Aprendizagem: saiba por que esse conceito é fundamental para a Educação Básica

julho 23, 2021 | Publicado por undefined.

 

A educação é uma atividade em movimento: palavras que só compunham a rotina dos educadores se tornam, com o passar do tempo, conceitos centrais para o desenvolvimento dos estudantes. A aprendizagem é um desses termos que passaram a ocupar um espaço privilegiado para as escolas.


É verdade que o objetivo das instituições de ensino sempre foi fazer com que os alunos aprendessem. O aprimoramento das habilidades e competências das turmas é a finalidade de todas as ações dos profissionais que trabalham nessa área. Contudo, houve uma mudança de paradigma.


Em vez de reconhecer nos professores um polo de conhecimento que precisa se conectar com as turmas, os especialistas apontam que, atualmente, o protagonismo deve ser do corpo discente. Diante desse desafio, várias condutas no ambiente escolar começam a ser questionadas.


As atividades pedagógicas deixam de ter a intenção de transmitir o conteúdo para assumir como propósito o desenvolvimento dos estudantes, com as suas dificuldades e os seus méritos. Embora isso pareça simples, na prática exige o empenho de todo o quadro de funcionários.


Compreender que o conhecimento não é apenas uma finalidade — mas um longo percurso — é o primeiro passo para entender a importância do conceito de aprendizagem. Essa percepção deve atravessar toda a comunidade escolar, dos responsáveis até os gestores.


Para conseguir ser bem-sucedida no dia a dia da educação, a instituição de ensino também precisa se aprofundar nesse conceito. O Blog da Essia preparou este artigo para ajudar os educadores na tarefa de tornar o processo de aprendizagem mais eficiente. Boa leitura.

O que é aprendizagem?


Em uma definição de dicionário, aprendizagem é o ato de aprender, uma palavra que deriva do substantivo aprendiz — ou seja, até no radical o termo carrega a relevância que os alunos desempenham no processo que faz com que o conhecimento floresça.


A capacidade para compreender os acontecimentos está inteiramente ligada à cognição. A possibilidade de aprender tem relação com o funcionamento do cérebro e do sistema neurológico. Mas a aprendizagem não é somente vinculada às condições clínicas, fisiológicas ou psicológicas.


A possibilidade de conhecer fenômenos, fórmulas, conceitos ou fatos e de deduzir suas consequências práticas está relacionada aos estímulos com os quais os indivíduos se deparam. Em outras palavras, a educação é fundamental para que essas competências sejam desenvolvidas.


Por conta do conceito de aprendizagem, as sociedades desenvolveram sistemas educacionais para incentivar os estudantes. Ao longo das últimas décadas, entretanto, os profissionais do ensino e as políticas públicas redefiniram abordagens para conseguir dar conta dessa tarefa.  

Ensino versus processo de aprendizagem: quais são as diferenças?

São muitas as transformações sociais recentes. Para acompanhar tudo isso, vários pedagogos e pesquisadores do campo da educação têm questionado a aplicação do conceito de ensino. Antes muito comum, a noção tem sido debatida pelos especialistas. O que motiva tantas discussões?


O ato de ensinar pressupõe que alguém detém a sabedoria e vai transmiti-la a outras pessoas. Logo de partida, já há uma dificuldade: o conhecimento não deve ser entendido como uma propriedade individual. Aprender é muito mais do que isso, porque tem implicações coletivas impactantes.


O processo de aprendizagem dá conta do caminho que as pessoas precisam atravessar para desenvolver as suas capacidades. A figura central não é aquele que concentra o conhecimento: é o indivíduo que se propõe a encarar essa travessia para aprimorar as suas habilidades.


Por isso, muitos especialistas têm preferido utilizar a expressão processo de aprendizagem em detrimento da palavra ensino. Essa opção não é meramente retórica, porque vem acompanhada do esforço para colocar os alunos na posição de protagonistas no dia a dia das escolas.    

Processo de aprendizagem na infância e na adolescência

Devido à importância social da educação, os pesquisadores têm articulado conceitos da pedagogia com esforços de outras áreas do conhecimento. As neurociências, por exemplo, têm apresentado estudos importantes para a compreensão do processo de aprendizagem dos estudantes.


Especialistas identificam as maneiras mais apropriadas de estimular o cérebro humano e apontam estratégias eficientes para as atividades educacionais. Entre as descobertas desse campo do conhecimento está a relevância da infância e da adolescência para o desenvolvimento humano.  


As primeiras percepções dos alunos são fundamentais para o aprimoramento das habilidades e competências na vida adulta. Quando expostos aos estímulos corretos na infância, é mais provável que os estudantes demonstrem mais capacidades para lidar com os desafios na maturidade.


Na adolescência, os alunos estão mais preparados para trabalhar com conteúdos densos e complexos. Se esse trajeto for bem-sucedido, as turmas se mostram preparadas para aplicar os conhecimentos com os quais se depararam na vida escolar e para chegar ao mercado de trabalho.

Como fazer com que os alunos aprendam mais na Educação Básica?


O objetivo da Educação Básica é contemplar exatamente os períodos da infância e da adolescência. No entanto, o Brasil ainda tem dificuldades para alfabetizar e manter os alunos nas instituições de ensino na idade certa. Esse, infelizmente, ainda é um obstáculo comum para o sistema público do país.


Muitas políticas têm sido pensadas e colocadas em prática nas últimas décadas para tentar reverter esse cenário. A Base Nacional Comum Curricular e o Novo Ensino Médio exemplificam essas ações. Na rede privada, contudo, os entraves são outros. 


As escolas particulares se desdobram para encontrar maneiras de desenvolver as habilidades e competências das crianças e adolescentes na Educação Infantil, no Ensino Fundamental e no Ensino Médio. O intuito é conseguir explorar ao máximo o potencial dos alunos.


De olho principalmente nesses dois últimos ciclos da Educação Básica, a Essia relacionou 4 sugestões para fazer com que os estudantes tenham acesso a um processo de aprendizagem bem-sucedido. Leia abaixo! 

Manter uma relação positiva com a turma

A escola é um dos primeiros círculos de convivência de um indivíduo. Depois da família e da vizinhança, a instituição de ensino promove uma convivência que precisa ser muito construtiva para os laços de sociabilidade entre os alunos e com os demais atores da comunidade escolar.


Além de todo o impacto social disso, o bom relacionamento com os alunos incentiva também o processo de aprendizagem. A relação deve ser pautada pelo diálogo. Se o educador conhece as dificuldades e as aptidões dos estudantes, fica mais fácil propor as atividades em sala de aula.

Organizar rotinas de estudo


Estabelecer um bom relacionamento não quer dizer que os professores devem ser coniventes com os desvios das crianças e dos adolescentes. O quadro de funcionários da instituição de ensino não deve confundir compreensão com complacência. É necessário encontrar o equilíbrio.


Um exemplo disso deve ser dado pelo acompanhamento do empenho das turmas. É importante que os professores construam com os alunos rotinas que prevejam o tempo necessário para as tarefas de fixação e para os exercícios fora do horário escolar. É preciso incentivar a autonomia e o senso de responsabilidade.

Utilizar metodologias ativas


As pesquisas recentes a respeito da educação não se limitam a abstrações: muitas ações entraram no cotidiano das escolas nas últimas décadas após esses esforços acadêmicos. As metodologias ativas são um resultado prático do empenho dos pesquisadores e têm trazido resultados.


As escolas que optam por essa abordagem tendem a incentivar que os alunos adotem uma postura menos passiva diante dos conteúdos. Essa conduta faz com que os estudantes assumam a responsabilidade pelo processo de aprendizagem e se desenvolvam com mais autonomia.

Explorar a tecnologia


Com acesso mais amplo a conteúdos digitais, as novas gerações provocam os professores para que sejam utilizadas ferramentas inovadoras na dinâmica no ambiente escolar. Essa é uma demanda que parte das crianças e adolescentes, mas que é perceptível para todos os profissionais dessa área.


As escolas que exploram a tecnologia saem na frente quando o assunto é o processo de aprendizagem. Fazer uso de soluções digitais é uma maneira de atrair a atenção das turmas e cativá-las para as atividades pedagógicas propostas pelos professores. Isso contribui para a rotina da educação.


Compreender as dinâmicas do processo de aprendizagem é o primeiro passo para conseguir desenvolver as habilidades dos seus alunos. A etapa seguinte é colocar em prática atitudes que colaborem para aprimorar as competências dos estudantes. Mãos à obra, educadores! 

Saiba como melhorar o rendimento escolar dos alunos

Por trás do desafio de aprimorar as atividades pedagógicas está uma tarefa complicada: melhorar o rendimento escolar dos alunos. A pressão para um bom desempenho, principalmente ao fim do Ensino Médio com o Enem, é muito grande e as escolas devem estar preparadas.


Entenda melhor de que forma a sua instituição de ensino pode elaborar estratégias para alcançar esse objetivo no artigo que o Blog da Essia preparou para você. Clique aqui!