino para deixar as crianças e os adolescentes naquele espaço. A segurança nas atividades do contraturno favorece essa relação com as famílias.
Com mais tempo dedicado à educação, a tendência é que os indicadores de desempenho das crianças e dos adolescentes melhorem com o passar do tempo. A própria relação mantida com o espaço da escola se torna mais íntima — isso também é um facilitador para o ensino.
A estrutura da escola precisa estar preparada para a implementação do contraturno. As atividades são múltiplas e os profissionais precisam ter habilidades plurais nesse sentido. No entanto, os benefícios também são muitos: as próprias famílias reconhecem esse êxito.
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